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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Recensão Literária de "Lobo Solitário"

Como sabem, a Chic' Ana foi escolhida pela Bertrand, para ser uma das bloguers oficiais do lançamento de Lobo Solitário, o que me deixou muito feliz pela oportunidade. Assim, deixo-vos a minha crítica ao livro e a excelente notícia de que poderão também ganhar um exemplar. O que me dizem a esta iniciativa? Gostariam de ler o livro? Têm curiosidade? A partir de 1 de abril, estejam atentos...

 

Autor: Jodi Picoult12063723_503241526549888_9206038151175720812_n.jpg

Título: Lobo Solitário

Edição: 2016

Editora: Bertrand Editora

Data de lançamento: 11 de março de 2016

Páginas: 408

ISBN: 9789722531566

Idioma: Português

Género: Romance

PVP: 17.70€

 

Sinopse

«Quando um lobo sabe que o seu tempo está a terminar e que já não é útil à alcateia, muitas vezes escolhe afastar-se. Morre assim isolado da sua família, do seu grupo, preservando até ao fim todo o orgulho que lhe é próprio e mantendo-se fiel à sua natureza. Luke Warren passou a vida inteira a estudar lobos. Chegou inclusivamente a viver com lobos durante longos períodos. Em muitos sentidos, Luke compreende melhor as dinâmicas da alcateia do que da sua própria família. A mulher, Georgie, desistiu finalmente da solidão em que vivia e deixou-o. O filho, Edward, de vinte e quatro anos, fugiu há seis, deixando para trás uma relação destruída com o pai. Recebe então um telefonema alarmante: Luke ficou gravemente ferido num acidente de automóvel com Cara, a sua irmã mais nova. De repente, tudo muda: Edward tem de regressar a casa e enfrentar o pai que deixou aos dezoito anos. Ele e Cara têm de decidir juntos o destino deste. Não há respostas fáceis, e as perguntas são muitas: que segredos esconderam Edward e Cara um do outro? Haverá razões ocultas para deixarem o pai morrer… ou viver? Qual seria a vontade de Luke? Como podem os filhos tomar uma decisão destas num contexto de culpa e sofrimento? E, sobretudo, terão esquecido aquilo que todo e qualquer lobo sabe e nunca esquece: cada membro da alcateia precisa dos outros e, às vezes, a sobrevivência implica sacrifício. Lobo Solitário descreve de forma brilhante a dinâmica familiar: o amor, a proteção, a força que podem dar, mas também o preço a pagar por eles.»

 

 

Crítica / Recensão Literária

Esta obra revela um dos lados mais humanos de Jodi Picoult, começando pelo título do livro, que o caracteriza na perfeição e que tão bem estabelece a ponte para o seu conteúdo.

Quem tiver o prazer de ler a obra, vai com certeza constituir um paralelismo constante entre uma alcateia - instintos animais - e o Homem, enquanto ser complexo e racional. Vai mesmo admirar e querer aprofundar o estudo sobre os comportamentos do Lobo, que servem de refúgio a Luke.

Os lobos aparecem retratados como o seu porto de abrigo, um escape, para não ter de enfrentar os problemas da sua própria dinâmica familiar.  Uma família tradicional, simples, constituída por 4 elementos, como tantas outras que acaba por ruir, com a partida de Georgie, a mulher, e posteriormente de Edward, o filho mais velho.

Quando um acidente de automóvel força a que estes laços se estabeleçam novamente, há todo um confronto de sentimentos há muito adormecidos e também uma enorme decisão que tem de ser tomada: o pai, ferido gravemente no acidente, deve viver ou deve morrer?

Quem tem o poder de decidir sobre a vida de outra pessoa? Que consequências terá esta decisão? O que desejaria o pai para si mesmo? Será este acidente um ponto de viragem na dinâmica desta família? 

 

«É estranho sair do hospital todas as noites durante uma vigília. (...) A minha vida avança numa estranha narrativa vazia, a que falta uma personagem principal, cuja vida se resume agora a um círculo vicioso»

 

Jodi Picoult coloca-nos à prova tocando num tema sensível: a morte. Coloca-nos, por conseguinte, a refletir sobre o que nós próprios faríamos, ao mesmo tempo em que nos apresenta termos médicos, como a eutanásia e a doação de órgãos, abrindo a porta ao mundo da neurociência. 

Um romance de grande intensidade, uma leitura marcante que nos prende desde o primeiro instante e que consegue misturar uma infinidade de sentimentos e emoções. As personagens são fortes, sólidas, lutando para resolver o mesmo problema através de diferentes pontos de vista: Cara, a filha mais nova, mantém a esperança na recuperação do pai, enquanto Edward, o seu irmão, mais pragmático, defende o desligar das máquinas que mantêm o pai vivo.

 

A escrita é leve e fluida, não é pesada, nem enfadonha, não se torna demasiado descritiva nem repetitiva. É um livro graficamente muito apelativo, apresentando efeitos em Itálico e passagens muito bem definidas e estruturadas.

 

Foram umas horas muito bem passadas, com sorrisos, adrenalina, lágrimas e tristeza, mas com muito entusiasmo. É um livro que aconselho, uma leitura muito agradável, seguindo as pisadas de sucesso a que a autora já nos habituou!

 

 

Espero que tenham apreciado. Foi a primeira vez que efetuei uma crítica ou recensão literária. Têm algumas dicas para futuras intervenções?

Dia 1 de abril estarei de volta, se for caso disso, boas férias e até já!

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