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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Uma peripécia com o Passarinho!

Sábado ao final da tarde, decidimos dar por terminada a obra que estávamos a fazer, e, enquanto os homens acabavam de arrumar os andaimes, eu ia tomar banho e a minha mãe ia amassar o pão num anexo adjacente à casa.

A minha mãe começa a amassar o pão e passados uns 10minutos começa a chamar, a gritar por mim muito aflita.

A aflição era tanta que pensei que ela se estivesse a magoar ou tivesse acontecido alguma coisa bastante perigosa. Não vou de modas e saio de casa disparada, como estava, de cuecas e soutien.

 

Entro no anexo, vejo a minha mãe enterrada com os braços cheios de massa até aos cotovelos, e empoleirado na cabeça dela, estava o passarinho. Ora, ela só o conseguia ir sacudindo de vez em quando e ele não lhe largava a cabeça, passando para os braços e posteriormente para a borda do alguidar..

 

Mãe: Ana, leva já o passarinho daqui e fecha a porta, senão ele cai dentro da massa e não o conseguimos limpar!

 

Pego nele, mas mal ele vê que está a ser levado para longe do pão, toca de voar e de voltar ao poiso inicial. Lá vou eu novamente, consigo fechar a porta e fico com o passarinho a olhar para mim. Já irritada com ele, pego nele, para o ir colocar na parte da frente da casa, ao pé de pessoas, porque eu queria ir mesmo tomar banho, quando ele foge para o meio de roseiras cheias de espinhos.

Fiquei cheia de medo que ele se picasse e lá vou eu, consigo alcançar o bichinho depois de me ter picado e arranhado, e já ia a meio caminho quando decide novamente voar para longe.

 

Foi na altura em que me passei e gritei com ele:

Chic’ Ana: Ou tu vens já atrás de mim, a saltitar ou a voar, como quiseres ou eu deixo-te para aí no meio dos arbustos!

 

E foi assim que apareci na parte da frente da casa: com pouca indumentária, com um passarinho a saltitar atrás de mim, sob as expressões estupefatas do meu pai e do M que não queriam acreditar naquilo que estavam a ver!

 

Decididamente que não sei o que é mais insólito nesta história: se os meus trajes menores, se o passarinho que ouviu o raspanete e obedeceu, ficando quietinho num raminho de árvore ao pé deles até escurecer.

 

Santinho dos murinhos, faz com que estes sejam altos o suficiente para ninguém ter visto a minha triste figura!!

 

mulher pássaro.bmp

O que um passarinho nos pode ensinar?

Admito que quando recolhemos o passarinho no chão, e o alimentámos nunca esperámos receber tanto, mas tanto em troca!

Mal chegámos a casa no sábado, apareceu logo o nosso amigo para nos receber. Parecia que estava com saudades, carente, nós queríamos fazer as nossas coisas e ele não saía de ao pé de nós. Queríamos acabar as obras, pintar o que estava em falta e ele sempre de volta dos apetrechos. Incrível... Isto é normal num passarinho?!

 

O seu lugar favorito continua a ser sem dúvida as cabeças, quer estejam cobertas por chapéus ou não, adora...

 

Assim que fomos buscar a caixa da comida, ficou maluquinho, reconheceu-a de imediato e queria entrar para dentro dela. Chegou mesmo a cair de cabeça dentro da caixa, ficando todo amarelo. 

IMG_20160910_112244.jpgSó descansou quando comeu da nossa mão.

IMG_20160910_112305.jpgPodíamos ter qualquer outro animal de estimação, mas este é definitivamente especial pois nunca esperámos tal demonstração de carinho, de amizade, de um passarinho, que é livre e que escolhe ficar por perto!

Amanhã tenho uma história hilariante para contar que o envolve.

 

Adivinhem quem voltou...

O passarinho voltou! Está vivo, cheio de saúde e continua um pouco mimado...

 

Sexta-feira chegámos a casa já de noite, demos uma volta ao terreno, sempre com o coração nas mãos, à espera de o vermos caído, magoado, ou pior ainda. Não o avistámos e portanto, fomos deitar-nos, mas sempre com uma grande preocupação. No dia seguinte pela manhã, mal saímos à rua, no seu poleiro da comida, estava o nosso amigo. Nem imaginam o quanto ficámos contentes.

Deixou-nos aproximar e ficou radiante quando ouviu as nossas vozes. Está cada vez mais bonito, já tem mais penas, já aperfeiçoou a técnica de voo e estava claramente com saudades da sua papinha amarela.

 

E foi assim o resto do fim de semana, andou a voar sempre perto de nós, mas já não gosta de ser agarrado como antigamente, ele quer é liberdade! Anda de raminho em raminho, já com alguns amiguinhos.

Estamos orgulhosos pela forma como se adaptou!

 

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A Liberdade do Passarinho

Este fim-de-semana foi rico em peripécias, umas melhores, outras piores, mas hoje vamos focar-nos no projecto de sucesso – na libertação do passarinho.

 

Chegámos na sexta-feira e ele passou a noite na rua, para se ir adaptando à temperatura exterior, aos sons, ao vento. Na manhã seguinte estava esperto, via-se que tinha necessidade da natureza – era o chamamento dele e decidimos que tinha chegado a hora.

Alimentámos o passarinho pela última vez e colocámos o passarinho nuns arbustos, sempre sob a nossa supervisão. Saltitou e estava verdadeiramente feliz, aventurou-se para árvores mais pequeninas, saltou de ramo em ramo, até que voou livremente para longe e para o cimo da árvore que julgamos ter sido a sua casa inicial.

 

K: Chegou a hora, ele está muito mais feliz assim.

Chic’ Ana: É verdade, notava-se a felicidade que tinha ao voar, ao estar livre.

 

(passados 5 minutos)

 

Chic’ Ana: Como estará o passarinho? Será que está bem? Que tem fome? Vamos procurar.

 

Saem 5 pessoas disparadas de casa, munidas de um escadote e toca de chamar o passarinho. Acabámos por o encontrar, apanhar, fizemos-lhe mais umas festinhas e de novo ele voou. Tinha feito a sua escolha.

 

Continuámos a pintar os beirados dos telhados, sempre preocupados e eis senão quando, em cima do telhado temos o nosso amigo, que nos seguia, e insistia em bicar um esfregão verde e amarelo. Conclusão: estava cheio de fome (a cor amarela é sinónimo de comida) e cansado por tanto ter voado. Fomos mais uma vez dar-lhe comer, comeu até ficar satisfeito e logo voou novamente.

 

Passou a noite de sábado para domingo na sua casinha, e mal lhe abrimos a porta de manhã, voou. Um longo e majestoso voo, com direito a planar e tudo. Voou para longe e não o vimos mais, até que perto da hora de almoço, aparece novamente, mas já sem muita fome, já não queria ser alimentado por nós, tentámos dar-lhe comida, mas ele fugia dela. Gostava da nossa companhia, mas via-se que já tinha aprendido a alimentar-se por si mesmo.

 

Espalhámos vários pontos com comidinha para ele ter durante a semana, vários pratos com água para ter o que beber e duas casinhas para se abrigar se surgisse necessidade.

 

Temos a consciência tranquila: fizemos por este passarinho aquilo que considerámos melhor. Só existiam dois cenários: ou passar a vida dele numa gaiola ou viver em liberdade. Optámos, e ele também, pela segunda opção. Não sei sinceramente a quem mais custou, a nós, que já nos tínhamos afeiçoado a esta pequena criatura, ou a ele.

 

Mas… mesmo que a sua vida seja curta, descobriu o que é voar, o que é sentir o vento nas asas. Ele não nasceu para estar preso. Ele nasceu para ver o mundo sobre outra perspectiva e este fim-de-semana ele teve esta visão. Depois deste pequeno presente, uma gaiola seria demasiado penoso.

 

PASSARINHO.png

 Não deixo mesmo assim de sentir o meu coração apertadinho e repleto de preocupação..

Um dia Especial

Ontem foi um dia muito especial. O dia de aniversário da pessoa que de mão dada com o meu pai, me ensinou a sorrir, me ensinou a cair mas a levantar-me sempre de cabeça erguida, me ensinou a falar e a fazer os primeiros disparates, mas acima de tudo, que me ensinou a ser feliz, e esse é o melhor ensinamento que uma mãe pode transmitir ao seu filho.

 

Mãe, podia dizer-te que és a melhor mãe que existe à face da terra, mas não o vou fazer, vou antes dizer-te que és a melhor mãe presente no MEU mundo, e a mãe que eu quero e que desejo. Se eu pudesse voltar atrás e escolher, serias a minha opção infinitamente.

 

Já aqui to disse uma vez, mas volto a repetir, consegues perceber-me como ninguém, consegues ouvir o meu silêncio ensurdecedor, tens sempre uma palavra de apoio e carinho, tens sempre a palavra certa no momento certo. És o meu porto de abrigo quando tudo ameaça ruir, e por mais longe que eu possa estar, sei que contigo posso sempre contar. Os filhos crescem, os filhos evoluem e saem do ninho, mas jamais dispensam o colo da mãe, portanto, nada de inventares artrites, reumatismo, dores ciáticas, falta de força porque ainda tens muitos anos para levar comigo em cima, literalmente!

Todo este palavreado para dizer que gosto muito de ti e que tens um lugar bem marcado no meu coração!

 

Fica uma foto de um dos momentos que marcou o dia: A minha irmã a tentar finalizar o bolo e o passarinho que também queria entrar na festa. Parece que ontem percebeu que era um dia especial. Passou a noite a voar de cabeça em cabeça, e, sempre que o colocávamos na caixinha e lhe dizíamos para dormir, piava e refilava. Só acalmou quando a azáfama também sossegou.

 

DSC01764.JPG

As diabruras de um passarinho

Para quem ainda não sabe, durante as férias apadrinhámos um passarinho que caiu do ninho numa fase muito embrionária. Alimentámos o passarinho através de uma seringa e nos últimos dias já conseguia comer através de um pauzinho ou mesmo pelos nossos dedos, indo bicando devagar.

É um animal que necessita da natureza e queremos devolve-lo assim que ele estiver em condições para tal. Agora, o que não esperávamos era ter tantas curiosidades para partilhar:

 

  • Tem um feitio bem marcado: já sabe bem o que quer e o que não quer comer – se não gosta da ementa apresentada, foge a correr de quem o tenta alimentar. Quando gosta, e se demoramos muito tempo a dar-lhe de comer, começa a piar muito alto e cada vez mais irritado;
  • Adora receber festinhas no topo da cabeça, ficando quietinho e dando jeito consoante a forma que mais lhe agrada;
  • Adora que falem com ele. Quando está a ser ignorado, tenta chamar a atenção, ou fazendo mais barulho ou voando até às pessoas (ele não se encontra fechado);
  • Adora um vestido que a minha mãe tem cheio de flores, deve pensar que é um arbusto e cada vez que a vê com o vestido, voa para cima dele (está numa das imagens abaixo);
  • Agora já gosta de se banhar e de sacudir as penas todas posteriormente, ao princípio ficava muito quieto e esticado com medo que a água lhe tocasse nas penas;
  • Agora aqui preciso da vossa ajuda para compreender este ponto: Sempre que a minha irmã pega no passarinho, ele deixa-lhe um presente. É sinal de sorte, certo?

 

Está a crescer a olhos vistos, vejam as imagens:

passarinho.bmp

 

O Regresso

Estou de volta (confesso que já tinha muitas saudades)! Foram 3 semanas de descanso, muito completas, com praia, campo, serras, praias fluviais, tudo a que tive direito, e até algum trabalho, que faz parte. Mas estou de volta, e temo que seja uma semana muito complicada aqui no trabalho.  

 

Voltar Férias.jpg

 

Deixo-vos apenas um cheirinho do que se passou e até porque preciso de uma ajudinha vossa.

Há cerca de uma semana e meia, encontrámos no terreno de casa um passarinho pequenino que já estava mais para lá do que para cá. Provavelmente tinha caído do ninho e nós bem que o procurámos para o tentar colocar de volta, mas não foi possível. Ora, começámos a alimentar o passarinho com uma seringa diariamente, com comida e água, até que ele começou a comer diretamente das nossas mãos. Ontem, aprendeu a bicar, mas ontem era também o dia do regresso e se o deixássemos lá provavelmente teria morrido pois não é autónomo.

Tornou-se bastante sociável: não tem medo das pessoas nem de nada, excepto das formigas que já o picaram. Anda no nosso ombro, feliz e contente, apesar de já dar alguns voos grandes.

Qual é o problema? Tenho um verdilhão na cozinha! Nem gaiola tem, apenas uma caixa improvisada. 

Acham que para a semana o consigo devolver à natureza ou está demasiado dependente e já não se consegue desenrascar sozinho?

 

E aqui está o passarinho:

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