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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

É segunda-feira!

Aquele dia da semana em que acordas, desligas o despertador, pensas que ainda estás a sonhar que é domingo, a cama está a saber-te tão bem, parece que os lençóis estão mais suaves que nunca..

 

Apercebes-te que afinal tudo não passa de um sonho, corres para a casa de banho, tentas despachar-te ao máximo, tropeças nas calças do pijama e só não dás um trambolhão porque te enfias completamente dentro do lavatório. Felizmente a torneira continuou fechada..

 

Sim.. podia ter sido bem pior! Boa segunda.feira para todos.

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Férias: As ondas

O episódio de hoje é um episódio que ainda me desperta enormes sorrisos cada vez que me recordo dele.

 

Aqui há uns anos, andava com a ideia de praticar bodyboard, e não é que tinha jeito para a modalidade? Geralmente sou uma expert em tudo o que envolva água. Pena que por vezes meta água mesmo fora dela, mas continuando..

Cheguei à praia bem cedinho e para aproveitar as ondas e o facto de não haver quase ninguém, pego na prancha e lá vai a Ana numa corrida desenfreada para dentro de água.

Prendo a prancha ao braço, dou uns quantos mergulhos, faço um aquecimento ligeiro e estou pronta para apanhar umas ondas.

Consegui apanhar uma enorme, ideal para percorrer uns bons metros, foi mesmo na altura perfeita: toda eu vibrava com tamanho deslize.

 

Ora, como percorrer umas ondas de forma simples já se estava a tornar uma tarefa fácil, decidi, inovar e tentar dar uma cambalhota com a prancha incluída. Dei a primeira cambalhota, correu às mil maravilhas, fiquei super entusiasmada, toda eu era orgulho, ainda por cima encontravam-se algumas pessoas a ver.

 

Foi tão bom, que toca de fazer outra, só que neste momento já estava demasiado perto do areal, tão perto que me enrolei na areia e fui arrastada durante algum tempo. Fiquei com arranhões no corpo todo.

Neste momento desci do pedestal e encarei a realidade.

Foram dias dolorosos, pois os arranhões ardiam horrores cada vez que entrava dentro de água.

 

E pensam vocês que aprendi a lição? Qual quê.. Encontramos-nos em praias mais a sul. Maluquinha de prancha a fazer acrobacias? Sou eu!

 

Truque número 8: Cuidado com as ondas e com a distância a que estão do areal!

 

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Já participaste no passatempo

 

A Trilogia das Cadeiras - segunda parte

Como qualquer trilogia, das boas, esta tem de manter o suspense e tem de cativar o leitor. Na primeira parte apresentei-vos a destreza, a habilidade de abrir uma simples cadeira. Na segunda parte, garanto que nada ficou entalado. Curiosos?

 

Pois bem, na continuidade de apanhar os tão famosos raios de sol, em Maio, um Maio mais distante, sem toda esta chuva, mais especificamente no ano passado, a Ana vai buscar uma cadeira.

Uma cadeira das tradicionais, de plástico, de exterior que não abrem nem fecham para não haver o risco de qualquer peripécia.

Coloco a cadeira no terreno, sento-me e começo a contemplar o que se passa ao redor. Avisto um caracol, um simples caracolinho que por lá andava a passear, mas como não andava mais ninguém por perto e não corria o risco de ser pisado, continuei a apanhar sol. Passado uns minutos, observo que o caracol se está a aproximar perigosamente de mim, e soam os alarmes de fuga ao caracol.

Contudo, o sol estava mesmo quentinho e optei por cruzar e encolher as pernas em cima da cadeira, ora, com esta redistribuição de peso, a cadeira não aguenta e cai para trás, comigo estatelada no meio do chão e de pernas no ar...

Fico assim algum tempo, a pensar no que tinha acabado de acontecer, quando me recordo do caracol, procuro-o, e este está mesmo ao meu lado, com a cabeça esticada ao máximo, a olhar para mim.. Como viu que eu continuava sem me mexer, com toda a sua descontração, passa mesmo ao lado da minha cabeça e segue caminho.

 

Uma pessoa não merece ser ignorada de semelhante forma..

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 Este pânico pelos caracóis tem uma explicação, pode ser encontrada aqui!

One smile a Day.. com a Vânia

E para terminar a semana em beleza temos mais um episódio verdadeiramente hilariante.

A minha convidada desta semana é a Vânia, autora dos blogs "I'm worse at what I do best" e Cozinhar da Alma.. Para a Alma. A Vânia, de signo peixes, é uma pessoa extremamente sociável, com o qual tenho o prazer de ter longas conversas. Descobrimos, quase acidentalmente, que temos imensas características e gostos em comum, e desde esse instante que a nossa amizade vai crescendo. Considera-se uma pessoa muito sensível, eu diria antes que é muito humana, simpática e com um dom: o de conseguir que nos sintamos muito bem vindos nos seus cantinhos. Um deles, em que explora o seu dia a dia, em que partilha pensamentos e emoções, o outro, em que nos presenteia com muitas iguarias. Visitem, tenho a certeza que vão gostar!

E sem mais demoras...

 

A minha querida Chic’Ana desafiou-me a contar uma das minhas peripécias…Honestamente, não sabia para que lado me virar pois sou daquelas desbocadas que conto tudo mal possa e já lhe contei umas quantas. Como estou com saudades da praia vou contar-vos uma das minhas aventuras de Verão.

 

(Neste meu episódio não sou a única protagonista… )

Cenário: Praia da Vieira, Verão, Vânia solteira, 17 ou 18 aninhos (aproximadamente).

 

Ao fazer o meu passeio pela areia, tal como gosto sempre de fazer quando vou à praia, avistei um rapaz de calções vermelhos, muiiiito moreno e extremamente giro – o nadador salvador! Nunca fui de me exibir nem nunca fui descarada (muito pelo contrário!) mas estava num local onde ninguém me conhecia, na altura estava sozinha e o rapaz era bastante giro (mas meeeesmo giro!). Isto entrou numa “onda” de flirts (coisa nada da minha pessoa!)… Ele olhava para mim e sorria, eu olhava para ele e sorria. Com o calor, e na esperança que o rapaz lá notasse mais em mim, fui à água (achei que era isto que as meninas faziam para tentarem ser sexys!). Ora, com esta “onda” de flirts, veio uma onda daquelas verdadeiras e mandei um tralho daqueles em que fui arrastada pela água a rebolar que mais parecia um croquete a ser frito. Com medo que o rapaz pensasse “Olha-me esta agora finge que se afoga para a salvar, que cliché!”, levantei-me apressadamente e muito zonza, parecendo uma girafa acabada de nascer e fui para a areia. Quando olho para ele, o rapaz ria imenso. Fiquei magoada! A sério que fiquei… Achei que este “jogo” de flirts já tinha dado o que tinha a dar e desisti. Nisto, vai ele à água. Passa por mim, olha, sorri e vai molhar-se. Vem mais uma onda… e só vejo um rabo branco e nada de calções! E pronto, desta vez fui eu quem riu.

 

Foi um engate demorado mas muito eficaz, digamos! haha

Nem imaginas o que eu me fartei de rir ao imaginar pormenorizadamente este episódio. Não o posso interpretar sequer, pois está tudo tão claro como a água que vos derrubou aos dois!

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Um título difícil de alcançar

Confesso que estou a escrever este post um pouquinho a medo, contudo, tenho mesmo de o partilhar pois para mim foi uma situação hilariante. (K não te chateies com a maninha!!)

 

Há uns anos atrás e após fazermos obras na casa da aldeia, os meus pais deixaram-nos escolher os quartos. Havia dois disponíveis, pois eles já tinham escolhido o deles e sobrava um no sótão e outro no piso térreo. O sótão tem uma vista magnifica sobre a serra e como tal era a opção das duas. Ambas o queríamos e, como sempre nos demos bem, não houve qualquer dificuldade em chegar a um consenso: Iríamos partilhar o quarto, ainda por cima enorme (tem mais de 30m2 – cabem na perfeição duas camas e tudo o que precisarmos).

 

O nosso pesadelo eram mesmo as escadas de madeira. Sempre tivemos receio de nos levantarmos a meio da noite e cairmos lá de cima estremunhadas. Felizmente nunca aconteceu e, com o passar do tempo, até brincávamos imenso com as escadas e em formas mais rápidas de as descermos. Ora com roupa mais confortável e a escorregar, ora em passo de corrida, etc. Até que um belo dia:

 

K: Encontrei a forma perfeita de descer as escadas.

Chic’ Ana: A sério? (Nisto viro-me e fico a observar!)

 

Ela começa a descer as escadas, sentada, degrau a degrau, a escorregar e cada vez mais rápida!! Até que atinge uma velocidade difícil de superar.

 

Chic’ Ana: Bolas, que rapidez, percebes mesmo disto! Nunca te hei-de conseguir apanhar, fica lá com o título!

(E não se ouve qualquer resposta, passa mais um tempo e nada…)

Chic’ Ana: K? Estás aí?

 

Nisto aproximo-me do varandim e está ela no fundo das escadas, de encontro à parede, toda torcida! Conclusão: ela tinha caído mesmo escadas abaixo e eu a elogiar a performance dela ao invés de a ajudar.

 

Felizmente que apenas ficou com uma ou outra nódoa negra, mas a verdade é que ainda hoje detém um título que será difícil de superar, a menos que eu esqueça as escadas e me mande logo em voo picado…

 

E a culpa foi desta BD que tão bem me fez lembrar a queda:

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Uma aventura no Gerês

Há alguns anos, na altura do Carnaval, tínhamos combinado ficar na Pousada da Juventude e palmilhar o Gerês a pé, que é um local lindíssimo e que recomendo a todos os que gostem de natureza. Mochilas de campismo, agasalhos, bússolas, telemóveis e alguns bens alimentares e eu transportava também uma lanterna e uma pequena farmácia. Tudo preparado para uma excelente aventura! Incluindo a carta topográfica para nos orientarmos. Para quem não conhece, esta carta possibilita a identificação de troços de água, estradas e caminhos, a presença de edifícios, bosques e fundamentalmente o relevo, que, para quem pretende fazer uma caminhada é crucial para a gestão do esforço.

 

Através do estudo desta carta, traçámos o percurso ideal para efetuar e voilá, no dia seguinte saímos da pousada cedinho e começámos o nosso caminho.

Tudo estava a correr bem, foi uma manhã fantástica com novas descobertas, a respirar ar puro, a passar por aldeias pedra sobre pedra, e eu trouxe para casa uma recordação existente num local que me marcou particularmente, porque fiquei com a sensação de algo estranho: uma antiga aldeia de pescadores, que deveria ter ficado submersa, pelo menos aparentemente era o que parecia, com muita humidade, o terreno mais arenoso, alguns indícios de animais do mar, agora fossilizados,  e algo a brilhar no meio do caminho - um anzol. Mas não era um anzol qualquer, era um anzol com chapinhas de identificação e acessórios decorativos, via-se que tinha muitos anos. Adorei aquela peça e fiquei o caminho todo a pensar nas histórias que este precioso objeto guardaria.

Da parte da tarde fizemos uma pausa para lanchar e enquanto alguns comiam, outros foram á frente descortinar o que se seguia. Chegaram à conclusão que o caminho que tínhamos escolhido era impossível de seguir, pois parecia que tinha havido um desabamento de terras impossibilitando a passagem. Qual a única solução? Voltar para trás!

 

Apressámos o passo, porque o que tínhamos combinado era jantar na pousada, e, uma vez que não haviam caminhos alternativos, tínhamos de voltar exatamente por onde tínhamos vindo, e já estava a escurecer.

 

Chegámos novamente ao local onde tinha encontrado o anzol e não havia aldeia.. Ao invés da aldeia, existia sim um troço de água e não era nada pequeno, porque conseguia cobrir as casas (ou os amontoados de pedra). Ok, tudo controlado, estávamos entre um rio e um desabamento de terras, que não apareciam assinalados na carta topográfica. Pudera, a carta já tinha 20 anos! E em 20 anos muita coisa acontece!

Primeira reação de todos: pânico, lamentações, gritos e no meio desta choradeira, um som pouco esperado: gargalhadas. Alguém se ria a plenos pulmões: Eu!

Ria a bandeiras despregadas e estava com um olhar entusiasmado, porque finalmente se tinha feito luz, e o que eu tinha achado estranho, afinal tinha uma justificação bem simples: Aquele espaço tinha-me parecido mais atual que em redor, isto porque a água devia trazer elementos que ficavam a repousar até que viesse novamente a água com outros elementos. Tudo explicado! Acho que neste momento me queriam todos internar num manicómio, mas foi o clique que nos fez despertar e deixar de lamentar.

 

Primeira reação: telemóveis – não tinham rede, não conseguíamos avisar ninguém. A maior parte não tinham lanternas, pois utilizavam as dos telemóveis só que estes ficaram sem bateria de tanto tentarem sincronizar com a rede. Havia apenas a minha lanterna pequenina (pelo menos era daquelas manuais, portanto funcionava sempre).

Todo o cenário se compunha: desabamento de um lado, rio de outro lado, sem telemóveis e sem lanternas (à exceção da minha poderosa lanterna mini para cerca de 10 pessoas)! 

 

A verdadeira aventura começava agora. Procurámos ao longo do troço de água (sempre a subir, pois o caudal ia diminuindo) uma parte em que fosse fácil saltar, não havia, o melhor mesmo era um local em que tínhamos de saltitar por entre pedras, colocar os pés no rio, na água gelada e pronto! Primeiro obstáculo: concluído!

Mas quem sobe, depois também tem de descer, certo? Segundo obstáculo: a chuva, que já se fazia sentir há algum tempo e que tinha transformado a terra em autênticos escorregas de lama. O que nunca fazer? Ir em fila indiana. Estávamos muito juntos e íamos agarrando o que encontrávamos: árvores, arbustos, em eu primeiro lugar porque tinha a lanterna. Eis senão quando, o último da fila  se desequilibra, eu só tive a reação de saltar para o lado e de ver todos os outros como uma espécie de pinos de bowling a tombar à medida que o outro ia passando. Uma coisa é certa, chegaram ao fundo bem primeiro do que eu e muito mais amachucados. 

Finalmente após estes dois percalços encarreiramos com um caminho estável e demos corda aos sapatos!

 

Chegámos à pousada já de madrugada, por volta das 3h da manhã, somente com 6h de atraso. Todos enlameados e molhados, mas bastante quentinhos internamente, por esta maravilhosa aventura que gerou muitas gargalhadas no dia seguinte! E vocês, já tiveram alguma história semelhante?

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Viagem atribulada

Ontem à noite, já exaustas após mais um dia de trabalho, lá vou eu e a K para casa. Saímos do metro e como não me apetecia andar muito, decidi apanhar o autocarro, com ela sempre a refilar atrás de mim que não tinha jeito nenhum para andar naquele transporte público.. E eu só pensava: jeito? Mas que jeito é preciso ter? Qual a dificuldade? É entrar, sentar ou ir em pé.

 

Pois é, rapidamente me apercebi da questão. Não havia lugares sentados, e fomos para ao pé da porta traseira.

K: Não gosto mesmo nada de andar nisto, não tenho equilíbrio nenhum.

Chic' Ana: Deixa lá, são só algumas paragens e vamos bem mais descansadas.

(Aproxima-se uma curva)

K: Vês? Agora vem ali aquela curva e eu não me vou conseguir agarrar.

 

Nisto começa a tombar ligeiramente para o meu lado, e eu pensava claramente que ela estava a demonstrar o problema com o equilíbrio, porque estava a fazer isto em câmara lenta, portanto, nunca iria supor que ela estivesse mesmo a cair. Comecei a rir-me a pensar como é que era possível naquela curva pequenina tanta falta de equilíbrio.  Só que ela continuava a fazer cada vez mais pressão, até que cai completamente redonda para cima de mim. Com o impacto não me consegui agarrar, bato com a parte de trás da perna no degrau do autocarro, caio completamente esticadinha no meio do chão e ela em cima de mim!

 

Foi uma risada geral no autocarro, uma vez que tínhamos caído de tal forma aparatosa: primeiro, porque tinha sido em câmara lenta e depois numa zona sem grande turbulência.

 

K: Vês? Eu bem te avisei! Só me fazes fazer figura tristes.

Chic' Ana: Ok, mas podes sair de cima de mim sff? Vamos ter de enfrentar as pessoas, e quanto mais tempo estivermos esticadas no chão mais a situação piora para as duas!

 

Muito coradas saímos logo na primeira paragem seguinte e lá fomos a refilar uma com a outra, a pé até casa...

 

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