One Smile a Day com.. a Joana
E, tal como prometido, para terminar a semana em beleza, mais um One Smile a Day, desta vez com a Joana. A Joana é a autora do blog As receitas da mãe galinha.
Confesso que a primeira coisa que me encantou no blog foi o nome, adorei. Descontraído, intemporal e cativante, à semelhança da sua autora que nos recebe sempre de braços abertos e com iguarias de deixar qualquer um a desejar ser seu vizinho. Desde sobremesas, a pratos mais tradicionais, passando por receitas leves e rápidas, aqui podem encontrar um pouquinho de tudo no que à culinária diz respeito, inclusivamente a sugestão de vários restaurantes por onde a Joana vai passando. Aconselho a leitura, tanto do blog, como da peripécia que se segue e que me deixou longos minutos a imaginar a situação e a rir a bandeiras despregadas.
Bom, para começo de conversa preciso de contextualizar o episódio que vou contar.
Sou bem humorada, sempre fui. Acho graça a coisas parvas, gosto de pregar partidas e não tenho qualquer problema em rir de mim própria. Tenho 13 anos de diferença da minha irmã mais nova e ela sempre foi o alvo das minhas partidas. Desde ser trancada na casa de banho às escuras até fazer-lhe vídeos embaraçosos a desgraçada passou por tudo...
Quando conheci o meu marido, o G., já lá vão 16 anos (e sim só tenho 33!) foi o descalabro total. Adora contar piadas secas e eu acho sempre piada... como se costuma dizer “só se estraga uma casa!”.
Bom, isto tudo para vos levar a umas férias de verão há uns quantos anos atrás. Os meus pais iam sempre de férias para o Algarve e, com o evoluir do namoro, o G., (na altura ainda namorado) começou a ir connosco também.
Os meus pais dormiam num quarto e eu, a minha irmã e o G. dormíamos na sala. Num determinado dia, tínhamos acabado de almoçar e ficámos pelo apartamento “a fazer a digestão”. Os meus pais foram com a minha irmã para o quarto para que ela dormisse a sesta e eu e o G. ficámos na sala a fazer palavras cruzadas deitaditos de papo pra cima num colchão.
Ele lia as descrições e escrevia as palavras, eu limitava-me a responder. Como eu tenho um adormecer muito rápido o que que aqui a parva decidiu fazer: “Vou finjir que estou a dormir!”.
Ora muito bem. Ele lê a descrição, eu digo o meu palpite, ele escreve. Quando lê a próxima descrição eu não respondo e ele olha para mim fixamente. O que é que eu decido fazer: o som como se estivesse a ressonar! E ele continua a olhar para mim sem desviar o olhar. Eu continuo no meu belo teatro até que ele me diz: “Estás bem?”.
Até que eu penso “Estás bem? Então mas ele não vê que eu estou a dormir’” e foi aí que eu me apercebi e disse: ESQUECI-ME DE FECHAR OS OLHOS!!
Ora imagem lá... uma pessoa de papo para o ar, a olhar fixamente para a outra e a ressonar de olhos abertos... não será preciso dizer que a gargalhada foi tanta que nos fartámos de chorar a rir... E sim ainda hoje ele me goza por isso!
Obrigada Ana pelo convite e por me fazeres voltar atrás no tempo :)
Aqui está a prova, não consigo ler este episódio sem me rir, e por muito que o leia, e por muito que saiba o seu final, dou por mim sempre a morder o lábio e a conter as lágrimas.
Joana, muito obrigada por esta participação tão divertida! São realmente momentos destes que dão á vida outro colorido.
Para a semana estarei ausente, de férias, mas desejo a todos uma Páscoa muito, muito feliz, recheada de alegria, felicidade, paz, amizade e muita saúde! Chocolatinhos também, para quem gostar!