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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

A foto que mais gostei de tirar nas férias..

Este fim de semana estive a rever as fotos, as paisagens, as imagens que capturei durante as férias, dá sempre aquele gostinho especial recordar os momentos e os sorrisos envoltos nas fotografias.

E se sabe bem recordar, é porque foram dias muito bem passados!

 

Pois bem, nisto surge a pergunta "Então, mas qual foi o momento mais marcante?". 

Foi aquele gelado ao final da noite? Foram os belos mergulhos na água do mar ou na piscina? Foram as belas conversas e passeios ao pôr do sol?

Não.. Nada disso!! Para mim o momento mais marcante foi o seguinte:

 

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E nisto faz-se silêncio.. Será que eu sou a única a achar um campo de milho mesmo cativante? Parecia tal e qual um cenário de filme.. um campo bem cuidado, completamente cerrado e ao lado de uma praia fluvial!

 

Vocês também têm alguma fotografia assim insólita?

As vespas!

Este fim de semana foi rico em peripécias com vespas…

 

Sábado da parte da tarde, estava a ajudar o M a cortar umas sebes (ajudar = fazer de contrapeso no escadote, dizem que agora estou mesmo no ponto para não deixar que o escadote vire), quando a dada altura vem uma vespa na minha direção, plana um pouco em frente à minha cara e decide pousar mesmo na minha mão. Controlo-me para não começar aos pinotes (porque o escadote podia virar) e calmamente chamo a atenção para o que estava a acontecer. A vespa passeava para cima e para baixo e nada de sair… às tantas decide voar, suspirei de alívio e só oiço um “Au, bolas!!”. A vespa foi contra o meu pai, e não foi de modas, uma ferradela no braço dele.

 

Domingo, já prontos para arrancar, carrinha carregada, abro os vidros, com a deslocação do ar, outra vespa para dentro do carro. Para onde? Mesmo no centro da minha testa! Grito para o M que não teria tanta sorte como no dia anterior e que ainda por cima era em cheio na testa.. Ele acelerou e com o vento que se formou, a vespa desapareceu.. Procurámos por todo o lado, nada de vespa, toca de seguir viagem descansada.. Descansada até ter comichão na perna e reparar que a vespa se andava a passear pelas minhas calças, para cima, para baixo. O M pára o carro de emergência (felizmente estávamos num local onde podíamos parar), abro a porta devagar.. coloco a perna de fora e lá vai a mesma, a voar toda contente!

 

Questão: Será que por estar grávida, atraio as vespas!? Dois episódios num fim de semana é obra!

Se fossem abelhas ainda podia ser um elogio, podia ter o aroma das mais belas flores, mas vespas!?!?

 

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Coelhos fofinhos... como os afugentar?

Ontem cheguei ao trabalho e contei uma grande novidade aos meus colegas: Tinha coelhinhos no terreno. Coelhos branquinhos, simpáticos e saltitantes... Uma mãe (coelha grande) e 3 crias (mais pequeninos).

 

Colega: Oh, deve ser tão fofinho observar os coelhos!

Chic' Ana: Eles são terríveis.

Colega: Lá estás tu com o teu mau feitio, adoro ver os coelhinhos a saltitar nos terrenos, em liberdade, ao sabor do vento...

Chic' Ana: Eu também, concordo com tudo isso, desde que... Não seja no meu terreno.

Colega: Que mania a tua, que mal podem fazer essas criaturas fofinhas com um pompom no rabiosque?

Chic' Ana: Queres ver umas imagens?

 

Isto eram cebolas, acabadas de plantar... O que fazem suas excelências? Com as patinhas da frente, escavam, escavam, escavam, desenterram o coitado do cebolo, não o comem, e passam ao seguinte! Foi o entretenimento deles durante uma noite inteira.. 3 fileiras!

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Ao invés de ter uma plantação bonita e frondosa, tenho uma plantação de... garrafões! Para ver se protegem as culturas. (Foi tirada ao longe, daí a fraca qualidade, e sim, eles também andam a investigar que nova planta é aquela que os impede de chegar à parte docinha).

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Os morangos? Temos de lutar com os coelhos.. e eles chegam sempre primeiro!!! Couves e alfaces? Todas roídas.. eu tenho um hotel de luxo para coelhos, com tudo o que há de bom e do melhor. Nós temos o trabalho e eles colhem o mesmo!

 

Agora a sério, alguém sabe como os afugentar, mas sem os magoar?

Perigo no campo

No sábado, estive de volta de alhos e cebolas, era tanta a erva em redor dos mesmos que o difícil era identificar o que era bom e o que era mau. Arranca erva de um lado, arranca erva do outro, ora à mão, ora com a enxada, bem.. aquilo parecia um matagal. Finalizada a tarefa, após umas belas horas, era tempo de arrumar e limpar o material.

Temos um anexo onde colocamos todas as ferramentas agrícolas, sendo que muitas delas estão penduradas na parede e eu tenho um jeito especial para as arrumar.

 

Com especial quero mesmo dizer que volta e meia lá vem parar qualquer coisa ao chão.

 

No dia seguinte…

 

Mãe: Ai Ana, nem sabes o que me aconteceu. Então não é que estava a arrumar umas coisas no anexo quando me cai uma enxada da parede?

Chic’ Ana: A sério? Tens de ter cuidado!

Mãe: Olha, acertou-me e rebentou-me logo o lábio, era tanto sangue que eu só pensava que me tinha saltado um dente.

(após uma pausa em que olho para os lábios dela para avaliar a situação..)

 

Chic’ Ana: Mas porque é que tu só fazes coisas dessas quando eu não estou cá para ver?

Mãe 

Chic’ Ana: Já te tinha dito várias vezes para deixares essas gracinhas para quando eu puder assistir, além do mais, não percebo.. Como é que a enxada te acertou logo na boca? Então tu tens o nariz que devia amparar a queda..

 

Não acham que eu tenho razão? A asneira vai acontecer à mesma, o mínimo é que consiga assistir, pelo menos para compreender como é que a enxada consegue acertar na boca em primeiro lugar.. então o nariz não está mais saliente? Coisa estranha..

 

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Acho que não andas a colaborar a 100% com a natureza, mãe!  

Do Fim de Semana

Esteve um tempo extraordinário, eu então parecia uma criança no meio das flores, no meios dos novos bichinhos que estão a nascer. E as árvores? Já viram a sua beleza? Todas floridas...

 

Pois é, a Primavera só chega a 21 de Março, mas este fim de semana andou lá bem pertinho! E com ele o que chegaram também? As minhas alergias ao pólen, às plantas e a tudo o que mexe (basicamente).

Olá dias inteiros a espirrar, olá dias inteiros a chorar, olá vermelhidão, mas por outro lado... Olá passeios ao ar livre, olá dias maiores e solarengos, olá gelados, olá gelados, olá gelados (ok, tenho de passar à frente), olá convívios nas esplanadas e noites dentro, olá férias da Páscoa, olá roupa mais leve e descontraída.

 

Estou definitivamente pronta para receber a Primavera! (já compraram anti-hístaminicos? Eu já!)

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E a vencedora do Passatempo Novex foi a Marta Santos, mesmo ao cair do pano. Muitos parabéns!

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Esta semana quem dá coisas é a Ana, ora espreitem lá este belo passatempo!

Parasita da Sociedade

Se nas grandes cidades e com as devidas condições de isolamento nas casas, eu já sentia algum frio, este fim de semana no campo pensei que fosse congelar. O vento da serra estava gelado, as casas não conservam a temperatura convenientemente e à noite.. Ui, a noite!… As noites são geladas, fazendo com que de manhã se esteja melhor fora de casa do que no seu interior.

 

A única solução é mesmo acender a lareira, adotar uma postura de hibernação e permanecer muito quieta em frente à mesma! Qualquer movimento, por ínfimo que seja, pode ser sinal de uma grande corrente de ar gelada.

 

Contudo, sábado esteve um bonito dia de sol e tínhamos de aproveitar para dar um jeito ao terreno. Cada vez que colocava o nariz de fora, voltava a correr para cima da lareira.

 

Os meus pais espreitavam à janela, eu via as sombras deles e colava-me à parede, eles não me viam, davam meia volta e iam embora. A dada altura aparecem em duas janelas. Eu não vou de modas e atiro-me em voo picado para cima do tapete. Consegui escapar a mais uma investida. Fiquei estendida no chão, escondida das janelas, coberta pelos sofás e longe da vista de olhares alheios durante uma boa meia hora.

 

Eu queria, eu queria mesmo sair de casa, mas a preguiça estava a ser mais forte do que eu, aquele frio invadia o meu corpo e fazia com que ficasse mumificada.

 

Este sábado fui realmente uma parasita da sociedade! (Por meia hora, depois disso, toca a trabalhar).

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Um porquinho bem limpinho

Eu sempre adorei animais e sou como os espanhóis nesta matéria, eu vejo com as mãos. Desde um bode, a um cavalo, a uma vaca, eu tenho de tocar e de lhes fazer umas festinhas.

 

Em visita à quinta pedagógica, com inúmeros animais, entre todas as possibilidades, eu tinha de me apaixonar por um porquinho. Era um porquinho  pequeno, todo pretinho, com um pelo ralo, limpinho e reluzente. Ele aproximou-se da vedação, e como esta era baixinha, inclinei-me e toca de fazer festas, de abraçar o porquinho, de lhe dar a comida que eles lá tinham.. de facto só me faltou saltar lá para dentro e rebolar com o mesmo na palha.

Às tantas, já toda a gente tinha dado a volta à quinta e era hora de ir embora. Com muita pena lá me afastei do porquinho, e reparei que a minha mãe olhava meio de lado para mim.

 

Chic’ Ana: Vocês viram o porquinho? Era mesmo bonito, não era? Tão fofinho.. e estava tão limpinho… 

Mãe: Ana, tu tens noção que o porquinho era cor de rosa, certo?

Chic’ Ana: Não era nada, era todo pretinho…

 

Nisto, olho para trás e vejo o porquinho, tão limpinho e asseado, a rebolar em cima dos excrementos. Pois, a cor estava explicada!

 

Chic’ Ana: Desinfetar a mão, desinfetar a mão...

 

Escusado será dizer que ainda hoje gozam comigo por causa deste episódio!

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Já viram a minha entrevista no cantinho da Marta? Venham daí

Os segredos do Campo

Eu sou uma menina da cidade, sempre vivi em grandes cidades e a primeira noite fora de apartamentos e no meio rural foi há precisamente 6 anos.

 

O dia decorreu às mil maravilhas: tudo era novidade. O campo com as suas cores, com os seus cheiros, a natureza em estado puro, os diversos animais que só tinha visto no jardim zoológico, em revistas, na televisão e outros, que ainda hoje estou para saber que espécie são. O entusiasmo era vibrante, mas nada me tinha preparado para a primeira noite no campo.

 

Quem tem casas de campo, mais antigas, sem grandes isolamentos vai ler o resto do texto e identificar-se de imediato.  Quem nunca esteve numa casa assim, mas um dia vai estar, fica o alerta.

 

Com o cair da noite, em Dezembro, chegaram os ventos frios das serras. A chuva fazia-se sentir e sabia bem o conforto de estar no interior da habitação.

Por volta das 23h, deitei-me (quando a instabilidade meteorológica é grande, a eletricidade falha quase sempre), e o silêncio conhecido era sepulcral: não havia carros, aviões, comboios, pessoas a gritar na rua, nenhum movimento.

O som do vento era amplificado de tal forma que só me apetecia agarrar a cama com medo que esta voasse. O som da chuva a bater na janela do sótão era tão audível que parecia que estavam a atirar pedras à mesma. Os ramos batiam no telhado e parecia que estava alguém à porta a forçar a fechadura. Com os sentidos em alerta máximo, comecei a ouvir passos cada vez mais próximos. Sentei-me na cama e apurei a audição, o som chegava do telhado, eram os passarinhos que por entre telhas se tentavam abrigar. De seguida outro som, um raf-raf constante, dos bichinhos da madeira que insistiam em banquetear-se, os cães ladravam e ouviam-se outros animais. Todos os sons somados faziam uma orquestra tal, que fizeram com que eu começasse a dormir com o raiar do sol.

O meu comportamento nessa noite, foi igual à imagem que se encontra abaixo.

 

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Sim, a primeira noite foi assustadora, mas é um som ao qual nos habituamos num ápice, e nos dias de hoje, é uma sinfonia que eu anseio ouvir cada vez, que me embala e me faz dormir muito melhor. Trocava todos os sons da cidade por estes sons da natureza.

 

Quem é que já passou por uma experiência semelhante?

 

 

Ai... a Lareira

Este fim de semana foi altura de utilizarmos o recuperador de calor da sala. O frio já se fazia sentir e adoramos ficar todos a ver o lume e a conversar ao redor das labaredas.

Eu e a minha irmã temos a mania de quase nos enfiarmos dentro do mesmo, adoramos ficar deitadas no tapete em frente a ver televisão, a ler, a jogar jogos de tabuleiro, enfim. Qualquer desculpa é boa para invadirmos aquele espacinho.

 

Ora bem, estávamos as duas deitadas e o recuperador estava aceso à relativamente pouco tempo, portanto, para aquecer os pés de que me lembrei? Fui colocando os pés na pedra, subindo, até que acertei no vidro.

O vidro estava a ferver, de tal forma, que as pantufas começaram a deitar fumo. Tirei-as de imediato e, de facto reparei que elas colaram um pouquinho quando as tirei, mas nem liguei. Passado uns segundos o vidro estava a arder da parte de fora. Olho para a minha irmã..

Chic' Ana: Olha, olha, o vidro está a arder!

K: O vidro?! Ahhhh.. Ana, são as tuas pantufas que estão coladas ao vidro..

 

Olho para a parte de baixo das pantufas e estas haviam desaparecido. Só via um enorme buraco e os meus pés.. Mas como é que era possível? Estiveram somente uns segundos encostadas ao vidro!

 

Chic' Ana: E agora?!

K: Bom, só há uma solução.. MMMÃÃÃÃEEEEEEE!!! A Ana pegou fogo ao vidro do recuperador.

 

Lá vem a minha mãe a correr remediar a situação, olha para a minha irmã, olha para mim, abana a cabeça com incredulidade. Não consegue articular um discurso muito audível, mas lá pelo meio só repetia "não é possível, não é possível".

No final, e após estar tudo a salvo, sem queimaduras, foi uma risota... Mas até lá, transpirámos um pouquinho!

 

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Termina hoje o passatempo, já todos concorreram? Boa sorte!

O Sapo

Após a descoberta de que tínhamos um sapo no terreno, qual foi a primeira coisa que fizemos? Investigar as suas origens: Não fazemos a mínima ideia de onde veio, uma vez que não existem pontos de água em redor. Demos uma volta para procurar alguma abertura nos muros e nada, só podia ter entrado por uma parte de rede, que ainda fica muito longe de casa. (Até nos colocámos a olhar para o céu para ver se tinha vindo com alguma ave que o deixou cair por ali.)

 

Bom, não resolvemos o mistério e chegámos à conclusão de que se veio da rede e saltitou até à casa, que ainda é uma grande distância, devia estar à procura de água. Qual foi então a segunda coisa que fizemos? Pois claro, preparar um local que ficasse sempre húmido para se sentir em “casa”. Comprámos um programador para instalar na torneira, e de 2 em 2 dias, corre água por 10 minutos, para alimentar o charco particular do sapo e ir renovando o local (agora com as chuvas vai ficar desligado). Tem também uma telha onde se pode esconder, e um canteiro particular que ele adora, porque instalámos rega automática, fica atrás de uma árvore, sempre à sombra e fresquinho, tudo o que um sapo podia querer.

 

O que sabemos agora? Sabemos que se sentiu bem na casinha arcaica que lhe arranjámos, e, de vez em quando somos brindados com a sua presença - daí ter-me lembrado de como nos tínhamos conhecido.

 

Agora estou preocupada com outra coisa: será que o sapo tem de fazer dieta? Parece-me que está a ser muito bem alimentado, e não, não pensem que ando a apanhar moscas para ele ou comida própria. Desde cedo demonstrou que se safa muito bem sozinho. Será que tenho de lhe comprar uma rodinha de hamster para fazer exercício?

 

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Precisa de um ligeiro empurrão para andar um pouquinho, apreciem: sapo.mp4

 

 

Os animais que aparecem lá por casa têm tendência a ficar. Felizmente não são muito dispendiosos e fazem as nossas delicias!