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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

A difícil arte de ensinar Português

Uma das dificuldades de ter crianças pequenas em casa, é sem dúvida o ensino do português. Nem sempre é fácil e leva a diálogos muito engraçados.

Little Devil M: Mamã, por favor, dás o brinquedo para a Nokas brincar?

Chic'Ana: Fofinha, tens de dizer "Dás-me o brinquedo para EU brincar?" Assim é a forma correta. Não podes falar de ti na terceira pessoa.

Little Devil M: Mas tu queres brincar com o meu brinquedo?

Chic'Ana: Não, estou a dizer que quando pedires o brinquedo, dizes assim: "Dás-me o brinquedo que EU quero brincar". Repete lá.

Little Devil M: Dar o brinquedo à mãe para tu brincares.

Chic'Ana: Não, a mãe não quer brincar, estou a dizer como se diz corretamente. Vá lá, mais uma vez: "Dá-me o brinquedo que EU quero brincar".

Little Devil M: (Já chateada) Mas eu já "dizi" que é para tu brincares. Fica lá com o brinquedo antes que faças uma birra!

Chic'Ana:

 

E vai-se embora, de nariz empinado... Mais uma lição de português que falhou redondamente.

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P.S: Só quero sublinhar que a mãe não faz birras!! 

Resiliência

E chegados à última quarta-feira do mês de Junho, temos o desafio palavras (quase) perfeitas com um tema deveras pertinente: resiliência!

 

Vou aproveitar este tema e este espaço para fazer uma homenagem a uma das pessoas mais resilientes que eu conheço: a K, a minha irmã.

 

Desde pequena que o sonho dela era seguir medicina. Tentei sempre apresentar-lhe 3 ou 4 alternativas, para constarem como plano B, pois todos sabemos o quão difícil é entrar num curso com médias sempre muito elevadas. Basta um deslize num exame para já não conseguir entrar no mesmo, e tantos, tantos alunos que ficam com este papel ingrato, um sonho negado por milésimas, mas as minhas tentativas foram sempre negadas.

Ela foi crescendo e o sonho foi cada vez mais ganhando forma. Passou a ser uma super-aluna, passou a trocar os fins de semana de diversão e convívio por fins de semana de trabalho e de estudo, afinal, as boas notas carecem disso mesmo. Sempre foi uma boa aluna, mas isso não chegava, nos últimos três anos tinha de ser uma aluna de excelência.

 

Para todos os obstáculos que lhe apareciam ela tinha uma solução, mas havia algo difícil de contornar: ela precisava também de ter boa nota a educação física (na altura ainda contava), e a professora embirrou com ela só porque sim. Excelente atleta de natação, boa aluna nos diversos desportos, sempre notas elevadas nos testes. Não podia fazer mais por causa da asma, e para isso tinha um atestado a comprovar precisamente essa limitação.

No final do 10º ano teve um 13, nota que lhe baixava a média e que podia ser a causadora de um fechar de portas para o seu sonho. A nota foi levada a concelho de turma e nem assim a professora acedeu à sua subida. 11º ano, a mesma história, inscreveu-se em TODOS os apoios de Educação Física que a escola tinha, participava em todas as atividades e mais algumas, corria fora da escola, chegada ao final do ano, o fatídico 13 novamente.

No 12º ano, a pressão foi mais que muita, ano decisivo para a entrada no ensino superior. Um ano de muitos nervos, porque com o 13 a Ed.Física, mesmo se tivesse 19 a todas as outras disciplinas, a média caía para 18. Por muitas reclamações, queixas, mesmo pelos restantes professores, a professora de Educação Física recusou-se a mexer na nota e terminou com mais um 13. O fantasma que a assombrava há já 3 anos, recusava-se a ir embora..

 

Fez os exames, melhorou tudo quanto era possível.

 

Chegada a hora da candidatura, desde Açores, a Madeira, a Beira Interior, foi tudo contemplado (teoricamente são as que têm as médias mais baixas).. mas como a esperança é a última a morrer, Lisboa foi colocada em primeiro lugar.

Por todos o esforços, por toda a dedicação ao longo dos anos, a média de medicina miraculosamente baixou naquele ano e ela entrou na primeira opção, Medicina em Lisboa, e com uma grande margem. 

 

A escola, pública, que ela frequentou ainda hoje, anos depois, dá o exemplo dela de entrada em medicina, orgulhosamente ostenta a bandeira de ter colocado alguém num curso tão exigente. É uma situação que me revolta por todo o empenho que ela sempre revelou e pela forma como sempre foi tratada pela escola.

 

 

Sei que é uma opinião muito tendenciosa, mal era se não fosse, mas é uma pessoa extremamente humana, sensível, que será (já o é) uma Médica sempre focada no paciente e bem estar em primeiro lugar. Uma pessoa que se preocupa com o outro, que tem sempre um sorriso e uma mão amiga a estender. Desdobra-se em quantas for possível para conseguir resolver todos os problemas que lhe apareçam. É o meu orgulho, a melhor irmã que eu poderia desejar. E sei que com ela as dificuldades existirão, mas serão sempre mais simples de ultrapassar! Obrigada K, pela lição de vida que nos dás e transmites diariamente, por este nunca baixar de braços..

 

Podes vergar, mas não quebras.. e se um dia quebrares, eu estarei aqui para colar todos os pedacinhos e te devolver todo o teu esplendor!

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Este desafio foi criado pela Cris e podem ver o resultado de Maio aqui. Qualquer um é livre de participar e é muito engraçado ver as várias formas como cada blogger interpreta a mesma questão.

Esperança

O tema deste mês do desafio palavras (quase) perfeitas é um tema que me deixa sempre com um sorriso no rosto: Esperança!

 

Antes de mais o que é a Esperança? Podemos dizer que é a expectativa otimista baseada na possibilidade de que alguma coisa que se quer muito ocorra; confiança ou fé na hipótese de que algo bom poderá vir a acontecer (definição retirada do dicionário).

 

Para mim, ter esperança é fundamental, e faz parte do meu dia a dia:

 

  • Somos mais alegres – na medida em que não existem tantos receios, temos um pensamento muito mais positivo e otimista;
  • Temos muito mais paciência – mesmo quando as coisas que tanto almejamos tardam em chegar, sabemos que o irão fazer e que temos de lutar para o conseguir.. Ter esperança não significa baixar os braços, antes pelo contrário. É mais uma arma para sairmos vitoriosos;
  • Os problemas são ultrapassados de forma mais simples – Temos sempre mais força para ultrapassar as adversidades.

 

Sabemos que as boas energias atraem boas energias, portanto, vamos lá a ter esperança na humanidade, num mundo melhor, em nós mesmos! E sim, é algo que se aprende, portanto, não temos desculpa para deixar esta palavra de fora do nosso pensamento.

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Até no Sporting, vá, verde é a cor de excelência da esperança, não desistimos de lutar pelo verdinho, mas já está na hora de termos algumas alegrias! E quando as tivermos, aproveitaremos em grande, pois nunca se sabe quando será a próxima, ahahah.7

 

Este desafio foi criado pela Cris e podem ver o resultado de Abril aqui. Qualquer um é livre de participar e é muito engraçado ver as várias formas como cada blogger interpreta a mesma questão.

A Liberdade - Tu tens?

O tema deste mês do desafio palavras (quase) perfeitas é deveras pertinente: Liberdade!

 

Liberdade, o que é? Se perguntarmos a qualquer pessoa se acredita que é livre e se este é um conceito positivo, seguramente que recebemos uma resposta afirmativa. Mas afinal.. o que é isto da liberdade?

 

Liberdade é no fundo o direito de agir segundo o livre arbítrio, de acordo com a vontade de cada um, desde que, não coloque em causa outras pessoas, que não seja prejudicial. É a expressão tão utilizada: “A liberdade termina quando começa a liberdade do outro”.

É uma sensação de libertação, sem quaisquer amarras e dependência.. Mas será que a temos realmente? Que poderemos ser espontâneos, autónomos? Sim, desde que a liberdade seja acompanhada de responsabilidade e respeito. Se tivermos estes dois aliados sempre em consideração, então sim, somos livres, de outra forma, somos apenas loucos.

 

Loucos se acreditamos que podemos mover o mundo sem esforço, loucos se pensamos que o dinheiro não passa de um componente material, não, não é o mais importante, mas.. e as doenças que se podem curar com ele?! E as oportunidades que se abrem com ele? E o quanto podemos ajudar outros?! Somos loucos, loucos se pensamos que a nossa vontade manda impera, loucos se pensamos que somos mais importantes que todos os outros, loucos por fazer das questões raciais uma guerra, loucos por questões religiosas, políticas ou até futebolísticas ditarem mortes… Loucos!

A loucura não anda de mão dada com respeito e responsabilidade e como tal, o nosso voo de liberdade será bem mais brando, bem mais baixinho…

 

 

No meu entender, os voos mais altos dão-se nos sonhos. Nos sonhos não prejudicamos ninguém: podemos invadir os espaços uns dos outros, podemos criar as nossas próprias lutas, podemos voar, saltar, gritar, tendo a imaginação como limite. Uma imaginação contida num sonho, uma liberdade trancada na nossa mente.

 

No dia a dia, somos livres sim, mas somos livres com responsabilidade e respeito! E é assim a liberdade, a minha liberdade! E a vossa, como é? 

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Este desafio foi criado pela Cris e podem ver o resultado de Março aqui. Qualquer um é livre de participar e é muito engraçado ver as várias formas como cada blogger interpreta a mesma questão.

Melancolia

À semelhança de Janeiro e Fevereiro, esta última quarta-feira de Março é o dia de responder ao desafio palavras (quase) perfeitas. Este desafio foi criado pela Cris e podem ver o resultado da segunda iteração aqui. Qualquer um é livre de participar e é muito engraçado ver as várias formas como cada blogger interpreta a mesma questão.

 

A palavra deste mês é Melancolia!

 

Melancolia é uma palavra que pode ter vários significados. Ora vejamos, comummente eu não aprecio. Não aprecio a forma como se manifesta em nós: como uma tristeza e uma apatia profunda. Pode mesmo por vezes ser considerada uma doença, uma depressão do ponto de vista psiquiátrico, um processo de luto sem o existir na realidade.

Contudo, se encararmos a melancolia como um estado mais romântico, esta pode ser caracterizada como algo desejável, como algo que enriquece a alma e o coração. São momentos de reflexão e introspeção, normalmente caracterizados pela saudade de alguém ou de algo muito marcante.

 

É normal uma pessoa sentir melancolia um dia ou umas horas, mas se esse estado se tornar permanente, tem de encontrar ajuda o mais rapidamente possível.

 

Uma lição a reter: Estar infeliz não é a regra.. é a exceção! Todos temos os nossos momentos de infelicidade, a vida é mesmo assim, constituída por altos e baixos, contudo, temos de lutar pela nossa felicidade. Nunca, mas nunca baixem os braços, valorizem-se, confiem, não há impossíveis, basta acreditar, basta querer, basta sonhar!

 

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Magia

À semelhança do mês anterior, esta última quarta-feira de Fevereiro é o dia de responder ao desafio palavras (quase) perfeitas. Este desafio foi criado pela Cris e já teve o resultado da primeira iteração aqui. Qualquer um é livre de participar e é muito engraçado ver as várias formas como cada blogger interpreta a mesma questão.

 

A palavra desta semana é Magia!

 

A Magia é a arte de provocar efeitos visíveis, reais, que qualquer pessoa pode verificar, através de efeitos invisíveis, que escapam á maioria dos espectadores. 

Penso que esta palavra está intrinsecamente ligada à do primeiro desafio: Acreditar!

 

Tenho um episódio muito engraçado para vos contar e que realmente demonstra o quanto as crianças conseguem sonhar / acreditar em coisas teoricamente impossíveis.

Era pequenita, com os meus 2 / 3 anos, e esta é uma memória das mais recentes que tenho. Eu e os meus pais vivíamos num prédio antigo, sem elevador. Morávamos num terceiro andar que era muito alto.

Sempre que chegávamos aos últimos 5 degraus, que eram separados das restantes escadas, eu galgava os mesmos sem nunca colocar os pés no chão. Portanto, naquele instante acreditava profundamente que, por artes mágicas, eu conseguia voar suavemente por cima dos degraus. Era uma felicidade tal que me envolvia, e que eu não conseguia explicar… O tempo foi passando e eu cada vez mais tinha de dar corda aos pés para conseguir ultrapassar os degraus. Deveria ter uns 4/ 5 anos, quando perguntei aos meus pais porque é que não conseguia voar mais, o que é que me tinha acontecido?

 

Eles olharam muito incrédulos para mim, e lá me explicaram que nunca me pegaram ao colo, mas pegavam cada um num braço, e faziam com que eu deslizasse suavemente por cima dos degraus. Se eu me lembro de lhes dar as mãos e de eles me puxarem? Não.. Só tenho a visão dos meus pés a sobrevoar os degraus, sem nunca lhes tocar, e esta imagem ainda hoje reside no meu pensamento.

 

Para mim a magia é isto mesmo: acreditar, sonhar! A magia está em cada elogio, em cada palavra de conforto e de alento que proferimos, está presente nos nossos gestos mais profundos. E acredito, sinceramente, que um mundo repleto de magia é muito melhor, mas uma magia que conseguimos compreender, nem que seja um dia mais tarde!

É importante deixar as crianças sonhar, é importante criar momentos mágicos para elas crescerem sempre com um sorriso nos lábios e sempre com a convicção de que conseguem ultrapassar qualquer obstáculo.

 

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Gostei muito deste desafio Cris, e estou curiosa para saber o que os outros vão fazer!

Acreditar

A Cris, lançou o mote e eu aceitei. “Este vai ser um desafio que pretende atravessar fronteiras, blogoesferas, realidades e conceitos. Hoje lanço aqui a primeira palavra deste desafio: palavras [quase] perfeitas, 12 palavras, 12 meses, muitas soluções.“ 

 

Muito resumidamente, todos os meses a Cris vai lançar uma palavra e essa mesma palavra será a inspiração de cada post da última quarta-feira de cada mês. A palavra deste mês é “Acreditar”.

Acreditar só por si é uma palavra que eu adoro! Uma palavra que nos faz querer ir mais além, uma palavra que nos faz crer que tudo é possível!

 

Quem mais do que as crianças para serem a personificação desta palavra? Lembram-se de como era bom sonhar? De como era bom correr e sentir a aragem nos cabelos? De como era bom fazer amigos, mesmo sem saber os seus nomes? De como era tão fácil perdoar, esquecer e seguir em frente? De como era tão simples ter sempre um sorriso radiante nos lábios? De como ultrapassávamos os mais temíveis obstáculos, e quando não lhes conseguíamos passar por cima, rapidamente os contornávamos?

 

Ser criança é acreditar e acreditar é ser criança! Vamos fazer de todos os dias, o dia mais feliz da nossa vida, vamos lutar, vamos sonhar sem nunca deixarmos de querer ir mais além, de querer atingir os nossos objetivos! Pode custar sim, mas se não acreditarmos, quem acreditará por nós?

 

Deixo-vos com imagens absolutamente inspiradoras e arrepiantes de percursos que algumas crianças têm de fazer para chegar à escola diariamente. Vêem-nas a desistir? Não! Vamos aprender algo com elas..

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Imagens retiradas daqui. (e onde encontram mais exemplos)