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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Parasita da Sociedade

Se nas grandes cidades e com as devidas condições de isolamento nas casas, eu já sentia algum frio, este fim de semana no campo pensei que fosse congelar. O vento da serra estava gelado, as casas não conservam a temperatura convenientemente e à noite.. Ui, a noite!… As noites são geladas, fazendo com que de manhã se esteja melhor fora de casa do que no seu interior.

 

A única solução é mesmo acender a lareira, adotar uma postura de hibernação e permanecer muito quieta em frente à mesma! Qualquer movimento, por ínfimo que seja, pode ser sinal de uma grande corrente de ar gelada.

 

Contudo, sábado esteve um bonito dia de sol e tínhamos de aproveitar para dar um jeito ao terreno. Cada vez que colocava o nariz de fora, voltava a correr para cima da lareira.

 

Os meus pais espreitavam à janela, eu via as sombras deles e colava-me à parede, eles não me viam, davam meia volta e iam embora. A dada altura aparecem em duas janelas. Eu não vou de modas e atiro-me em voo picado para cima do tapete. Consegui escapar a mais uma investida. Fiquei estendida no chão, escondida das janelas, coberta pelos sofás e longe da vista de olhares alheios durante uma boa meia hora.

 

Eu queria, eu queria mesmo sair de casa, mas a preguiça estava a ser mais forte do que eu, aquele frio invadia o meu corpo e fazia com que ficasse mumificada.

 

Este sábado fui realmente uma parasita da sociedade! (Por meia hora, depois disso, toca a trabalhar).

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