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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Este tempo...

Eu ainda sou do tempo, em que por não haver muito espaço no roupeiro, existia a época da roupa de verão e da roupa de inverno, que curiosamente correspondiam às estações do ano com o mesmo nome, verão e inverno, respetivamente. A meio da primavera fazíamos a troca de roupas e a meio do outono, a mesma coisa.

 

Hoje em dia, das três, uma:

- Ou temos muito pouca roupa que cabe toda no mesmo roupeiro;

- Ou temos roupeiros gigantes onde caibam as peças de todas as estações;

- Ou então estamos tramados e passamos a vida a arrumar e desarrumar roupa que já estava prontinha a “dormir” por cerca de 6 meses.

 

Sim, eu enquadro-me na última opção! Agora, experimentem fazer este mesmo malabarismo, com uma bebé em constante crescimento.. Andei 3 semanas para descobrir uma loja que ainda tivesse collants mais ou menos quentes, uma vez que ou são muito fininhas, ou são apenas até ao joelho.

Para o ano não me enganam, vou já comprar collants até ela ter 3 anos..

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 Mais uma questão: É agora que posso ir buscar a roupa de verão definitivamente?

 

Nota: Sou Sportinguista e sempre o serei. Foi com o coração apertadinho que vi ontem as notícias. Foi simplesmente triste! Triste para o clube, triste para os jogadores e famílias, triste para os adeptos na verdadeira definição da palavra, triste para o futebol nacional, triste para Portugal!

Não partilho as palavras do presidente "Crime faz parte do dia a dia e temos de nos habituar!". Isto é condenável, o crime não deveria fazer parte do dia a dia, esta não é uma ideia aceitável.

O futebol deveria ser um espetáculo, não o transformem num campo de batalha. 

RansomWare

Sexta-feira foi um dia em que todos nós queríamos ter tido direito a tolerância de ponto... E eu acabei por ter, da parte da tarde, só que forçada! (Nunca ouviram a expressão "Careful What You Wish For"? Pois eu aprendi a lição!)

 

Estes últimos dias foram marcados pela visita do Papa, pelo Benfica ter ganho mais um campeonato e por termos feito História ao ganhar o Festival da Eurovisão (parabéns Salvador, Luísa e todos os outros que contribuíram para esta possibilidade). Só que os acontecimentos não ficaram por aqui, não...

 

Os dias foram marcados também por um ciber-ataque, em 150 países que fez mais de 200 mil vítimas (maioritariamente empresas, mas também residenciais), sim, os números ainda não são definitivos e a tendência é a de aumentarem quando as pessoas regressarem ao trabalho e ligarem os computadores.

 

Este vírus, conhecido por RansomWare, é um vírus que encripta a informação total presente no computador, ou seja, não a elimina ou destrói, mas impede que os utilizadores consigam aceder a ficheiros, programas, enfim, à totalidade do computador, a menos que paguem um resgate em bitcoins.

 

As diretivas são para que as pessoas liguem o PC sem estar ligado à Internet / rede, procurem no ambiente de trabalho um ícone com as mãos dadas... Se existir este ícone, o PC está de facto corrompido, se tiveram a sorte de escapar, então sim, liguem-no normalmente à Internet e façam figas para que as atualizações automáticas ou mesmo o e-mail não o traga e contamine o PC.

 

Eu não tive sorte, e o meu PC foi contaminado... Daí o meu silêncio a partir de sexta-feira ao almoço..

Se não vos responder, já sabem... ainda estou infetada!

 

Atualização: verifiquem se têm algum ficheiro tasksche a correr no PC, se o tiverem, mesmo sem o ícone, estão contaminados.

 

Nota: Pelo que percebi, e a partir das pessoas que me rodeiam, apenas dois sistemas operativos do Windows foram afetados - O Windows 7 e o Windows XP. Espero que esteja tudo bem por esses lados...

 

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 Para mais informações sobre este ataque / vírus, consultem o SAPO Tek, aqui.

 

Mas como nem tudo são más notícias, hoje estou também neste cantinho com uma entrevista que adorei, do princípio ao fim.. E que por todo o carinho me conseguiu colocar com uma lágrima no canto do olho!! OBRIGADA!!!

Nestes dias que correm...

O que se passa ultimamente com as pessoas?! Qualquer um tem acesso a armas brancas, qualquer um tem acesso a armas de fogo, qualquer um sabe construir bombas, qualquer um é um conspirador nato.. Hoje em dia mata-se mais facilmente do que se troca de camisa. É impressionante!

 

Eu não acredito que isto seja simplesmente de "agora". A comunicação social está muito mais desenvolvida e em questões de segundos estamos a par de tudo o que se passa no mundo. Acredito que temos acesso a muito mais histórias do que antigamente, e que antigamente existiam casos semelhantes. O que mudava? Nós não tínhamos conhecimento.. Eu não digo que prefiro viver na ignorância, mas sem dúvida que prefiro viver num mundo muito melhor!

 

Que bom era ser criança, sem grandes preocupações, sem grandes dramas... Hoje fazem-se protestos por tudo e por nada, hoje fazem-se revoluções e horas a correr ou a nadar para questões sociais, que tal fazermos também algo que tenha impacto e que possa travar esta corrente de violência que se instalou?

 

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E o vencedor do passatempo, é a Osa. Muitos parabéns! Envias-me um e-mail com os teus dados, nome e morada?

 

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As crianças e a Tecnologia

Aqui há uns anos participei num grupo de intervenção social em que lidava com crianças pequenas, por volta dos 5/6 anos. Os encontros eram semanais e durante aquelas 2 horas em que estávamos juntos, fazíamos muitas perguntas, jogos, actividades. No fundo, proporcionávamos tempo de qualidade às crianças, em que podiam brincar, interagir, e mesmo conhecer locais que de outra forma lhes estariam vedados, por questões monetárias, por indisponibilidade e estrutura familiar, etc..

Ainda me lembro de algumas crianças nunca terem visto o mar e do brilho que tinham no olhar, ao contemplar a sua grandeza pela primeira vez.

 

Num desses encontros e estando a falar de profissões dá-se o seguinte diálogo:

Chic' Ana: Então vamos lá saber o que é que vocês gostavam de fazer no futuro.

Tive várias respostas, muitas delas futebolista, outros diziam bombeiro, outros cozinheiro, etc, até que há um que me diz que gostava de ser pai. 

Chic' Ana: Gostavas de ser pai? Que bonito, mas sabes que ser pai não é fácil, exige muita dedicação.

Criança: Ah, mas seria muito simples, eu gostava de ser pai para ter muitos filhos.

Chic' Ana: Muitos? Pior ainda.. Já viste que a Ana aqui em 2 horas com vocês por vezes tem de se zangar, por vezes fica triste com o vosso comportamento, mas também fico muito feliz com as vossas conquistas.. Agora imagina o que é teres sempre, por exemplo, 5 crianças contigo, é complicado..

Criança: Mas eu não ia ficar com eles. Então eu tinha muitas mulheres, um filho de cada mulher.

Chic' Ana: Um filho de cada mulher?

Criança: Sim, casava com uma, tinha um ou mais filhos. Depois matava-a e arranjava outra mulher, e sempre assim!

Chic' Ana: O quê? estás a ouvir bem aquilo que estás a dizer?

Criança: Sim, não sabias? É o que se faz no meu país e o que eu vejo na televisão. Mata-se e está tudo resolvido. Elas são umas chatas!

 

No final deste dia, acho que ainda estava em choque com o que tinha ouvido. Afinal, o irmão queria ser bombeiro, ele queria ter muitos filhos de várias mulheres, que matava.

Numa coisa ele tem razão: há cada vez mais programas na televisão que incitam à violência, quer física, quer psicológica. Estamos na era do facilitismo, em que as pessoas no geral, incluindo crianças e jovens, podem fazer o que bem lhes apetecer sem que as consequencias sejam merecedoras de preocupação. É fácil matar, roubar, incriminar quando na televisão se ensina a maneira de fuga a consequências adversas.

Crianças que em casa não tenham uma estrutura familiar que as ensine a ver o certo do errado, acabam por confundir estes dois conceitos, afinal, é o que passa em desenhos animados, é o que passa em séries, são as notícias que se vêm nos telejornais.

Os pais, com horários rigorosos e cada vez menos presentes, acabam por confiar os filhos à tecnologia. A minha questão é: será que estão bem entregues?

 

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Violência na Universidade

Este fim de semana li um artigo numa revista, na Happy de Abril 2016 (revistas de café é no que dá), que me deixou claramente de queixo caído. Não tinha a mínima noção dos números que vos vou apresentar de seguida.

 

De um estudo que envolveu 1823 estudantes, concluiu-se que:

  • 42% das alunas admitiu sentir medo constante de sofrer violência física ou abuso sexual;
  • 67% das estudantes sofreu um episódio de violência na universidade ou festas académicas, desde assédio sexual, coerção, violência sexual ou física, desqualificação intelectual ou agressão imoral ou psicológica;
  • 38% dos alunos praticou uma das formas de violência acima definidas;
  • Apenas 10% das alunas considerou ser uma vítima e somente 2% dos alunos admitiu a prática de violência;
  • 27% dos estudantes não considera violência o abuso sexual de uma colega alcoolizada;
  • 11% das alunas sofreu alguma tentativa de abuso sob o efeito de álcool.

 

Como é que uma pessoa consegue sentir medo constante de sofrer um acto de violência? Como é que alguém consegue viver nestas circunstâncias?

 

Pior, como é que 67% das estudantes sofreu um episódio de violência!? E que medidas foram implementadas para contrariar esta percentagem elevadíssima? Como é que alguém consegue aprender minimamente tendo estes números como referência?

 

O estudo foca claramente a componente feminina enquanto “agredida” mas acredito que a componente masculina também seja abrangida.

 

É urgente mudar mentalidades! Todo o artigo foca essencialmente a violência sexual, se tiverem oportunidade de o ler, procurem, pois é verdadeiramente assustador… Os jovens aqui presentes serão os adultos de amanhã. Quando saírem da universidade farão um clique e deixarão de ser violentos? Não me parece!

Temos de estar atentos, principalmente quem tem contacto direto com jovens. Há que fazer algo pela mudança, que parte de cada um de nós.

 

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 E amanhã para descomprimir, voltamos à boa disposição e humor!

 

Terrorismo: És tu, sou eu!

Nos últimos tempos as noticias centram-se todas no terrorismo, é na televisão, é na internet, é no rádio, enfim, por todo o lado. Hoje de manhã pude comprovar que o terrorismo não é mais aquele conceito distante e que apenas acontece aos outros. Não, ele está bem ao nosso lado, bem perto de nós.

Não assisti a nenhum atentado bombista nem a nenhuma troca de tiros, mas assisti a algo que para mim também é terrorismo, outras formas de terrorismo. Ora vejam:

  • Ia um senhor a atravessar, já a meio da passadeira, quando um outro condutor ultrapassa o que estava parado, e foi por uma unha negra que não embateu no peão. Com a velocidade a que ia, garanto que estaria mais uma vida em risco;
  • No metro, quando entra alguém grávida, com dificuldades motoras, com crianças ao colo, subitamente existe uma grande azáfama para os que estão sentados começarem a dormir, a jogar nos telemóveis, tudo para que não tenham de levantar a cabeça e olhar ao redor oferecendo o seu lugar;
  • Ao sair do metro, estava um senhor invisual, a procurar as escadas para descer, as outras pessoas passavam por ele, desviavam-se da bengala, mas nada de o ajudar. Esta situação tocou-me muito, fiquei bastante triste por ver em que estado se encontra a sociedade. Lá me dirigi apressadamente ao senhor e encaminhei-o para o sitio correto. 1 minuto do meu tempo significou imenso para aquela pessoa;
  • Corridas de carros que acabam por sacrificar quem se encontra ainda a trabalhar, ou a dirigir-se para casa após um cansativo dia de trabalho (como as noticias que podemos ver hoje).

 

Agora digam-me, não é isto também terrorismo? Não está presente em cada um de nós? Podemos mudar? A resposta é sim, podemos mudar e fazer a diferença, podemos ser mais tolerantes, mais simpáticos e com gosto em ajudar. Podemos aprender a dizer sim, um sim constante, ao invés da indiferença e de nãos automáticos. Podemos parar para refletir qual o caminho que estamos a seguir. Podemos plantar uma semente neste mundo que está a ficar doente.

Não somente através da colocação de filtros no facebook, atenção que eu não discordo, mas também não concordo a 100%, pois o facebook é uma ferramenta mundial, estar a preferir a França ao invés de outros países não é correcto, é estar a erguer ainda mais muros do que aqueles já existentes. E existem tantas mortes inocentes por este mundo fora..

 

Vamos mudar sim, enquanto pessoas, vamos fazer a diferença no nosso pequeno mundo, pois pequenos gestos levam a grandes alterações. Vamos ser todos como a Mafalda:

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