Perigo no campo
No sábado, estive de volta de alhos e cebolas, era tanta a erva em redor dos mesmos que o difícil era identificar o que era bom e o que era mau. Arranca erva de um lado, arranca erva do outro, ora à mão, ora com a enxada, bem.. aquilo parecia um matagal. Finalizada a tarefa, após umas belas horas, era tempo de arrumar e limpar o material.
Temos um anexo onde colocamos todas as ferramentas agrícolas, sendo que muitas delas estão penduradas na parede e eu tenho um jeito especial para as arrumar.
Com especial quero mesmo dizer que volta e meia lá vem parar qualquer coisa ao chão.
No dia seguinte…
Mãe: Ai Ana, nem sabes o que me aconteceu. Então não é que estava a arrumar umas coisas no anexo quando me cai uma enxada da parede?
Chic’ Ana: A sério? Tens de ter cuidado!
Mãe: Olha, acertou-me e rebentou-me logo o lábio, era tanto sangue que eu só pensava que me tinha saltado um dente.
(após uma pausa em que olho para os lábios dela para avaliar a situação..)
Chic’ Ana: Mas porque é que tu só fazes coisas dessas quando eu não estou cá para ver?
Mãe:
Chic’ Ana: Já te tinha dito várias vezes para deixares essas gracinhas para quando eu puder assistir, além do mais, não percebo.. Como é que a enxada te acertou logo na boca? Então tu tens o nariz que devia amparar a queda..
Não acham que eu tenho razão? A asneira vai acontecer à mesma, o mínimo é que consiga assistir, pelo menos para compreender como é que a enxada consegue acertar na boca em primeiro lugar.. então o nariz não está mais saliente? Coisa estranha..
Acho que não andas a colaborar a 100% com a natureza, mãe!