Férias: criaturas marinhas
Aqui há uns 3 anos, estávamos em autêntica eu(ro)foria a jogar volley dentro de água, quando a certa altura sinto que pisei umas conchas ou pedras pontiagudas, levantei o pé, olhei para ele, nada de ter coisas espetadas ou sangue que se visse, portanto continuei a jogar. Passados uns 5 minutos comecei a ficar com frio e decidi sair de dentro de água. Estava já com a água pelo joelho quando começo a coxear. Penso para comigo “Era só o que faltava agora ter-me aleijado nas pedras”.
Sento-me na areia, à beirinha da água a olhar para o pé. Estava cheio de areia, daquela que cola e mesmo sacudindo, não sai. Portanto, ao observar o pé apenas vi que não tinha sangue, mas cada vez tinha mais dores.
“Bom, não posso ser maricas e ficar aqui agarrada ao pé se não vejo nada”. Entretanto a minha irmã e os meus pais saem de dentro de água, tento ir atrás deles e vejo que tenho a perna toda dormente e cada vez com mais dores. Como vi que algo não estava bem, pedi ajuda para ir até ao nadador salvador e lá vai a Ana.
Chic’ Ana: Eu piquei-me dentro de água, numas conchas, e agora não consigo andar, para não falar que as dores são cada vez mais.
N. Salvador: Vamos lá ver o pé.
Nisto, chama o senhor do café e aparecem os dois com um balde de água. Sentei-me, coloquei o pé dentro de água e eis que sai o diagnóstico.
N. Salvador: Pois, não foram conchas coisa nenhuma. Foi picada por peixe-aranha, e logo em 3 sítios. O que estava a fazer dentro de água?
Chic’Ana: Estávamos aos saltos a jogar volley.
N. Salvador: Precisamente, deve ter acertado em cheio em dois peixes. Daí que tenha as dores e a dormência, é o veneno a espalhar-se pela perna. Vou tentar tirar os espinhos e depois fica aqui com o pé dentro de água quente mais uns minutos. Aconselho uma ida às urgências para verificarem que o veneno saiu todo.
E assim foi, o que vale é que isto aconteceu já no final das férias. As dores continuaram por mais uns dias, e andei a coxear mais uns 3 ou 4 dias depois das picadas.
Truque número 6: Para as picadas evitar, nada melhor que a água espadanar!
Segundo o Nadador Salvador, os peixes encontram-se com mais frequência quando a maré está a vazar. Nestes períodos é crucial entrar na água fazendo algum espalhafato, como obrigar a água a mexer com ligeiros pontapés, para os peixes se aperceberem do movimento e fugirem. Senão, podemos acertar em cheio num deles.
Parabéns Portugal, foi um fim de semana de ouro para o país a nível de competições europeias!