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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Administradora Intimada

Nestes últimos dias tenho andado mais ausente. O tempo não estica, não se consegue acudir a todas as "capelinhas".

Reparei que o blog se desenvolve em torno de duas grandes esferas: a esfera pessoal, em que partilho essencialmente as peripécias divertidas de uma família de 4 (ou 5, se contarmos com a tartaruga e que também tem aventuras para contar) e a esfera laboral, com alguns temas relacionados com o modelo de trabalho híbrido.

Chegou a hora de introduzir uma terceira grande esfera, carregada de situações insólitas: a da administração de um condomínio.

Ora, o ano passado, e, após várias sessões de trabalho com uma empresa de condomínios, que mais parecia o retrato caricatural de algo (era tudo menos administração), chegámos à conclusão que deveríamos efetuar a rescisão do contrato e prosseguir, pelo menos um ano, com administração interna.

Estávamos em plena assembleia de condóminos, tínhamos terminado de eleger a administração interna para o efeito, em que fui eleita, quando se dá a situação:

Carteiro: Tenho uma carta para a administração do condomínio.

Vizinho: Acabámos agora mesmo de a eleger. Está aqui (e aponta para mim).

Carteiro: Ora, assine aqui por favor. Tenho o prazer de comunicar que se encontra intimada pelo Tribunal.

Chic' Ana 

(após um longo período de silêncio, após ler em linhas gerais do que se tratava..., após umas quantas pragas ao timming do carteiro)

Chic' Ana: Como recém nomeada administradora, declaro que renuncio ao cargo. Estou a brincar, vamos lá para a frente com o processo.. 

 

E pronto, ontem foi o dia, o dia da ida a tribunal.. O dia em que me senti qual Sócrates e Ricardo Salgado em ascensão, mas sem a minha parte do milhão e câmaras, nem uma, para fazer a cobertura deste evento mediático! 

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Próximo capítulo: Administradora em apuros ou Cinderela do telhado! Aguardem, pois vale a pena!

Little B já tem profissão definida

Quem se recorda do episódio do cão e da sua boca? Pois é, na altura a dúvida residia entre ser dentista ou veterinária.

Depois de mais um episódio, acho que já temos a profissão definida, senão, atentem..

Little B toda contente vem mostrar um dente a abanar, pouco, pouquinho.

Chic' Ana: Olha, tens mais um dente a abanar!

Passado uns instantes, e após trincar uma peça de fruta dura, já o dente abanava mais.

M: Pequenita, queres que a mãe te ajude a arrancar o dente? Eu acho que ela já consegue.

Little B: A mãe?!  A mãe não, não quero, não quero!!!

Nisto, foge para a casa de banho, fecha a porta, e passado uns minutos sai, toda orgulhosa, com o dente na mão, com a boca ainda a escorrer sangue..

Little B: Consegui! E sem chorar!!

Já arrancou 6 dentes, sozinha! 6 momentos em que não tive o prazer e a permissão de me aproximar para ajudar. Pela reação dela, até parece que ia intervir com um martelo e um alicate! 

Vantagem: temos poupado no dentista, pois ela tem feito o trabalho sozinha!

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As crianças têm resposta para tudo...

No Natal, ofereceram às littles um livro muito interessante de perguntas e respostas sobre o corpo humano. Elas adoram "ler" antes de adormecer e não dispensam sempre uma ou duas histórias por noite.

Uma das abas do livro tinha a questão "Porque é que o meu coração bate?" Antes de ler a resposta, dou-lhes sempre um tempinho para pensarem e darem a sua justificação..

 

Little B: Precisamos do coração para viver, sem ele não o conseguiríamos, é ele que permite a circulação do sangue pelo corpo.

Chic' Ana: Muito bem, o coração é, na verdade, um órgão que a cada batida, bombeia..

Little Devil M: Eu sei, eu sei.. O coração a cada batida envia uma bomba para os pulmões que estão a ser atacados pelo inimigo. Para que os pulmões consigam sobreviver, o coração entra em ação acabando assim com qualquer invasão inimiga! Está certo, mamã?!

Chic' Ana: Hãããã!! Bom, o bombear, não quer dizer que envie bombas, não! O bombear significa que a cada batida, envia sangue pelos vasos sanguíneos..

Little Devil M: E o sangue vai fazer o quê? As bombas são muito mais eficazes!

Chic' Ana: Sim, mas o coração não tem bombas. O coração envia o sangue que contém oxigénio.

Little Devil M (Olha para o peito, cabisbaixa e diz... ): Fraquinho!

Chic' Ana

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Nota: Little B tem 6 aninhos, Little Devil M tem 3 aninhos, teorias e respostas para TUDO (mesmo que não faça o menor sentido)

Home Office ou As aventuras de trabalhar em casa - O Aspirador Perseguidor

São raras as reuniões que temos de forma presencial. Como o trabalho é num regime híbrido, a maior parte das reuniões é efetuada por Teams. Assim sendo, e, como no episódio que contei anteriormente, ouvimos o que se passa na casa uns dos outros, ou no local onde estejamos a trabalhar.

Ora, numa das reuniões, está presente um colega que tem um robot aspirador novo e de forma orgulhosa esteve 15min a falar das qualidades do mesmo e do tempo que poupa, desde que o utiliza. Finalmente começamos a reunião, até que..

Colega: Esperem só um pouco, esqueci-me de desligar o aspirador e ele está a fazer barulho..

reunião (...)

Colega: Ora bolas, voltou a ligar-se, só mais um bocadinho.

reunião (...)

Colega: É normal o aspirador ligar-se e vir para onde eu estou?

Chic' Ana: Eu não tenho nenhum aspirador desses, não sei.. Não terás feito o mapeamento e pedido para ele começar a limpeza no local onde te encontras?

Colega: Ah, se calhar foi isso, mas não me lembro de o ter mapeado..

Chic' Ana: Bem, podemos continuar, então? Já é quase hora de almoço.

Colega: (ouve-se um ganir, seguido de um estrondo provocado por uma cadeira a cair, seguindo de um "Larga" e de uns insultos que não vou repetir). Isto não é normal, então o aspirador começou a perseguir o cão, e, assim que ele se sentou, a máquina demoníaca tentou sugar todos os seus pelos!!

 

Uma reunião arruinada devido a um robot aspirador! E ainda perguntam porque não sou fã destas tecnologias?! É que com a minha veia dotada para acidentes, coisa bonita não ia acontecer!

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Qual o destino que o aparelho teve? Não sei, mas se fosse meu, já não morava comigo, de certeza! 

O Chinelo Voador

Já que o bom tempo não impera, vamos começar a recordar histórias de verão, calor e emoção para ver se ele mostra um cheirinho de si... E por falar em cheiro...

 

Há uns anos atrás, tínhamos alugado um apartamento em Portimão, mesmo de frente para a praia. Como apartamento de férias que era, era de dimensões reduzidas, portanto, tudo o que um fazia, o outro sabia.

O meu pai adorava passear pela casa toda de chinelos, e fazia mais que bem, afinal, férias gritam por conforto, mas no caso dele, por mau cheiro também.

Foram uns chinelos caros, de marca, que ao apanhar diferentes ambientes: praia, piscina, sol, calor, começaram a ter um cheiro insuportável.

Ninguém podia conviver com os chinelos, ou eram eles dentro do apartamento, ou éramos nós.

Fartas de refilar com o meu pai por causa dos mesmos, e ele casmurro que tinha gasto bastante dinheiro nos chinelos e que estavam novos, teimava em utilizar e passear os mesmos por todas as divisões, mesmo junto ao nosso nariz.

Passou um dia, passaram dois dias, ao terceiro dia, viu-se um chinelo a voar pela janela do 6º andar de um apartamento!

(para um terreno baldio, sem vivalma, atenção! e depois de aplicarmos inúmeras técnicas para retirar o mau cheiro..)

 

Pai: Isso que acabou de voar foi um dos meus chinelos?! Vou já lá abaixo apanhar o mesmo!

Chic' Ana: Boa sorte, com a luz que tens no terreno baldio pode ser que voltes para casa antes do amanhecer. Leva saco cama e lanterna, a procura vai ser longa....

 

Nessa mesma noite, o outro chinelo desapareceu misteriosamente para destino incerto, porque teimoso como ele é, no dia seguinte ia fazer uma excursão em busca do chinelo desaparecido.

 

Ainda hoje fala nos chinelos e já passaram uns bons anos..

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Eu e os jogos de computador

Houve uma altura em que era louca por jogos de computador. Não tinha muitos, porque eram caríssimos, mas tinha alguns que me iam oferecendo em ocasiões especiais.

Esta semana fui a casa dos meus pais e dei por mim a recordar e a mexer na gaveta dos jogos, todos eles me despoletavam boas recordações.

 

Chic' Ana: Ah, nunca cheguei a terminar este jogo!

Chic' Ana: Este também não.

Chic' Ana: Acabo agora de me aperceber que nunca cheguei ao fim de nenhum jogo!

 

Nisto, ligo o pc, coloco o jogo.. Começo a jogar para tentar finalizar um deles e ver como termina..

 

Chic' Ana: O que é que eu estou a fazer? A terminar o jogo? E depois... o que é que me fará jogar o mesmo novamente? Não, vou deixar por terminar, assim tenho sempre para onde voltar.

 

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 Digam-me que isto é um comportamento pelo menos mais ou menos normal sff!

 

Exercício à força!

Agradeço encarecidamente aos senhores condutores que se preocupam com a minha forma física. Proporcionam-me 5 minutos de intenso exercício matinal.

 

Ora vejamos:

Ana aproxima-se da passadeira...

Ana faz espalhafato enquanto se chega mais perto da mesma para ser notada...

Ana coloca sorrateiramente o pé na passadeira..

Os condutores aceleram!

 

Ana vê uma nesga no fluxo de carros..

Ana prepara-se, corre, e como ainda não está a meio da passadeira, volta para trás por forma a fugir ao doido que se aproxima a uma velocidade estonteante.

 

Ana faz step no lancil do passeio da passadeira. Ora sobe, ora desce.. e ela só quer atravessar a rua. Ainda pisca o olho ao polícia municipal que se encontra estacionado a uns 3 metros, mas não é bem sucedida.

Felizmente há um cruzamento uns metros atrás, em que os carros simplesmente não param, e quase todos os dias se dá um quase acidente. É neste quase acidente que Ana consegue atravessar a rua, na passadeira!

 

Percebo que tenham pressa para ir trabalhar, a sério que sim, mas o que acham que eu estou a fazer "plantada" numa passadeira às 07h50 da manhã? A escolher o próximo carro que quero comprar?

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Os tempos do Secundário

Ontem encontrei uma colega de secundário com quem já não falava há anos. Estivemos a recordar amizades, professores, colegas, mas acima de tudo, episódios caricatos. Esta minha colega foi autora de um dos episódios que mais sorrisos nos despertou pela seriedade com que ela disse as coisas.

 

Era a nossa primeira aula de francês e, na altura, existia a política de nas aulas de francês apenas se falar em francês. Como a língua era praticamente desconhecida, uma vez que a língua estrangeira mais utilizada é o inglês, ninguém percebia nada do que a professora estava a dizer. 

A meio do que pensávamos ser o seu discurso de apresentação, a professora, lembrou-se de fazer uma questão pertinente à minha colega..

 

Professoracomment tu t'appelle? (como te chamas)

Colega: A minha pele professora? A minha pele está boa, obrigada por perguntar.

Professora

 

 

Ela disse isto num tom tão sério, tão convicta que estava a responder corretamente à questão, que despertou sorrisos em toda a gente, inclusivamente na professora, que após a cara de choque / espanto, quase não conseguiu terminar a aula com tanto riso.

 

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E vocês, têm algum episódio semelhante?

Sereia por um dia

Uma das consequências da gripe da Little B, foi a afonia da mãe.. Estive dois dias inteiros em que não saiu um “ai” da minha boca. Por mais que me esforçasse não tinha voz, o que deu origem a um dos episódios mais engraçados que já tive.

 

Estava a regressar a casa do trabalho em pleno metro quando encontrei uma das crianças a quem dei catequese…

Criança: Olá Ana, há tanto tempo que não te via, estás boa?

Chic’ Ana

Criança: Oh, então, que se passa?

Chic’ Ana: (Começo a apontar para a garganta, com uma mímica estranha, que nunca tive jeito para fazer tal coisa)

Criança: Ahh, já percebi, não consegues falar..

Chic’ Ana

 

Nisto olho para a frente e está uma menina mais pequenina, de 3/ 4 anos a olhar para mim com os olhos muito abertos a sorrir. Eu sorrio de volta e a menina faz um olhar ainda mais ternurento e entusiasmado.

Mãe da menina: Não olhes assim para a senhora, o que se passa?

Menina: Mas mãe, é maravilhosa.

Mãe: Maravilhosa? Foi a palavra que aprendeste hoje na escola?

Menina: Não, tu não vês?

Mãe: Ver o quê? É uma senhora que está a sorrir para ti.

Menina: Não, é muito mais que isso… É uma sereia..!

Mãe: Uma sereia? Não digas palermices…

 

Nisto abre um livro que tem na mala.

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Menina: Temos de a ajudar, a bruxa levou a voz da sereia para ela conseguir ter pernas, e agora precisamos de a ajudar.

 

Tanto eu como a mãe nos começámos a rir imenso..

 

Menina: Tenho aqui outra coisa que vai ajudar.

E começa a tirar uma garrafa de água da mochila..

 

Mãe: O que vais fazer agora? 

Menina: Vou molhar a sereia para ela aguentar mais tempo com pernas.. Deve estar cheia de dores.

 

Foi ver a mãe a toda a pressa a retirar a garrafa de água das mãos da menina, ou o meu resfriado teria piorado a olhos vistos com o banho que ela se preparava para me dar...

 

 

As crianças realmente têm uma imaginação fantástica!