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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Os tempos do Secundário

Ontem encontrei uma colega de secundário com quem já não falava há anos. Estivemos a recordar amizades, professores, colegas, mas acima de tudo, episódios caricatos. Esta minha colega foi autora de um dos episódios que mais sorrisos nos despertou pela seriedade com que ela disse as coisas.

 

Era a nossa primeira aula de francês e, na altura, existia a política de nas aulas de francês apenas se falar em francês. Como a língua era praticamente desconhecida, uma vez que a língua estrangeira mais utilizada é o inglês, ninguém percebia nada do que a professora estava a dizer. 

A meio do que pensávamos ser o seu discurso de apresentação, a professora, lembrou-se de fazer uma questão pertinente à minha colega..

 

Professoracomment tu t'appelle? (como te chamas)

Colega: A minha pele professora? A minha pele está boa, obrigada por perguntar.

Professora

 

 

Ela disse isto num tom tão sério, tão convicta que estava a responder corretamente à questão, que despertou sorrisos em toda a gente, inclusivamente na professora, que após a cara de choque / espanto, quase não conseguiu terminar a aula com tanto riso.

 

053.jpg

 

E vocês, têm algum episódio semelhante?

O meu primeiro dia da Mãe

Começou com uma pergunta: O que é ser mãe?

E aqui eu fiquei com o lápis na mão, a pensar, pensar e só me apetecia escrever o símbolo do infinito, pois não há palavras suficientes que descrevam o sentimento de ser mãe!

Educadora: Vá mãe, não pode ser assim. Nem todas as mães compreendem esse símbolo.

Chic' Ana: Mas é isto mesmo que eu sinto..

Educadora: Um pouquinho de esforço.

Pronto e nesta fase tentei converter o símbolo em palavras:

 

"Ser mãe é... voar sem ter asas,

ter em ti o coração,

amar-te intensamente,

viver inebriada de paixão"

 

Educadora: Ah, assim sim, vê como conseguiu?

Chic' Ana: Preferia o símbolo do infinito...

 

Como segunda atividade tínhamos de pintar um vaso com a ajuda dos bebés. Todas as outras mães colocaram os bebés no chão ou nas espreguiçadeiras, e dedicaram-se à sua veia artística. Eu não larguei a minha pequenina um minuto, e portanto, o meu trabalho artístico é sem dúvida abstrato.

Terminámos com tinta no vaso, nas mãos, na roupa, nos cabelos e por pouco com menos um pincel, sim, porque a Little B descobriu um novo objetivo de vida: pintar os lábios com um pincel, ao mesmo tempo que o tentava comer.

 

Foi um dia único, memorável.. Se temos o melhor trabalho? Definitivamente que não, mas temos um trabalho a quatro mãos, e é isso que para mim é ser mãe: entrelaçar as mãos e pintar o futuro em conjunto.

 

Mãe, para ti, uma palavra especial, de carinho, reforço o sentimento que nos une, e sinceramente, se conseguir ser para a minha pequenina, metade daquilo que foste para mim, sei que ela crescerá bem e feliz! Obrigada por seres minha mãe, mas acima de tudo, obrigada por seres o meu exemplo, obrigada por seres quem és, obrigada pelo amor que vejo no teu rosto cada vez que olhas para a tua neta.

grande-mae1.jpg

 

Quanto ao passatempo Bis Ponto Cruz, a grande vencedora foi a Andreia, parabéns! 

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One Smile a Day com.. a Joana

Pois é, hoje tenho o prazer de vos apresentar a Joana, autora do blog O Quiosque da Joana. Este é um espaço que dispensa qualquer tipo de apresentação, penso que todos vocês já se cruzaram com a Joana e toda a sua "trupe". Um blog que nos conquista pela sua simplicidade, pela sua genuinidade, pelo retrato fiel da vida, e claro, tal só seria possível, porque temos uma autora que consegue chegar aos seus leitores, pela sua simpatia, pelos valores que a caracterizam e que estão em crise na nossa sociedade, pelo seu enorme coração e entrega ao próximo. É um espaço que eu não dispenso e do qual venho sempre com o coração mais quentinho. Sem mais demoras, aqui temos a história da Joana.

A vida não é como os computadores.

Devia ser. Não, tal e qual. Mas um bocadinho.

Devia permitir um ensaio. Um regresso, ao minuto anterior.

Dava jeito. Às vezes, dava jeito. Poder retirar aquela palavra. Daquela conversa.

Voltar atrás. E poder não enviar aquela mensagem.

Ou simplesmente. Poder voltar atrás. Numa ou noutra atitude.

Tive consciência disto. Quando tinha 13 anos.

 

Tinha 13 anos. Estudava no Pedro Nunes. Na Estrela.

Andava no ano. Tinha uma professora de Ciências. Absolutamente genial.

É claro que só dei conta disto, anos mais tarde.

No ano. Ciências, nem era a minha disciplina preferida.

Queria era ter uma nota civilizada para os meus pais não me chatearem. Só isso. E ficava-me por aqui.

Num tempo em que não havia tantos exames como agora.

A minha professora estava a borrifar-se um bocado para o saber que estava no livro.

Passávamos o tempo a fazer experiências. E trabalho prático.

Desde abrirmos corações. Escrutinarmos seres pequeninos dentro da terra. Microscópios. E rochas. Etc.

As aulas eram uma animação.

 

Se em casa. Nunca podia torcer o nariz a nada. Mostrar-me demasiado enjoada. Nem fazer-me de interessante.

Na escola. Achava que mandava alguma coisa.

E...

...no dia em que a professora.

Apareceu com um ratinho todo esticado e pronto a ser dissecado. Eu, Joana.

Armei-me em diva.

Mais ou menos como o meu cão Vasco faz. Quando dá de caras com uma aranha.

 

Os meus colegas rejubilaram. Eu. Encolhi-me num canto e ameacei chorar tal e qual uma miúda mimada.

A professora abriu o ratinho.

Os alunos estavam à volta dela. Para ver tudo.

E eu, Joana. Espreitava pelo canto do olho.

Depois de mostrar todos os cantos e recantos do ratinho.

A professora quis exemplificar como é que em caso de necessidade se podia reanimar a criatura.

Mostrou-nos uma palhinha. E disse-nos:

- Posicionamos a palhinha na boca do ratinho e sopramos levemente. Joana, chega, aqui. Tenta lá...

 

Passou-me a palhinha para a mão.

Debrucei-me sobre o ratinho.

Com mil Slimanis!...cheirava tão mal o caneco do animal!

Só de pensar que tinha de soprar na boca do bicho.

Era caso para pedir a reforma aos 13 anos. Tal era o trauma com que iria ficar...

Perdido por 1. Perdido por 1000.

Joana. Eu. Posicionei-me.

Joana. Eu. A enfrentar o touro pelos cornos. Ou melhor, a goela do ratinho.

Joana. Eu. Debruçada. A olhar o ratinho de cima para baixo.

Joana. Eu. Palhinha dentro da boca do ratinho.

Joana. Eu. A comandar a reanimação do ratinho. Qual Bas Dost no momento de marcar um penalti!

 

Os colegas sussurravam.

Queriam estar ali.

Na boca do lobo. Ou melhor, na goela do ratinho.

Credo. Ó senhores!  O bicho cheirava mesmo mal...e ninguém me pagava para tal...

 

Joana. Eu. Inspirei.

Joana. Eu. Qual tornado. Soprei.

Joana. Eu. Não percebi o que aconteceu.

Os colegas gritaram. E afastaram-se.

Senti qualquer coisa na cara.

E vi a professora...horrorizada.

Joana. Eu. Bruta. Que nem uma porta.

Soprei demais.

E o ratinho foi pelos ares. Ratinho por todos os lados. Tal foi o tamanho do sopro.

 

 

Ainda hoje, quando encontro os meus colegas de escola.

Não se lembram de mim porque tirei a melhor nota a história.

Ou porque cantei espetacularmente bem na festa de final de ano.

Não!

Claro que não!

Sou lembrada por este episódio. Épico. 

 

Não seria bom. Que a vida fosse como os computadores?

Pois, só que não é. Só que não é.

 

Obrigada Joana, por esta bela história. O que eu me ri, pobre do ratinho que se estivesse vivo, morria devido ao excesso de ar... Felizmente nunca me deparei com nenhum episódio semelhante.

 

Um grande beijinho e um bom fim de semana!

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Estou aqui!

Sim, eu tenho estado aqui, mas... não tenho tido um segundo para escrever o que quer que seja...

 

Começando: Eu, Luísa de Lencastre Rebelo de Sousa e Albuquerque, mãe de uma bebé de 7 meses (como o tempo passa), na semana passada coloquei de forma consciente e confiante na "pen" uma série de projetos urgentes que deveria terminar no fim de semana..

Hoje, quinta-feira, constato que a ingenuidade é uma das qualidades que me vai acompanhar até ao fim da vida!

 

E agora só me pergunto: será que amanhã ao fim do dia vou fazer a mesma coisa?! Claro que sim! A teimosia é outra das minhas grandes virtudes...

 

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Nota: Não é o meu verdadeiro nome, mas tem classe!

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