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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Little B a escolher a profissão desde pequenina..

No nosso prédio existem bastantes cães, a pequenita está habituada a ouvir o ladrar constante dos mesmos e não lhe faz a mínima confusão. Quando vê um cão mais eriçado, limita-se a ficar a olhar para ele com um olhar de "porque não te calas?"

No outro dia, decidiu que queria fazer umas festinhas a um cão.. "Não faz mal, diz a vizinha, ele é muito mansinho!".. Festas para aqui, festas para ali, mas a curiosidade residia mesmo no focinho.. ver os olhos a mexer, os bigodes a mexer, a boca a abrir e a fechar.

Quando dou por mim, tenho a pequenita a enfiar a sua mão, pequena, pequenina, dentro da boca do animal, a tentar abrir a boca ao cão e a espreitar para o seu interior...

 

Foi num piscar de olhos!

 

Digo que não, que não pode mexer na boca do cão...Teimosa, assim que me apanha distraída, não vai com uma, mas sim com as duas mãos tentar novamente abrir a boca do cão. Observa, observa, que parte estranha do animal é aquela que se mexe tanto!?

Ficou o resto do tempo a atirar-se em voo picado para dentro da boca do animal. (Felizmente correu tudo bem e não levou nenhuma dentada).

 

Agora, vamos a apostas: Dentista ou Veterinária!? 

 

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As vacinas

Tenho uma bebé com um comportamento muito engraçado face às vacinas.

Numa bela ida ao posto de vacinação, somando as vacinas do plano com as do extra-plano, nesse dia, ela tinha a módica quantia de 3 vacinas para apanhar.

 

Chegamos, deitamos a menina e colocamos os “presuntinhos” de fora.

Little B sempre muito atenta ao que se passava.

Enfermeira: Que lindos olhos tens, vais ver que não custa nada.. A mãe quer uma solução de açúcar para acalmar a menina?

Chic’ Ana: Não, ela não gosta muito de coisas doces. Se for necessário depois pego-lhe um pouquinho ao colo para acalmar.

Little B sorri e acompanha cada movimento da enfermeira – o preparar a vacina, o colocar desinfetante no algodão, o aproximar-se com uma seringa gigantesca, o apertar um pouquinho a pele, o espetar a agulha e…

Nada, nem um gemido.

Enfermeira: Ena, nem um ai, que linda menina. Vamos então à segunda.

Little B franze o sobrolho e acompanha todo o processo novamente. Vê a seringa a aproximar-se, quer pegar na mesma, quer ser parte ativa no processo, é picada mais uma vez e…

Little B: mmmmm!

 

Enfermeira: Isto é realmente inédito, nunca me tinha acontecido picar uma bebé por duas vezes e não estar a espernear e a chorar. Não imaginam o quão estou feliz porque custa sempre ver o sofrimento dos pequeninos. Vamos então à parte que vais gostar, esta terceira vacina é bebível, é docinha e todos os bebés adoram! É  a tua recompensa por te teres portado tão bem!

 

Little B sorri para a enfermeira, super simpática, abre a boca já um pouco contrariada, prova uma gotinha da vacina, faz um esgar de enjoada e vómito e fecha a boca a sete chaves. Foi um tormento conseguir que ela bebesse a vacina docinha que todos adoram!

 

Concluindo, podem picar a pequenina umas quantas vezes, tentem dar-lhe uma coisa doce para verem como se transforma!

 

Não voltou a sorrir para e enfermeira.

 

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E já que estamos numa de discutir os planos de incentivos e apoios à Natalidade, coloquem os olhos nos preços das vacinas extra-plano. Sim, são extra-plano, é uma decisão dos pais darem ou não aos pequeninos, mas tudo o que é para a sua proteção não deveria sequer ser questionável.. Desde que ela nasceu já gastei 450€ em vacinas extra-plano, que para a “nossa” pediatra são obrigatórias.

 

Nota: Vou retirar entre hoje e amanhã o vencedor do passatempo, não está esquecido!

One Smile a Day com.. a Maria Grace

A minha convidada desta semana é a Maria Grace, autora do blog Histórias da Alma. É um blog relativamente recente, mas que já me conquistou, pela simplicidade, pela profundidade, pela partilha de pensamentos e acima de tudo porque me faz muitas vezes pensar no rumo a seguir. A autora é de uma simpatia e disponibilidade de assinalar, sempre disposta a uma troca de palavras ou simplesmente um sorriso.

"A vida é apenas uma passagem, e os momentos vividos, sejam bons ou maus, são necessários para o nosso crescimento, mas se deixarmos que seja o AMOR a guiar sempre as nossas atitudes, pensamentos e vontades, a Alma viverá FELIZ". Esta é uma frase que resume a essência do blog que vos convido a descobrir.

Desde que me conheço, que sempre fui uma pessoa muito calma. Até demais. Quer em casa, ou no trabalho. Podemos considerar tanta calmaria uma qualidade, mas quando é em excesso pode ser prejudicial. Muitas vezes, quando dou por mim, tanto é o silêncio que se faz na minha mente, já estou a vaguear, nem eu sei bem por onde. Como se costuma dizer fico a pensar na “morte da bezerra”. Se bem que por vezes, é um bem necessário, abstraimo-nos de tudo à nossa volta, de forma a conseguirmos alcançar o nosso equilíbrio. Mas adiante…

Confesso que nunca fui muito amiga da cozinha, ou melhor dizendo, do fogão (inclino-me mais para o lava loiça), mas claro, aprendi a cozinhar, embora não seja uma MasterChef. Por isso, nunca me entendi muito bem com as frutas e os legumes, quando tinha, e ainda hoje, tenho de os escolher no supermercado. É um verdadeiro martírio.

Quantas vezes levei tomates verdíssimos ou bananas cruas, à minha mãe, quando me pedia para ir às compras, que ela abanava a cabeça e dizia “E tem esta rapariga 24 anos!”.

Até que um dia, o meu marido decidiu que já estava na hora de eu aprender a selecionar a fruta. Afinal a miúda era pequena, e não podia ser sempre ele a fazer as compras! Muito bem!

Sentei-me e ouvi a sua explicação. (o “atentamente” é melhor não pôr):

- Seguras o Melão, e apalpas a parte de baixo, para ver se emite um som oco, ou não! - explicou ele,aproveitando uma bola de rugby que tínhamos lá para casa, para exemplificar. Foi o objeto que descobrimos, mais parecido com um melão,

Eu absorvia toda aquela informação, ou pelo menos achava que sim, mas dias depois vim a constatar que não.

- Percebeste? - perguntou ele. Ao que eu respondi prontamente – Sim, sim! Tudo!

Passados uns dias, de regresso a casa, passo pelo Pingo Doce e pensei “É hoje que vou comprar o meu primeiro melão”, e lá entrei toda orgulhosa na loja.

Cheguei à bancada onde estavam os nossos amigos. Grandes, Médios, Pequenos, todos virados para mim.Todos iguais! TODOS!

Confesso que ainda estremeci. Mas, não me deixei ir abaixo.

Peguei num Melão….

Olhei para ele. E claro, ele olhou para mim. (Como sou muito calma, devo ter ficado ainda 1 minuto a olhar para a bendita fruta, com ela na mão).

Nem imaginava que tinha mirones ali perto.

Com a mão fechada ( tal e qual me tinha ensinado o marido), bati várias vezes no melão “ToC! ToC! ToC!!

Olhei uma última vez para ele.

Encostei o melão ao ouvido!

NADA!!!!!

Nenhum som.

Tentava eu entender o que estava a fazer de errado, quando de súbito aparece, não sei vindo de onde um homem, que me pergunta, com um sorriso de orelha a orelha:

- Estava há espera de resposta???

Claro que percebi que tinha acabado de fazer um figurão, com o raio do Melão, na mão.

Balbuciei um “Sim”, quase mudo, fiz aquele sorriso de Gioconda, virei as costas e fui-me embora.

Conclusão. Agora, quando me explicam alguma coisa, tento sempre não ouvir pela metade, senão já sei que dá barraca. E tento regular a minha calma para os 40%,, para o resto poder ficar atento.

E isto para mim, foi sem dúvida uma lição de vida. Que figurão!!!!

 

Obrigada, muito obrigada por esta bela partilha.. Uma escolha de melão que acabou com um grande melão! Ahahaha, para a próxima, fazes como eu quando vou às compras...

 

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O Chinelo Voador

Já que o bom tempo não impera, vamos começar a recordar histórias de verão, calor e emoção para ver se ele mostra um cheirinho de si... E por falar em cheiro...

 

Há uns anos atrás, tínhamos alugado um apartamento em Portimão, mesmo de frente para a praia. Como apartamento de férias que era, era de dimensões reduzidas, portanto, tudo o que um fazia, o outro sabia.

O meu pai adorava passear pela casa toda de chinelos, e fazia mais que bem, afinal, férias gritam por conforto, mas no caso dele, por mau cheiro também.

Foram uns chinelos caros, de marca, que ao apanhar diferentes ambientes: praia, piscina, sol, calor, começaram a ter um cheiro insuportável.

Ninguém podia conviver com os chinelos, ou eram eles dentro do apartamento, ou éramos nós.

Fartas de refilar com o meu pai por causa dos mesmos, e ele casmurro que tinha gasto bastante dinheiro nos chinelos e que estavam novos, teimava em utilizar e passear os mesmos por todas as divisões, mesmo junto ao nosso nariz.

Passou um dia, passaram dois dias, ao terceiro dia, viu-se um chinelo a voar pela janela do 6º andar de um apartamento!

(para um terreno baldio, sem vivalma, atenção! e depois de aplicarmos inúmeras técnicas para retirar o mau cheiro..)

 

Pai: Isso que acabou de voar foi um dos meus chinelos?! Vou já lá abaixo apanhar o mesmo!

Chic' Ana: Boa sorte, com a luz que tens no terreno baldio pode ser que voltes para casa antes do amanhecer. Leva saco cama e lanterna, a procura vai ser longa....

 

Nessa mesma noite, o outro chinelo desapareceu misteriosamente para destino incerto, porque teimoso como ele é, no dia seguinte ia fazer uma excursão em busca do chinelo desaparecido.

 

Ainda hoje fala nos chinelos e já passaram uns bons anos..

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One Smile a Day com.. a Maribel

A minha convidada de hoje, dia da criança, é a Maribel. A Maribel é autora do blog Educar (com) Vida. Este blog, "pretende orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida... este é um convite para conversar sobre educação." O tema central, tal como referido, é a educação. Podemos ler sobre métodos e técnicas de estudo, trabalhos de casa, preparação para testes, hábitos de vida saudáveis, como potenciar as capacidades e talentos de cada um, entre outros assuntos pertinentes, sempre sob o olhar atento da Maribel. Simpática, prestável, assertiva, assim descrevo a autora, sempre disposta a esclarecer qualquer dúvida que possamos ter. Um blog que vai ser certamente uma leitura constante para mim, agora que o tema da educação me interessa mais do que nunca.

E sem mais demoras, aqui segue a história.

 

O meu primeiro carro era muito velhinho, bem mais velhinho que eu... na altura o dinheiro não dava para mais (tanta gente se reconhece nesta situação)!

Como era um carro velhinho, o melhor seria perguntar o que funcionava corretamente, e não o contrário... por isso, já devem imaginar a quantidade de história e peripécias que vivi com ele! Era a porta do condutor que não abria com a chave e me obrigava a entrar pelo lado do passageiro, eram o rádio que, dos cinco botões, só dois funcionavam, as cassetes era também pedir demais... Eram os faróis traseiros que, sempre que chovia tornavam-se dois aquários.. tá claro que depois a água ia parar à mala...parecia mesmo um ato de magia negra....

Era a sofagem que não funcionava, nem para frio, nem para quente, o que resultava nestas conversas:

“_ Vamos tomar café? Posso ir buscar-te a casa?

_ Vamos, vamos... Mas EU vou buscar-te a casa, está muito frio hoje e o teu carro é um gelo que não se aguenta!!”

 

Para além dos vidros que, para os abrir, era mais difícil que pegar em alteres de dois kg... etc...etc...etc...

Mas de todas as situações divertidas, posso relatar a que mais me fez doer os abdominais... vinha eu de um café com uma amiga, (no meu carro..claro...não estava muito frio)... entramos no carro, coloco a chave e o carro nada de pegar a trabalhar:

“Eu:_ Bem, não está a pegar!

Ela:_Pois... vamos ligar a alguém, não vale a pena insistir, chamamos o reboque, ou assim...

Eu: _ Nãoooo!! Não é preciso... está controlado...

Dou três valentes murros no volante...

Dou de novo à chave e...xaraaaa... o carro fica a trabalhar direitinho...

_Eu não te disse que arranjava!!!????

Garanto-vos que fomos as duas a chorar com o riso até casa...

Bem... hoje o carro já não é o mesmo, tive de o enviar para abate porque já não valia a pena tanto arranjo, mas uma coisa é certa... o meu atual carro é mais confortável mas a diversão não é a mesma...

 

Muito obrigada por esta bela participação. Acho que a banda desenhada abaixo reflete claramente o que é realmente importante.

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Um feliz dia da criança para todas as crianças, e já sabem, não as mimem apenas neste dia, mas em todos os dias da vida delas!