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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

One Smile a Day com.. a Maria Grace

A minha convidada desta semana é a Maria Grace, autora do blog Histórias da Alma. É um blog relativamente recente, mas que já me conquistou, pela simplicidade, pela profundidade, pela partilha de pensamentos e acima de tudo porque me faz muitas vezes pensar no rumo a seguir. A autora é de uma simpatia e disponibilidade de assinalar, sempre disposta a uma troca de palavras ou simplesmente um sorriso.

"A vida é apenas uma passagem, e os momentos vividos, sejam bons ou maus, são necessários para o nosso crescimento, mas se deixarmos que seja o AMOR a guiar sempre as nossas atitudes, pensamentos e vontades, a Alma viverá FELIZ". Esta é uma frase que resume a essência do blog que vos convido a descobrir.

Desde que me conheço, que sempre fui uma pessoa muito calma. Até demais. Quer em casa, ou no trabalho. Podemos considerar tanta calmaria uma qualidade, mas quando é em excesso pode ser prejudicial. Muitas vezes, quando dou por mim, tanto é o silêncio que se faz na minha mente, já estou a vaguear, nem eu sei bem por onde. Como se costuma dizer fico a pensar na “morte da bezerra”. Se bem que por vezes, é um bem necessário, abstraimo-nos de tudo à nossa volta, de forma a conseguirmos alcançar o nosso equilíbrio. Mas adiante…

Confesso que nunca fui muito amiga da cozinha, ou melhor dizendo, do fogão (inclino-me mais para o lava loiça), mas claro, aprendi a cozinhar, embora não seja uma MasterChef. Por isso, nunca me entendi muito bem com as frutas e os legumes, quando tinha, e ainda hoje, tenho de os escolher no supermercado. É um verdadeiro martírio.

Quantas vezes levei tomates verdíssimos ou bananas cruas, à minha mãe, quando me pedia para ir às compras, que ela abanava a cabeça e dizia “E tem esta rapariga 24 anos!”.

Até que um dia, o meu marido decidiu que já estava na hora de eu aprender a selecionar a fruta. Afinal a miúda era pequena, e não podia ser sempre ele a fazer as compras! Muito bem!

Sentei-me e ouvi a sua explicação. (o “atentamente” é melhor não pôr):

- Seguras o Melão, e apalpas a parte de baixo, para ver se emite um som oco, ou não! - explicou ele,aproveitando uma bola de rugby que tínhamos lá para casa, para exemplificar. Foi o objeto que descobrimos, mais parecido com um melão,

Eu absorvia toda aquela informação, ou pelo menos achava que sim, mas dias depois vim a constatar que não.

- Percebeste? - perguntou ele. Ao que eu respondi prontamente – Sim, sim! Tudo!

Passados uns dias, de regresso a casa, passo pelo Pingo Doce e pensei “É hoje que vou comprar o meu primeiro melão”, e lá entrei toda orgulhosa na loja.

Cheguei à bancada onde estavam os nossos amigos. Grandes, Médios, Pequenos, todos virados para mim.Todos iguais! TODOS!

Confesso que ainda estremeci. Mas, não me deixei ir abaixo.

Peguei num Melão….

Olhei para ele. E claro, ele olhou para mim. (Como sou muito calma, devo ter ficado ainda 1 minuto a olhar para a bendita fruta, com ela na mão).

Nem imaginava que tinha mirones ali perto.

Com a mão fechada ( tal e qual me tinha ensinado o marido), bati várias vezes no melão “ToC! ToC! ToC!!

Olhei uma última vez para ele.

Encostei o melão ao ouvido!

NADA!!!!!

Nenhum som.

Tentava eu entender o que estava a fazer de errado, quando de súbito aparece, não sei vindo de onde um homem, que me pergunta, com um sorriso de orelha a orelha:

- Estava há espera de resposta???

Claro que percebi que tinha acabado de fazer um figurão, com o raio do Melão, na mão.

Balbuciei um “Sim”, quase mudo, fiz aquele sorriso de Gioconda, virei as costas e fui-me embora.

Conclusão. Agora, quando me explicam alguma coisa, tento sempre não ouvir pela metade, senão já sei que dá barraca. E tento regular a minha calma para os 40%,, para o resto poder ficar atento.

E isto para mim, foi sem dúvida uma lição de vida. Que figurão!!!!

 

Obrigada, muito obrigada por esta bela partilha.. Uma escolha de melão que acabou com um grande melão! Ahahaha, para a próxima, fazes como eu quando vou às compras...

 

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One Smile a Day com.. a Joana

Hoje tenho para vos apresentar a Joana, autora do blog I LIke Flowers. É um blog novinho, tem cerca de um mês apenas, mas já conta com pensamentos tão intensos e profundos, textos onde podemos rever muitas das nossas próprias opiniões. A Joana é uma simpatia, desafio-vos a darem um impulso, um empurrão, para que ela continue a escrever e a crescer neste mundo digital.

Joana, muitas felicidades e sucesso para esta nova etapa. 

Passando então ao que interessa, aqui vai a minha pequenina história, mas que ainda me fez dar umas boas gargalhadas.
Na noite de passagem de ano, fui, juntamente com os meus pais e o meu irmão a casa de uns amigos. Quando lá chegámos, juntei-me então ao pessoal que lá estava da minha faixa etária, pessoal esse, que tal como eu e como todos os jovens, gosta de "marcar" todos os jantares com uma mini partida a alguém.
Durante o jantar, tudo correu como previsto, até que, uma das pessoas que vivia lá em casa se lembrou de um piri piri extremamente picante guardado no armário à espera que alguém lhe desse uso. Lembrámo-nos então de o ir buscar e, com a ajuda de um guardanapo, molhámos o topo (o bocal) do copo de uma das raparigas que lá estava.
Assim o fizemos, certificando-nos de que não tínhamos dado nas vistas. Enchemos então o copo com vinho e colocámo-lo no seu sítio inicial.
Chegou então a hora de fazer o brinde, e mal sabia a Paula o que a esperava. Assim que o brinde terminou, levou o copo à boca. Bem, o que foi ela fazer... Começou a corar, a pôr a língua para fora, a agitar as mãos, quase prestes a pôr a boca dentro de um copo de leite, bem, vocês devem imaginar... Rimos tanto, mas tanto... inclusive a própria rapariga, que achou piada à malandrice dos "putos".
Aqui está este mini episódio que me fez entrar em 2018 na maior das diversões. E como diz o velho ditado, recordar é viver. Muito obrigada Chic'Ana por me ter proporcionado este maravilhoso momento! 

Obrigada eu por este belo momento, o que eu me fartei de rir a imaginar a situação.  Coitada da Paula, que só queria fazer o seu belo brinde.

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Bom fim de semana!

One Smile a Day com.. a Joana

Pois é, hoje tenho o prazer de vos apresentar a Joana, autora do blog O Quiosque da Joana. Este é um espaço que dispensa qualquer tipo de apresentação, penso que todos vocês já se cruzaram com a Joana e toda a sua "trupe". Um blog que nos conquista pela sua simplicidade, pela sua genuinidade, pelo retrato fiel da vida, e claro, tal só seria possível, porque temos uma autora que consegue chegar aos seus leitores, pela sua simpatia, pelos valores que a caracterizam e que estão em crise na nossa sociedade, pelo seu enorme coração e entrega ao próximo. É um espaço que eu não dispenso e do qual venho sempre com o coração mais quentinho. Sem mais demoras, aqui temos a história da Joana.

A vida não é como os computadores.

Devia ser. Não, tal e qual. Mas um bocadinho.

Devia permitir um ensaio. Um regresso, ao minuto anterior.

Dava jeito. Às vezes, dava jeito. Poder retirar aquela palavra. Daquela conversa.

Voltar atrás. E poder não enviar aquela mensagem.

Ou simplesmente. Poder voltar atrás. Numa ou noutra atitude.

Tive consciência disto. Quando tinha 13 anos.

 

Tinha 13 anos. Estudava no Pedro Nunes. Na Estrela.

Andava no ano. Tinha uma professora de Ciências. Absolutamente genial.

É claro que só dei conta disto, anos mais tarde.

No ano. Ciências, nem era a minha disciplina preferida.

Queria era ter uma nota civilizada para os meus pais não me chatearem. Só isso. E ficava-me por aqui.

Num tempo em que não havia tantos exames como agora.

A minha professora estava a borrifar-se um bocado para o saber que estava no livro.

Passávamos o tempo a fazer experiências. E trabalho prático.

Desde abrirmos corações. Escrutinarmos seres pequeninos dentro da terra. Microscópios. E rochas. Etc.

As aulas eram uma animação.

 

Se em casa. Nunca podia torcer o nariz a nada. Mostrar-me demasiado enjoada. Nem fazer-me de interessante.

Na escola. Achava que mandava alguma coisa.

E...

...no dia em que a professora.

Apareceu com um ratinho todo esticado e pronto a ser dissecado. Eu, Joana.

Armei-me em diva.

Mais ou menos como o meu cão Vasco faz. Quando dá de caras com uma aranha.

 

Os meus colegas rejubilaram. Eu. Encolhi-me num canto e ameacei chorar tal e qual uma miúda mimada.

A professora abriu o ratinho.

Os alunos estavam à volta dela. Para ver tudo.

E eu, Joana. Espreitava pelo canto do olho.

Depois de mostrar todos os cantos e recantos do ratinho.

A professora quis exemplificar como é que em caso de necessidade se podia reanimar a criatura.

Mostrou-nos uma palhinha. E disse-nos:

- Posicionamos a palhinha na boca do ratinho e sopramos levemente. Joana, chega, aqui. Tenta lá...

 

Passou-me a palhinha para a mão.

Debrucei-me sobre o ratinho.

Com mil Slimanis!...cheirava tão mal o caneco do animal!

Só de pensar que tinha de soprar na boca do bicho.

Era caso para pedir a reforma aos 13 anos. Tal era o trauma com que iria ficar...

Perdido por 1. Perdido por 1000.

Joana. Eu. Posicionei-me.

Joana. Eu. A enfrentar o touro pelos cornos. Ou melhor, a goela do ratinho.

Joana. Eu. Debruçada. A olhar o ratinho de cima para baixo.

Joana. Eu. Palhinha dentro da boca do ratinho.

Joana. Eu. A comandar a reanimação do ratinho. Qual Bas Dost no momento de marcar um penalti!

 

Os colegas sussurravam.

Queriam estar ali.

Na boca do lobo. Ou melhor, na goela do ratinho.

Credo. Ó senhores!  O bicho cheirava mesmo mal...e ninguém me pagava para tal...

 

Joana. Eu. Inspirei.

Joana. Eu. Qual tornado. Soprei.

Joana. Eu. Não percebi o que aconteceu.

Os colegas gritaram. E afastaram-se.

Senti qualquer coisa na cara.

E vi a professora...horrorizada.

Joana. Eu. Bruta. Que nem uma porta.

Soprei demais.

E o ratinho foi pelos ares. Ratinho por todos os lados. Tal foi o tamanho do sopro.

 

 

Ainda hoje, quando encontro os meus colegas de escola.

Não se lembram de mim porque tirei a melhor nota a história.

Ou porque cantei espetacularmente bem na festa de final de ano.

Não!

Claro que não!

Sou lembrada por este episódio. Épico. 

 

Não seria bom. Que a vida fosse como os computadores?

Pois, só que não é. Só que não é.

 

Obrigada Joana, por esta bela história. O que eu me ri, pobre do ratinho que se estivesse vivo, morria devido ao excesso de ar... Felizmente nunca me deparei com nenhum episódio semelhante.

 

Um grande beijinho e um bom fim de semana!

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One Smile a Day com.. a MJ

A minha convidada desta semana é a MJ, autora do blog Caleidoscópio. A MJ já teve outros blogs, mas felizmente seguiu um novo caminho no Sapo Blogs, o que foi uma porta aberta para a conhecermos. O Caleidoscópio é um blog que nos faz pensar, pensar na vida, no que somos, no que representamos nesta enorme peça de teatro. É um espaço de partilha, um espaço que nos permite dar a nossa opinião sem qualquer filtro. Convido-vos a conhecer o espaço, mas essencialmente a MJ, uma pessoa simpática, acolhedora, sempre disposta a uma troca de palavras. Uma pessoa que nos estende a mão e o sorriso sempre que precisamos, com opiniões bem estruturadas e fundamentadas. Uma pessoa e um blog que valem a pena conhecer.

O jantarinho.

E pronto! Isso são coisas que se façam, Srª. D.ª Mamã, convidar-me para participar na rubrica das sextas-feiras?

A um convite destes quem é que resiste? Ah, pois é! Muito obrigada, querida Chic’Ana!

Na sequência do mesmo, e para que conste, aqui fica uma “triste estória”, a “estória” de um jantarinho que deu muito que falar, ó se deu!...

Era uma vez (não é assim que começam todas as “estórias”?!) uma alminha, (quem seria?), que decidiu convidar um casal amigo, pais de duas crianças amorosas, para jantar.

Dois dedos de conversa, acompanhados de um petiscozito regado com um bom tinto, sabe sempre muito bem!

Se bem pensou, mais rapidamente concretizou. Convite feito, convite aceite, dia combinado.

Colocava-se, agora, a questão de sempre: o que fazer? Hesitou, hesitou, até que decidiu. Faria um soufflé – a amiga gostava particularmente do dito, mas fazê-lo, nem pensar, dava muito trabalho! - uma boa salada de alface, tomate, manga e frutos secos, um pudim de leite dos dela, nada daqueles de pacote, uma salada de frutas toda “janota”,  e estava o assunto resolvido.

Na véspera verifica se havia  tudo o que era necessário para a realização do planeado. Havia, não faltava nada! Esfrega as mãos de contente, arregaça as mangas, e…, vamos a isto!

Começa pelo pudim. Fá-lo de véspera - fica sempre melhor - deixa o peixe já com sal.

No dia seguinte tratará do resto: comprar umas flores, o vinho, pôr a mesa, etc., etc.

Umas horitas depois, quando vê que é altura, o soufflé não gosta de esperas, é sair do forno e ir para a mesa,  começa a preparar o dito.

À hora combinada chegam os amigos. Num corre, corre, abre a porta. Beijinho a um, beijinho a outro, corre para a cozinha. Liga o forno.

A conversa na sala está animada. Não pode estar com eles mas não se importa. Gosta de os ouvir tagarelar,  gosta de ouvir as gargalhadas dos mais pequenitos.

Entretanto, a amiga passa pela cozinha e segreda: “Vou dar um jeito ao cabelo, o “meu” soufflé merece que me alinde!” Já da porta acrescenta: “que bela ideia, a tua!” Olha-a, sorri, ar brincalhão, responde: “gulosa, és uma gulosa”!

Continua o que estava a fazer: deitar o preparado no pirex.

Abre a porta do forno, pega no pirex, e…?! Um estrondo, um grito. Todos correm para a cozinha, num susto. Ela, mãos na cabeça, não queria acreditar. O pirex tinha-lhe escorregado das mãos e estava no chão, estilhaçado, um pouco por todo o lado.

 A amiga entra, de rompante. Ainda ouve alguém que lhe grita: “cuidado”! Só que o aviso não foi a tempo, já tinha escorregado na promessa de petisco, um “petisco” que a cobria da cabeça aos pés. É que havia soufflé por toda a cozinha: do chão, às paredes, aos armários, tudo tinha sido contemplado com uma bela “banhoca”, amiga incluída que, com ar desolado, continuava sentada no chão. Um dos pequenitos aproxima-se da mãe, começa a chorar e aponta-lhe a perna. Nem tinha reparado, o sangue corria de um golpe bem feio, que tinha feito e nem se tinha apercebido. “Posso tomar um banho?”, murmura.  Banho tomado, ferida limpa, desinfetada, penso colocado.

E agora, o que fazer? Outro soufflé era impensável.

Entreolham-se. Os amigos, ar de riso mal contido, ela num sufoco. De repente, ouve-se uma vozita toda contente: “não há salsichas”? Salsichas?! “Eu quero, eu quero”, gritam os meus dois “anjos da guarda” em coro.

E assim foi: tivemos que nos contentar com umas tristes salsichinhas de lata e umas batatas fritas, de pacote. Valeu a salada, o pudim e, passado que foi o susto, o que nos divertimos com tudo aquilo.  

Muito obrigada por esta participação deliciosa, o que eu me ri. Que belo jantar de amigos que foi salvo pelos dois pequeninos e pelas salsichas. Eu bem digo que devemos ter em casa esta comida de "emergência", aqui está a prova de que faz todo o sentido.

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One smile a Day.. com a Peixe Frito

E o "One Smile a Day" está de volta. Após tanto tempo de ausência, asseguro-vos que convidei a autora com os nomes de blogs mais engraçados e que me fazem sorrir cada vez que os vejo. Bem vinda a este meu espaço, minha querida Peixe Frito. Esta bela menina e moça, tem o seu blog há 10 anos, sim, é verdade, teve início em Maio de 2008 sob o nome de Ó da guarda, peixe frito! e é um blog que exige uma certa preparação em termos de abdominais, pois a boa disposição é garantida. A autora tem sempre uma bela posta temperada à nossa disposição com os melhores ingredientes que se podem esperar: simpatia, cordialidade e disponibilidade.

Para além deste, tem também O tempo cura até queijo!, onde nos apresenta pensamentos num tom mais sério e  As formigas não gostam de canela, onde podem encontrar receitas simples e saudáveis.

 

Se vale a pena? Cada segundo do nosso tempo. Sinceramente, só tenho pena de não a ter conhecido mais cedo.. Como é que ela me escapou?

 

- Ah pois é! Eish, olha que nunca eu pensei, que alguém tivesse a coragem de me convidar para escrever algo, para o seu espacinho. Chic'Ana, és uma alma corajosa. Não receias perder e afugentar os teus leitores comigo? Mereces uma medalha! Pensando bem... uma estátua! Não estava mesmo nada à espera do convite e quero agradecer-te muito por o fazeres e amabilidade em me teres convidado.
 
Vou falar um pouco de mim: Desde pequena, que não sou uma criatura muito fadada, no que toca a ser graciosa. Enquanto as outras meninas eram delicadas e armadas em princesas, eu era um ogre: por muito que eu tentasse ser certinha e comportadinha, a vida passava o tempo a passar-me rasteiras, proporcionando episódios dignos de filme, frequentemente. Nem sabe deus, como nem porquê, que cada vez que saía em passeio com a minha família, eu arranjava sempre mas sempre maneira de me escangalhar toda: ora me baldava para dentro de um lago "cristalino" de patos e cágados. Ora tropeçava e caía dentro de uma poça ou me esparramava no chão, bem em cima da lama. Os meus pais, coitados, já sabiam que não havia dia em que eu não chegasse a casa enrolada no casaco de alguém, pois até mesmo nos sítios mais absurdos, eu conseguia sujar-me. Até eu ficava espantada e admirada. Era como se em fração de micro segundos, um vento soprasse e lá ia eu de cara direitinha à lama.
 
Cair e me estatelar desalmadamente à parte, houve uma situação que me aconteceu também em pequena, onde pela primeira vez, não me sujei! Yeahhh milagreeee... not! Comigo há sempre alguma na manga do destino: Então, ia eu uma vez toda armada ao cardo, com uns óculos de sol postos, do mais piroso que havia: cor de rosa fushia, da Barbie. Uau, mas que pausa... que cenário. Ia a andar no passeio, junto à minha mãe e irmão, cheia de mim, a esbanjar "saineto". Olho para o lado por instantes e piiiiiimbas...!!! Espetei-me contra um poste de electricidade! Não imaginam a minha vergonha, com os óculos literalmente tortos na cara, galo na testa e a assistir ao resto da família a rir como bandeiras despregadas. Só eu.
 
Era de pensar, que conforme fosse crescendo, estas situações fossem amenizadas. Sim, de facto foram... mas quando se dão, é sempre nas alturas mais propícias: além de exercer a minha profissão para a qual estudei, desde há uns anos que me decidi dedicar às medicinas alternativas com mais afinco. Resumindo: meia volta dou consultas e faço terapias conforme as questões do paciente. Agora imaginem, eu a fazer uma massagem terapêutica com cristais, esta criatura com histórico de desajeitadisse intrínseca no sangue: o paciente deitado, relaxado. Musiquinha para ajudar a acalmar e relaxar, incenso a queimar e eu a massajar com óleo e cristais. Até aqui, tudo bonito. O problema, foi quando peguei nos cristais e eles me começavam a fugir das mãos, voando para longe, com o óleo. No corpo da pessoa, ainda vá que não vá, agora quando dei por mim a fazer malabarismos com cristais mesmo em cima da cara do paciente porque o raio dos cristais só me escorregavam e fugiam pelos dedos, mesmo justamente quando eu estava a fazer a massagem facial e que me iam caindo em cima da cara da pessoa...! Meu Deus! Fiquei a saber que se estas minhas duas carreiras não funcionarem, tenho jeito para malabarista, no circo. Foi uma sorte nenhum calhau se estatelar na testa da pessoa e ela nem dar por nada daquele meu número de circo.
 
Também já me aconteceu, estar a massajar no chão, com os pés (é uma técnica fantástica, antes que 99% de quem está a ler torça o nariz) e me desequilibrar e quase eu cair em cima da pessoa. Felizmente, o meu anjo da guarda lá me segurou por algum arame e eu me equilibrei, senão ia ser bonito.
 
Podia ficar aqui a contar as peripécias da minha vida, onde o meu dom natural de graciosidade de uma gazela é o principal protagonista, mas não veria fim ao tacho. Acontecerem-me coisas na vida são uma constante. E eu, felizmente, acabo sempre por me rir de mim própria e com as situações em que me meto.
 
A vida têm um sentido de humor sarcástico e eu também. The perfect match.
 
Espero que se tenham divertido com esta minha faceta que meia volta gosta de dar o ar da sua graça e que, lá no fundo, se tenham identificado um pouco também.
Mais uma vez, uma beijoca grande a ti Chic'Ana, pelo convite e oportunidade de partilhar o lado "b" da minha vida, no teu afável espacinho.
 
O que eu me ri com este texto e com as situações nele descritas. Muito obrigada minha querida por esta bela participação.. e já sabem.. Se quiserem recorrer aos serviços da nossa Peixe Frito, cuidado, muito cuidado.. (não vá ter ela uma luva destas escondida em qualquer sessão).
 

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One smile a day... com a Mami

A minha convidada de hoje é a Mami, autora do blog com o mesmo nome Mami. No seu blog podemos encontrar de tudo um pouco, contando com um avatar que convida sempre ao sorriso e à partilha de um copo de vinho.

Um blog verdadeiro, genuíno, escrito por uma pessoa que transparece convição e criatividade, que aborda o dia a dia no geral, sempre com uma visão cativante e ao mesmo tempo assertiva. Um blog que vale a pena ler e reler! A imagem que tenho dela não podia ser melhor: uma mulher resolvida, segura, líder por natureza, mas onde impera o bom senso, e o seu grande trunfo reside mesmo nesta característica. Convido-vos a passarem pelo seu cantinho.

 

Sinto-me honrada pelo convite desta miúda, embora, não tenha (nem de perto) o mesmo talento para contar peripécias. aliás, já me andava a questionar porque não recebia o convite! ;)

obrigada chic’ana … mando-te isto sem saber se já temos ou não uma nova princesa entre nós!

 

Anos atrás ganhei um fim-de-semana no hilton vilamoura. fiquei mega entusiasmada pois o prémio incluía a viatura que nos levaria ao nosso destino.

sem pensar duas vezes liguei à mana e convidei-a. ela, em pulgas, aceitou.

chegado o dia, lá fomos nós, numa manhã de primavera, rumo ao algarve. a viagem foi super animada: boa música e muitas gargalhadas. começou a verdadeira aventura quando parámos para por combustível: - como se abre a tampa do depósito?

demos voltas e voltas, puxamos daqui e dali, e, passado um bom bocado, assumimos a nossa incapacidade e fomos pedir ajuda ao “senhor das bombas” – que obviamente olhou para nós como se não fossemos deste planeta ou tivéssemos roubado o carro!

chegámos ao al(l)garve e decidimos tomar um café na marina; esta recebeu-nos com uma chuva descomunal, vinda de não sei de onde, e que nos deixou num estado lastimável!

perante tal cenário decidimos ir fazer o chek in no hotel. chegámos, encharcadas e com um aspeto miserável, e estava a decorrer um desfile de moda no lobby do hotel – garanto que por segundos as atenções viraram-se para o nosso (des)encanto!

já no balcão de check in, o funcionário pediu-nos um cartão de crédito para caução. ora, imaginem a cara do senhor quando o informamos que não possuíamos cartão de crédito (recordo que estávamos com aspeto de cães rafeiros e molhados num hotel de 5 estrelas). o senhor verificou a nossa identificação e a reserva, olhou duas ou três vezes para nós, e disse, finalmente, que aceitaria um depósito de 50€. passada esta vergonha, lá fomos nós, a chapinhar, até às nossas acomodações, seguidas pelo olhar curioso de empregados e hóspedes.

depois de umas boas gargalhadas, de um tempinho no spa, da tradicional sessão fotográfica e de um banho quente, fomos jantar à marina.

eu que de chique nada tenho, mas porra que estava na marina de vilamoura, decidi enfiar umas botas lindas de um salto agulha maravilhoso. ao chegar à marina, logo no primeiro lancil de escadas do passadiço, fico presa. a mana que seguiu distraída, ao não me sentir por perto, olha para traz e descreve que me viu como “um cão com pulgas a sacudir a perna”. pedi-lhe auxílio, entre o exasperada e o envergonhada. ela aproxima-se apercebe-se do que aconteceu, agacha-se e começa a tentar tirar o meu pé daquela armadilha, enquanto eu de pé tento disfarçar com ar desinteressado; até que ela afirma: tens de tirar a bota! e eu: como? nesse momento desci, literalmente, do salto e a gargalhada foi pegada. é o que dá, eu tão grossa, a tentar ser fina! :d

mas, para mim, a situação mais caricata desta nossa viagem aconteceu no dia seguinte (ainda hoje guardamos esse momento com muito carinho).

pela manhã, após o pequeno-almoço no hotel - onde a minha irmã questionou se a língua oficial do algarve teria mudado, visto todos que todos nos falavam em inglês -, fomos para a marina tirar fotos e ver “as vistas”.

tinha chovido na noite anterior e o piso estava ainda molhado. numa das pontas da marina, junto à estátua de um marinheiro e seu leme, decidimos tirar (mais) uma foto. para sairmos os “três” seria necessário posicionar a máquina fotografia com temporizador. eu, armada em pro, tratei de tudo: indiquei à mana como se devia colocar, posicionei a máquina, preparei o temporizador, carreguei no botão e saí disparada para me colocar no meu lugar. raios que o piso estava molhado e, eu que tive sempre uma forte ligação ao chão, sendo uma atleta distinguida em quedas, lá escorreguei com grande aparato! mas como o “show must go on”, no chão, completamente deitada aos pés da minha irmã, coloco-me em posição de foto! durante este processo um casal de espanhóis passa pelo local e a senhora diz “mira, se a caído” ao que o companheiro responde: “no, no, es para la foto!”. ao ouvir isto desatamos a rir e o flash dispara. é das fotos mais maravilhosas que tenho com a minha irmã! 

 

Mami, eu não diria que esta fosse uma peripécia, mas sim quatro peripécias numa só. Um texto completamente delicioso que nos transporta para a tua viagem! Uma verdadeira aventura de irmãs e, acredito, que vá ficar na vossa memória e coração para sempre (e agora também na nossa).

Muito obrigada por esta hilariante participação!

 

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E o blog hoje completa dois anos de vida, o meu muito obrigada a todos, os que por aqui são visita assídua, aos que me subscreveram e aos que vão surgindo e ficando para uma troca de palavras.

São o motor que dá vida a este blog e é tão curioso como vos encaro como amigos. Sem dúvida que são uma parte fundamental do meu dia a dia.

OBRIGADA!

 

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One smile a day... com a Sofia

A minha convidada de hoje é a Sofia, autora do blog Sweet Haven By Me. Tive o prazer de a conhecer ainda noutra plataforma, mas desde Julho que a sua casa é o Sapo Blogs. No seu blog somos constantemente brindados com frases e mesmo músicas inspiradoras, mas também com pequenos detalhes da sua vida pessoal: sabemos que se encontra separada e que é uma super mãe do Baby G com dois aninhos.

Criou o blog também como escape, para falar e desabafar sobre a sua recente separação, mas por vezes as palavras são difíceis.. É uma pessoa super simpática e sempre com um sorriso pronto, com um ombro amigo, muitos comentários trocámos e que belos sorrisos partilhámos.. "A vida tal como ela é, um livro com tantas páginas escritas mas com tantas ainda em branco. Todos os dias escrevemos um parágrafo e apartir de agora os meus vão ser escritos aqui :-)" Convido-vos a conhecerem o seu blog!

 

OMG!!! :-D Nem queria acreditar quando vi o email para participar no One Smile a Day :-) E pior, naquele momento não me lembrei de nada engraçado para contar mas caramba, tenho 32 anos tinha de haver alguma coisa e há, claro que há.

Vou voltar atrás no tempo até à Viagem de Finalista do 12º ano, tinha já 18 anos e devia ter juízo mas não...

Uma bela tarde, a A. teve a brilhante ideia de querer jogar ao Jogo do Copo. Nunca tinha jogado tal coisa, não queria jogar mas elas diziam que só dava se fossemos 4 e lá está, não tinha juízo e fui na onda.

Pegamos em pedacinhos de papel para as letras e num copo da cozinha, era pequeno mas daqueles de vidro grosso, super pesado. A R. começa a dizer não sei o quê e era suposto o copo mexer-se e aquilo nada, quieto. Eu céptica como sou começo a rir e a dizer "isso não vai funcionar!". Tentam outra vez e nada. Elas as 3 super chateadas e eu a rir...


Às tantas a R. passa-se e diz "Espírito se estás aqui dá-me um sinal?" Assim que ela diz "...nal?" A campainha da porta toca e não pára porque fica presa.

Eu parto-me a rir como se não houvesse amanhã, elas as 3 começam aos gritos completamente histéricas e eu ainda me ria mais. A R. fica petrificada, a A. vai até à porta e a N. tenta partir o copo na varanda, sem sucesso pois é mesmo daquele vidro grosso.
Nisto a A. abre a porta e o nosso colega estava a tentar que o botão da campainha volta-se ao sitio para parar de tocar, diz com um sorriso de orelha a orelha "Nunca ninguém ficou tão histérico com a minha chegada!" Depois olha para mim, que estava de costas para ele e diz em alto e bom som ainda no corredor do prédio: "Tens o cú à mostra!!" 

De tanto rir ao baixar-me as minhas calças rasgaram e eu nem dei conta ahahah!

Com isto posso dizer que se houve algum espírito que tenha aparecido naquela sala, tinha muito sentido de humor Lol.

Espero que tenham gostado e bem não joguem a estas coisas!

 

Que bela viagem que eu fiz à juventude! Também eu joguei a esse jogo, mas admito, com um receio enorme e nem me lembro do resultado final, eu só queria pisgar-me a 7 pés daquele episódio onde eu não queria estar inserida...

 

Muito obrigada por esta bela partilha, é tão engraçado verificar como cada um tem histórias sempre tão diferentes para contar!

 

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One smile a day... com o Triptofano

O meu convidado desta semana é o Triptofano, que nos apresenta o blog com o mesmo nome Triptofano. É um blog relativamente recente mas que me conquistou muito rapidamente. Lança-se a si próprio um desafio "Como ser 20% mais feliz?", e não é que me colocou a pensar na mesma questão e a agir em concordância?

Já teve um blog quando era mais novo e foi precisamente o feedback que obteve com esse blog que o fez regressar: "havia muita camaradagem entre os colegas blogueiros. Pessoas que nunca tínhamos visto mas que estavam lá para nos apoiar ou para nos contrariar ou simplesmente para marcar presença. E foi por causa dessa rede de apoio que tantos anos depois decidi voltar a esta espécie de diário virtual.

E é mesmo isso que nos apresenta: um diário virtual, carregado com muito humor, muitas peripécias que regra geral me despertam sempre um sorriso, mas também textos que nos fazem refletir. Espero que sintas esse acolhimento, essa presença ainda que virtual, do meu lado, estarei por aqui sempre que necessitares!

 

Antes de mais tenho que agradecer à Chic’Ana por me convidar a participar numa rubrica que sigo fielmente e tantos sorrisos me provoca. Quando recebi o convite fiquei extremamente feliz porque nunca pensei que os poucos meses da minha existência na blogosfera fossem suficientes para aparecer num blog de tamanha qualidade como é o da Chic’Ana! Como me foi pedida uma das minhas histórias mais hilariantes aqui vai disto.

 

Há alguns anos atrás tive a oportunidade de fazer voluntariado no Uganda. Uma das coisas que mais me fez confusão no início foi ter de usar uma latrina para fazer as minhas necessidades. Apesar de estar dentro dum edifício de cimento a latrina era simplesmente um buraco no chão onde tínhamos de nos colocar de cócoras e fazer pontaria para basicamente não sujar o pavimento, algo que não iria de todo agradar à pessoa que fosse a seguir usá-la. Como qualquer boa latrina que se preze ela era apenas limpa assim de dois em dois meses, ou seja, quando cheguei conseguia visualizar um buraco enorme e ao longo do tempo fui vendo ele ir-se enchendo daquilo que vocês estão a pensar. Porque raio eu olhava para lá? Acho que era uma espécie de medo mórbido em deixar cair um chinelo no buraco e ter de o ir lá buscar no meio daqueles dejectos todos. Na realidade o chinelo ainda seria o menos, agora imaginem que deixava cair lá o passaporte, é que não havia forma de o poder deixar lá, tinha mesmo de o ir buscar. Felizmente nunca fui destrambelhado o suficiente para o levar perto sequer da latrina.

 

O edifício estava virado directamente para uma zona do povoamento repleta de pequenas cabanas, o que fazia com que qualquer pessoa pudesse ver quem entrava e saía da casa-de-banho. A meu ver um grande erro de planeamento urbanístico! Também interessante era a sofisticação do sistema de fecho da porta da latrina – um prego atado a um cordel que encaixava num pequeno buraco na parede.

 

Ora numa fatídica manhã dirigi-me à latrina acompanhado pela minha fiel lanterna visto o sol ainda não ter nascido. A razão para tão matutina incursão devia-se ao facto de quando começava a haver luminosidade era impossível usar os lavabos devido à quantidade industrial de moscas que eram atraídas pelo inconfundível cheiro a cocó.

Entro, fecho a porta com o sistema do cordel e do prego, baixo as calças e agacho-me entregando-me à tarefa de reflexão sobre o que teria de enfrentar naquele dia de trabalho. Foi então que do buraco surgiu tresmalhada uma mosca solitária que, sem pedir licença, fez um voo directo ao buraco do meu rabiosque.

Ao sentir tão inesperada presença num local tão sensível dei um grito, levantei-me num rompante, desequilibrei-me nas calças que me estavam pelos tornozelos, caí, bati contra a porta da latrina que para meu desespero tinha ficado mal fechada e se abriu de rompante, e ali fiquei eu estatelado no chão, de porta aberta, calças em baixo e à vista de todas as cabanas do povoado.

Felizmente todos ainda dormiam, senão a minha vergonha teria sido bastante maior. Levantei-me, voltei a entrar na latrina e fechei a porta convenientemente. Da mosca nem sinal. Nem uma bebida sequer me pagou!

 

Em primeiro lugar, muito obrigada pelo carinho, pelas tuas palavras, acredita que tens aqui uma amiga e todos os comentários trocados e o apoio que me transmitiste, nunca serão esquecidos.

 

Agora.. e passando à tua peripécia... O que eu me ri!! Não acredito que alguém fique indiferente à imagem que nos proporcionas bem no final.. Felizmente que todos se encontravam ainda em descanso, senão, tinha sido algo que ficaria na memória de muita gente..

 

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Admitam lá, receios com sanitas, quem não os tem?! (Embora não tenhamos tanta razão para tal como o Triptofano)

 

One smile a day... com a C.S

A minha convidada desta semana é a C.S, autora do blog Há mar em mim. E o blog é mesmo isto: uma imensidão de temas e conceitos, tal e qual como o mar, onde nos sentimos embalados por fotografias, textos, ideias, mas também, por ondas revoltas como opiniões e temas mais "quentes" e que tão bem demonstram a personalidade da autora. Gosta de passar despercebida, mas eu arrisco dizer que neste mundo dos blogs é bem notada e apreciada. Uma companheira de sorrisos, de vida, que se lançou nesta aventura no início de Janeiro e que eu espero que continue por muito tempo. Sempre com uma palavra amiga e simpática, não deixem de a visitar!

 

Bom dia, pessoas sorridentes (desta forma estão todos contemplados, certo? Ou não viriam a este espaço que é um dos mais bem dispostos da comunidade Sapo e arredores.)!

 

Correndo o risco de ser 0% original, tenho de começar por agradecer o convite à Chic’Ana, pois ela é uma das pessoas mais queridas deste espaço virtual que todos nós partilhamos e tem sempre as palavras certas para cada um de nós. Para além disso, é a autora de um dos blogs que mais me fazem sorrir, já que tem sempre histórias maravilhosas para partilhar connosco.

Querida Chic, obrigada pelo convite, deixaste-me com os nervos à flor da pele, mas é um prazer estar aqui contigo.

 

Vamos lá a isto…

 

(Só vos peço que não “gozem” demasiado comigo, porque isto é humilhante. Sejam meigos.)

 

Estaríamos em finais do mês de julho, do belíssimo ano de 2015, a C.S., euzinha, tinha acabado de casar com o A. e andávamos à procura de casa para comprar. Depois de vermos muita coisa na internet, selecionámos  aquelas que mais nos encheram o olho e marcámos as visitas. (Devo confessar-vos que eu adoro ver casas.)

 

Na grande maioria das visitas fui sempre com o A., mas houve uma ou outra em que tive de ir sozinha, pois ele trabalha por turnos e, às vezes, torna-se uma missão impossível ele ter horários compatíveis com a maioria dos mortais. 

Após as nossas buscas, descobrimos que havia uma casa que nos agradava e que era bem pertinho daquela que tínhamos arrendada e onde vivíamos na altura, uma zona de que gostávamos muito. Fizemos os contactos necessários e é claro que na hora que dava jeito aos vendedores da casa e ao agente imobiliário o A. estava a trabalhar, por isso decidimos que eu ia sozinha e, caso achasse que valeria a pena, agendaríamos uma nova data para ele também poder opinar. Assim foi...

 

Chegado o dia, um dia de muito calor (importa referir), eu cheguei a casa por volta das 16h e o encontro estava marcado para as 18h. Decidi que tinha tempo de tomar um refrescante duche e descansar um pouco. Só que o pouco durou até às 17:50h, porque passei pelas brasas, claro está. Nisto, acordo sobressaltada, olho para as horas e toca de vestir a correr, porque dava tempo, afinal a casa era já ali. 

 

Saio de casa, chego 5 minutos atrasada (odeio atrasar-me...), peço desculpa ao agente imobiliário, que me explica que o dono da casa estava mais atrasado que eu. Ufa...pensei, ainda bem. Ficamos ali, em conversa de circunstância, e lá aparece o senhor. Apresentações feitas, subimos ao terceiro andar, começo a ver a casa, vou fazendo as perguntas da praxe e...eis que passo por um espelho que, se não me engano, estava no hall de entrada... Eu não queria acreditar! Como é que alguém poderia levar-me a sério, acreditar que eu poderia estar interessada em adquirir alguma coisa encontrando-me eu naquele estado?!

 

Começo a pensar... Penso... E chego à conclusão que não há nada a fazer, que teria de me aguentar, pois não tinha como resolver o problema. Achei que era muitíssimo incorreto pedir para ir à casa de banho, ainda considerei fazê-lo mas não o fiz. O que fiz eu? Começo a acelerar a conversa, de repente o interesse na casa já não me pareceu assim tanto, até porque eu só queria fugir dali.

 

Feitas as despedidas, ainda tive de fazer o percurso a pé até casa e só lá pude virar a blusa para o lado direito. Sim! Com a pressa vesti a blusa ao contrário! Como era possível que eu não tivesse reparado que tinha vestido a blusa do lado contrário?! Como?! Pois aquela era das poucas blusas que ainda conservava a etiqueta (lateral, com direito a botãozinho e tudo), porque eu tenho o hábito de cortá-las na primeira vez que as uso. Com esta maldita não fiz o mesmo.

 

Logicamente que em casa ri à gargalhada, primeiro sozinha e depois com o A., a pensar na minha figura, mas ainda mais a pensar no esforço que os senhores teriam feito por manter um ar sério e não rir na minha cara. 

 

Eu atraio este tipo de situações. 

 

Beijinhos a todos, tenham um ótimo dia! 

 

O que eu me fartei de rir a imaginar a situação. Também adoro ver casas, e é engraçado, que a casa que eu e o M comprámos foi vista primeiro por mim, sozinha, e só depois com ele. Mas.. eu acho que ia bem vestidinha!! 

 

Obrigada minha querida, acredita que foi, e é, para mim um prazer receber-te no meu cantinho! 

 

E tal como a Mafalda, podias estar mal vestida, mas com muita postura! :)

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One smile a day... com a Miss Queer

A minha convidada desta semana é a Miss Queer, autora do blog Dez Segundos. A autora tem uma personalidade que me cativou, primeiro pela originalidade, sim, no primeiro post do blog, aquele que deveria ser o da apresentação, pediu precisamente o inverso: para que os leitores lhe indicassem características próprias que os diferenciavam das outras pessoas e só no segundo procedeu à sua descrição, depois, pelo coração enorme que apresenta. Trabalha com crianças e deixa um bocadinho de si em cada encontro que tem com elas. No blog podem encontrar esta realidade do dia a dia, mas tantos outros pensamentos que fazem dela "uma mulher, sempre à procura de se melhorar, com algumas coisas para dar e muito para receber." Não deixem de a conhecer.

Bom dia, alegria!

Em primeiro lugar, tenho de agradecer o convite à Ana, por me receber na sua casa. Obrigada, Ana!

Em segundo lugar, devo dizer-vos que a tarefa de escolher uma peripécia para vos contar foi difícil… Pensei em contar-vos algo da minha infância. Mas a Miss Unicorn também me convidou para partilhar uma história da minha infância com ela, então optei por algo da minha adolescência. Ponto comum: são ambas sobre rapazes!

Poder-vos-ia contar a história do meu vizinho, que perguntou à minha irmã como se dizia qualquer coisa em inglês e eu, na minha inocência, olho para ele e digo «ó gatão, estás bom?». E a câmara do meu tio estava a gravar… Na realidade, acho que há muitas das minhas peripécias que estão gravadas. Felizmente, já não há leitores de cassetes aí em todas as esquinas! :D

Mas não, vou falar-vos do Tiago. O Tiago é um rapaz muito giro e simpático, que um dia, há 15 anos (acho eu!), decidiu vir ter comigo e apresentar-se, dizer que gostava de sair comigo, de me conhecer… No meio da minha surpresa, não percebi o nome dele.

No entanto, sabia que o Tiago era filho da senhora que tinha um salão de estética na minha rua. O salão de estética tinha o nome da senhora. Então, comecei a tratar o rapaz pelo apelido.

Andámos dois anos nisto. E víamo-nos sete dias por semana. Era na escola, era ao sábado quando íamos à catequese, ao domingo na missa… Eu sem saber o primeiro nome dele, mas a dar-lhe conversa. Entretanto já conhecia a família toda, os amigos… mas não, não aconteceu nada, para desgosto do Tiago, da família do Tiago e da minha família. Até a minha avó que nunca o viu, queria que eu desse uma oportunidade ao moço!

Entretanto, foi o encontro da comunidade Taizé em Portugal. Enquanto esperavam pelas duas meninas que íamos acolher, a mãe e a mana ouviram alguém chamá-lo. Mal chegaram a casa, a primeira coisa que me disseram foi «já sabemos o nome do teu amigo!»… Tiago. Cá em casa, era e sempre será o Smile. Fui simpática na alcunha, não fui? O Tiago tem um sorriso dos mais bonitos que já conheci. E como passava a missa toda a sorrir para mim (era acólito), pegou!

Mas passando à frente. Depois de saber o nome, quando o vi, a primeira coisa que fiz foi trata-lo por Tiago. Não ficou surpreendido (ou pelo menos não demonstrou).

E estão vocês a pensar… então, mas que mal tem andares a tratar o rapaz pelo apelido? Além de seres parva por nunca lhe teres perguntado o nome nesses anos. Bem… é que o apelido da mãe é o do atual marido. Que não é o pai do Tiago. Informação que eu desconhecia na altura. Sim, andei dois anos a trata-lo por um apelido que não é o dele, além de não saber o nome dele. E ele nunca me disse. Portanto, fomos os dois parvos. Ele mais do que eu! Mas podia ter sido pior…

 

p.s.: Continuo uma desgraça com nomes! Mas agora já pergunto.»

(é só para confirmarem quão tola sou. )

 

Não podemos ser realmente bons em tudo.. o teu calcanhar de aquiles são os nomes! Ahahah. E a culpa não é tua, repara: tudo teria corrido bem se os pais ainda fossem casados.

 

Obrigada por esta bela partilha!

 

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