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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

One smile a day... com a Mami

A minha convidada de hoje é a Mami, autora do blog com o mesmo nome Mami. No seu blog podemos encontrar de tudo um pouco, contando com um avatar que convida sempre ao sorriso e à partilha de um copo de vinho.

Um blog verdadeiro, genuíno, escrito por uma pessoa que transparece convição e criatividade, que aborda o dia a dia no geral, sempre com uma visão cativante e ao mesmo tempo assertiva. Um blog que vale a pena ler e reler! A imagem que tenho dela não podia ser melhor: uma mulher resolvida, segura, líder por natureza, mas onde impera o bom senso, e o seu grande trunfo reside mesmo nesta característica. Convido-vos a passarem pelo seu cantinho.

 

Sinto-me honrada pelo convite desta miúda, embora, não tenha (nem de perto) o mesmo talento para contar peripécias. aliás, já me andava a questionar porque não recebia o convite! ;)

obrigada chic’ana … mando-te isto sem saber se já temos ou não uma nova princesa entre nós!

 

Anos atrás ganhei um fim-de-semana no hilton vilamoura. fiquei mega entusiasmada pois o prémio incluía a viatura que nos levaria ao nosso destino.

sem pensar duas vezes liguei à mana e convidei-a. ela, em pulgas, aceitou.

chegado o dia, lá fomos nós, numa manhã de primavera, rumo ao algarve. a viagem foi super animada: boa música e muitas gargalhadas. começou a verdadeira aventura quando parámos para por combustível: - como se abre a tampa do depósito?

demos voltas e voltas, puxamos daqui e dali, e, passado um bom bocado, assumimos a nossa incapacidade e fomos pedir ajuda ao “senhor das bombas” – que obviamente olhou para nós como se não fossemos deste planeta ou tivéssemos roubado o carro!

chegámos ao al(l)garve e decidimos tomar um café na marina; esta recebeu-nos com uma chuva descomunal, vinda de não sei de onde, e que nos deixou num estado lastimável!

perante tal cenário decidimos ir fazer o chek in no hotel. chegámos, encharcadas e com um aspeto miserável, e estava a decorrer um desfile de moda no lobby do hotel – garanto que por segundos as atenções viraram-se para o nosso (des)encanto!

já no balcão de check in, o funcionário pediu-nos um cartão de crédito para caução. ora, imaginem a cara do senhor quando o informamos que não possuíamos cartão de crédito (recordo que estávamos com aspeto de cães rafeiros e molhados num hotel de 5 estrelas). o senhor verificou a nossa identificação e a reserva, olhou duas ou três vezes para nós, e disse, finalmente, que aceitaria um depósito de 50€. passada esta vergonha, lá fomos nós, a chapinhar, até às nossas acomodações, seguidas pelo olhar curioso de empregados e hóspedes.

depois de umas boas gargalhadas, de um tempinho no spa, da tradicional sessão fotográfica e de um banho quente, fomos jantar à marina.

eu que de chique nada tenho, mas porra que estava na marina de vilamoura, decidi enfiar umas botas lindas de um salto agulha maravilhoso. ao chegar à marina, logo no primeiro lancil de escadas do passadiço, fico presa. a mana que seguiu distraída, ao não me sentir por perto, olha para traz e descreve que me viu como “um cão com pulgas a sacudir a perna”. pedi-lhe auxílio, entre o exasperada e o envergonhada. ela aproxima-se apercebe-se do que aconteceu, agacha-se e começa a tentar tirar o meu pé daquela armadilha, enquanto eu de pé tento disfarçar com ar desinteressado; até que ela afirma: tens de tirar a bota! e eu: como? nesse momento desci, literalmente, do salto e a gargalhada foi pegada. é o que dá, eu tão grossa, a tentar ser fina! :d

mas, para mim, a situação mais caricata desta nossa viagem aconteceu no dia seguinte (ainda hoje guardamos esse momento com muito carinho).

pela manhã, após o pequeno-almoço no hotel - onde a minha irmã questionou se a língua oficial do algarve teria mudado, visto todos que todos nos falavam em inglês -, fomos para a marina tirar fotos e ver “as vistas”.

tinha chovido na noite anterior e o piso estava ainda molhado. numa das pontas da marina, junto à estátua de um marinheiro e seu leme, decidimos tirar (mais) uma foto. para sairmos os “três” seria necessário posicionar a máquina fotografia com temporizador. eu, armada em pro, tratei de tudo: indiquei à mana como se devia colocar, posicionei a máquina, preparei o temporizador, carreguei no botão e saí disparada para me colocar no meu lugar. raios que o piso estava molhado e, eu que tive sempre uma forte ligação ao chão, sendo uma atleta distinguida em quedas, lá escorreguei com grande aparato! mas como o “show must go on”, no chão, completamente deitada aos pés da minha irmã, coloco-me em posição de foto! durante este processo um casal de espanhóis passa pelo local e a senhora diz “mira, se a caído” ao que o companheiro responde: “no, no, es para la foto!”. ao ouvir isto desatamos a rir e o flash dispara. é das fotos mais maravilhosas que tenho com a minha irmã! 

 

Mami, eu não diria que esta fosse uma peripécia, mas sim quatro peripécias numa só. Um texto completamente delicioso que nos transporta para a tua viagem! Uma verdadeira aventura de irmãs e, acredito, que vá ficar na vossa memória e coração para sempre (e agora também na nossa).

Muito obrigada por esta hilariante participação!

 

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E o blog hoje completa dois anos de vida, o meu muito obrigada a todos, os que por aqui são visita assídua, aos que me subscreveram e aos que vão surgindo e ficando para uma troca de palavras.

São o motor que dá vida a este blog e é tão curioso como vos encaro como amigos. Sem dúvida que são uma parte fundamental do meu dia a dia.

OBRIGADA!

 

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Uma bebé teimosa, parte II

A K sempre teve um jeito especial e único para lidar com a Little B, afinal, bastava entrar na divisão em que eu estivesse, para a bebé acalmar automaticamente

 

Ontem, em desespero por conseguir descansar, decidi recorrer à minha preciosa irmã, com os seus jeitos de feiticeira, para conseguir que ela estivesse um pouquinho quieta, ainda que por artes mágicas.

 

E resultou... por algum tempo!

 

Deitei-me no sofá de casa, a K colocou as mãos na minha barriga e a bebé parou automaticamente. Ela toda contente por me proporcionar um pouquinho de descanso, e após uns 5 minutos, decidiu encostar o ouvido à minha barriga para ver se detetava algum movimento. Quando se preparava para dizer "Vês, que ela está tão calminha?" leva um grande pontapé em cheio na cara...

 

A bebé mexe, e remexe.. ela tenta embalar a minha barriga de todas as formas possíveis e imaginárias, canta para ela, dá-me comida, usa e abusa de todos os truques que aprendeu, e nada!

Sinceramente não sei quando é que esta bebé dorme... A única coisa com que não precisei de me preocupar até agora foi em contar o número de movimentos, pois mesmo antes de me levantar, a bebé já fez os 10 necessários por dia.

 

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A crença na mudança da lua

Ora, desde o início da gravidez que tenho ouvido dizer que a bebé vai nascer com a mudança da lua, para estar atenta ao calendário.

 

E nestes últimos dias, realmente a curiosidade apertou.. Mas... Expliquem-me lá uma coisa que eu já pareço uma tontinha sempre a analisar o calendário lunar...

 

Pelo que me explicaram, existe o dia concreto da mudança de lua, em que a probabilidade de nascimento é superior, mas neste período de tempo, a criança pode nascer até 3 dias antes da mudança e até 3 dias depois da mudança, logo o nascimento acontece SEMPRE na mudança da lua, ou estou enganada?!

 

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Sim, eu até pintei os dias prováveis, sendo que o único dia em que não nasce, é no dia 24 de Setembro! (e não nasceu, confirma-se)

One smile a day... com a Sofia

A minha convidada de hoje é a Sofia, autora do blog Sweet Haven By Me. Tive o prazer de a conhecer ainda noutra plataforma, mas desde Julho que a sua casa é o Sapo Blogs. No seu blog somos constantemente brindados com frases e mesmo músicas inspiradoras, mas também com pequenos detalhes da sua vida pessoal: sabemos que se encontra separada e que é uma super mãe do Baby G com dois aninhos.

Criou o blog também como escape, para falar e desabafar sobre a sua recente separação, mas por vezes as palavras são difíceis.. É uma pessoa super simpática e sempre com um sorriso pronto, com um ombro amigo, muitos comentários trocámos e que belos sorrisos partilhámos.. "A vida tal como ela é, um livro com tantas páginas escritas mas com tantas ainda em branco. Todos os dias escrevemos um parágrafo e apartir de agora os meus vão ser escritos aqui :-)" Convido-vos a conhecerem o seu blog!

 

OMG!!! :-D Nem queria acreditar quando vi o email para participar no One Smile a Day :-) E pior, naquele momento não me lembrei de nada engraçado para contar mas caramba, tenho 32 anos tinha de haver alguma coisa e há, claro que há.

Vou voltar atrás no tempo até à Viagem de Finalista do 12º ano, tinha já 18 anos e devia ter juízo mas não...

Uma bela tarde, a A. teve a brilhante ideia de querer jogar ao Jogo do Copo. Nunca tinha jogado tal coisa, não queria jogar mas elas diziam que só dava se fossemos 4 e lá está, não tinha juízo e fui na onda.

Pegamos em pedacinhos de papel para as letras e num copo da cozinha, era pequeno mas daqueles de vidro grosso, super pesado. A R. começa a dizer não sei o quê e era suposto o copo mexer-se e aquilo nada, quieto. Eu céptica como sou começo a rir e a dizer "isso não vai funcionar!". Tentam outra vez e nada. Elas as 3 super chateadas e eu a rir...


Às tantas a R. passa-se e diz "Espírito se estás aqui dá-me um sinal?" Assim que ela diz "...nal?" A campainha da porta toca e não pára porque fica presa.

Eu parto-me a rir como se não houvesse amanhã, elas as 3 começam aos gritos completamente histéricas e eu ainda me ria mais. A R. fica petrificada, a A. vai até à porta e a N. tenta partir o copo na varanda, sem sucesso pois é mesmo daquele vidro grosso.
Nisto a A. abre a porta e o nosso colega estava a tentar que o botão da campainha volta-se ao sitio para parar de tocar, diz com um sorriso de orelha a orelha "Nunca ninguém ficou tão histérico com a minha chegada!" Depois olha para mim, que estava de costas para ele e diz em alto e bom som ainda no corredor do prédio: "Tens o cú à mostra!!" 

De tanto rir ao baixar-me as minhas calças rasgaram e eu nem dei conta ahahah!

Com isto posso dizer que se houve algum espírito que tenha aparecido naquela sala, tinha muito sentido de humor Lol.

Espero que tenham gostado e bem não joguem a estas coisas!

 

Que bela viagem que eu fiz à juventude! Também eu joguei a esse jogo, mas admito, com um receio enorme e nem me lembro do resultado final, eu só queria pisgar-me a 7 pés daquele episódio onde eu não queria estar inserida...

 

Muito obrigada por esta bela partilha, é tão engraçado verificar como cada um tem histórias sempre tão diferentes para contar!

 

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A memória de grávida

Andava eu feliz e contente da vida que, distraída como sou, ainda não tinha tido nenhum episódio digno de registo quanto a esquecimentos e falhas de memória típicos da gravidez... Até ontem!

 

A pequenita anda ansiosa para conhecer o mundo, mexe e remexe, 24h/dia, é impressionante, e sim, estive a noite TODA acordada e ela não parou um segundo! Consequência deste mau dormir, andei feita zombie o dia inteiro.

 

  • Arrumei o abacaxi no caixote do lixo;
  • Arrumei roupa no frigorífico;
  • Arrumei produtos de higiene no balde da despensa;

Bom, pelo menos a veia de arrumar coisas continua activa...

  • E finalmente quando ia a passar a sopa, fiquei a 1 milímetro de estragar a varinha mágica, porquê? Porque me esqueci da parte mais importante.. Felizmente que esta não estava tão pesada como o habitual e houve algo que fez o clique!

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De seguida, sentei-me no sofá de pés e mãos atadas para não provocar qualquer caos no apartamento, e assim fiquei, feita estátua o resto do dia, imóvel, só com a barriga a bambolear de um lado para o outro...

Os funcionários da minha junta - "O cortador de Relva!"

Há pouco tempo escrevi o primeiro episódio dos "Funcionários da minha junta", pois bem, eu sabia que aquele pedacinho matinal à janela me iria fazer voltar com novas curiosidades sobre esta espécie, só não imaginava que fosse tão rapidamente.

 

Aqui há uns dias recebemos o boletim informativo da junta em que reunia os principais objetivos alcançados pela presidência atual, as obras feitas, bem como o material adquirido ao longo do ano. Neste constavam 7 cortadores de relva. 

Nunca tinha visto este equipamento, até sexta-feira passada! Sexta-feira lá vinham os senhores bem fardados e com uma grande dinâmica, cada um empurrando o seu carrinho rua acima, em direção aos mini-jardins que existem nos passeios.

 

 "Ena, estes jardins vão ser cortados num ápice!"

 

Fechei os estores, pois o sol começava a incidir nos mesmos e passados 10min começa o típico barulho dos carrinhos a trabalhar e uma grande algazarra.

 

"Mas será que eles estão assim tão entusiasmados a cortar a relva? Estranho!"

 

Pois bem, eu acho que estava preparada para qualquer cenário, menos para aquele com que me deparei. Pensei em apostas, sobre quem acabava o seu jardim primeiro, pensei em críticas sobre alguém que não tinha o mínimo jeito para o corte e costura, pensei em muitos cenários, excepto... o real.

 

Dirigi-me à janela, subi o estore e vi cada um com o seu carrinho, sentado no mesmo, a descer a rua a alta velocidade. Sim, uma rua onde passam carros, está bem que não é nenhuma artéria principal, mas mesmo assim tem movimento.

 

Uma corrida de cortadores de relva  Será que existe algum campeonato nacional desta modalidade e eu nunca me apercebi?!

 

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One smile a day... com o Triptofano

O meu convidado desta semana é o Triptofano, que nos apresenta o blog com o mesmo nome Triptofano. É um blog relativamente recente mas que me conquistou muito rapidamente. Lança-se a si próprio um desafio "Como ser 20% mais feliz?", e não é que me colocou a pensar na mesma questão e a agir em concordância?

Já teve um blog quando era mais novo e foi precisamente o feedback que obteve com esse blog que o fez regressar: "havia muita camaradagem entre os colegas blogueiros. Pessoas que nunca tínhamos visto mas que estavam lá para nos apoiar ou para nos contrariar ou simplesmente para marcar presença. E foi por causa dessa rede de apoio que tantos anos depois decidi voltar a esta espécie de diário virtual.

E é mesmo isso que nos apresenta: um diário virtual, carregado com muito humor, muitas peripécias que regra geral me despertam sempre um sorriso, mas também textos que nos fazem refletir. Espero que sintas esse acolhimento, essa presença ainda que virtual, do meu lado, estarei por aqui sempre que necessitares!

 

Antes de mais tenho que agradecer à Chic’Ana por me convidar a participar numa rubrica que sigo fielmente e tantos sorrisos me provoca. Quando recebi o convite fiquei extremamente feliz porque nunca pensei que os poucos meses da minha existência na blogosfera fossem suficientes para aparecer num blog de tamanha qualidade como é o da Chic’Ana! Como me foi pedida uma das minhas histórias mais hilariantes aqui vai disto.

 

Há alguns anos atrás tive a oportunidade de fazer voluntariado no Uganda. Uma das coisas que mais me fez confusão no início foi ter de usar uma latrina para fazer as minhas necessidades. Apesar de estar dentro dum edifício de cimento a latrina era simplesmente um buraco no chão onde tínhamos de nos colocar de cócoras e fazer pontaria para basicamente não sujar o pavimento, algo que não iria de todo agradar à pessoa que fosse a seguir usá-la. Como qualquer boa latrina que se preze ela era apenas limpa assim de dois em dois meses, ou seja, quando cheguei conseguia visualizar um buraco enorme e ao longo do tempo fui vendo ele ir-se enchendo daquilo que vocês estão a pensar. Porque raio eu olhava para lá? Acho que era uma espécie de medo mórbido em deixar cair um chinelo no buraco e ter de o ir lá buscar no meio daqueles dejectos todos. Na realidade o chinelo ainda seria o menos, agora imaginem que deixava cair lá o passaporte, é que não havia forma de o poder deixar lá, tinha mesmo de o ir buscar. Felizmente nunca fui destrambelhado o suficiente para o levar perto sequer da latrina.

 

O edifício estava virado directamente para uma zona do povoamento repleta de pequenas cabanas, o que fazia com que qualquer pessoa pudesse ver quem entrava e saía da casa-de-banho. A meu ver um grande erro de planeamento urbanístico! Também interessante era a sofisticação do sistema de fecho da porta da latrina – um prego atado a um cordel que encaixava num pequeno buraco na parede.

 

Ora numa fatídica manhã dirigi-me à latrina acompanhado pela minha fiel lanterna visto o sol ainda não ter nascido. A razão para tão matutina incursão devia-se ao facto de quando começava a haver luminosidade era impossível usar os lavabos devido à quantidade industrial de moscas que eram atraídas pelo inconfundível cheiro a cocó.

Entro, fecho a porta com o sistema do cordel e do prego, baixo as calças e agacho-me entregando-me à tarefa de reflexão sobre o que teria de enfrentar naquele dia de trabalho. Foi então que do buraco surgiu tresmalhada uma mosca solitária que, sem pedir licença, fez um voo directo ao buraco do meu rabiosque.

Ao sentir tão inesperada presença num local tão sensível dei um grito, levantei-me num rompante, desequilibrei-me nas calças que me estavam pelos tornozelos, caí, bati contra a porta da latrina que para meu desespero tinha ficado mal fechada e se abriu de rompante, e ali fiquei eu estatelado no chão, de porta aberta, calças em baixo e à vista de todas as cabanas do povoado.

Felizmente todos ainda dormiam, senão a minha vergonha teria sido bastante maior. Levantei-me, voltei a entrar na latrina e fechei a porta convenientemente. Da mosca nem sinal. Nem uma bebida sequer me pagou!

 

Em primeiro lugar, muito obrigada pelo carinho, pelas tuas palavras, acredita que tens aqui uma amiga e todos os comentários trocados e o apoio que me transmitiste, nunca serão esquecidos.

 

Agora.. e passando à tua peripécia... O que eu me ri!! Não acredito que alguém fique indiferente à imagem que nos proporcionas bem no final.. Felizmente que todos se encontravam ainda em descanso, senão, tinha sido algo que ficaria na memória de muita gente..

 

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Admitam lá, receios com sanitas, quem não os tem?! (Embora não tenhamos tanta razão para tal como o Triptofano)

 

Ida ao supermercado

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Já não ia com a minha mãe ao supermercado há uns bons tempos.

 

Quando somos "adultos" e fazemos as nossas compras, temos algum cuidado com a despesa, com a própria alimentação em si... Mas quando vamos com os nossos pais, é o descalabro completo, sim, consegui verificar que ainda sou uma autêntica criança quando se trata de comprar coisas para a casa deles (que depois vão parar à minha como por artes mágicas, mas isso agora são coisas que não interessam nada), senão vejamos, comprei:

 

  • 2 gelados;
  • cereais com chocolate;
  • bolachas;
  • gomas;
  • queijinhos de todas as formas e feitios;
  • petit nesquik;
  • iogurte com smarties...

 

Sempre devidamente escondidos por baixo dos saquinhos de legumes! Estou a aproveitar os últimos momentos antes da bebé nascer para poder comer aquilo que quiser.

(Foi recomendação médica, comer açúcares e chocolate, por causa dos níveis de açúcar baixos e tensão baixinha, baixinha!)

 

Portanto, toca a aproveitar os últimos cartuchos porque depois deve regressar tudo ao normal e à alimentação cuidada.

 

 

E vocês, como é que escondem as guloseimas no carrinho de supermercado?

 

 

Os funcionários da minha junta

Uma das minhas atividades favoritas, agora que estou em casa, é apanhar o ar fresco da manhã à janela.. Finalmente compreendi toda a magia que as pessoas sentem ao contemplar a rua, ou pelo menos, eu sinto a magia de sentir fresquinho em alguma altura do dia.. (e a verdade é que ao observar o movimento, me sinto mais acompanhada, compreendo agora porque as pessoas de idade passam tanto tempo em frente à mesma).

 

Numa destas minhas incursões matinais observei 6 funcionários da junta de freguesia que se encontravam a distribuir os habituais boletins informativos. Pensei cá para comigo: "que boa ideia, escusam de gastar dinheiro no envio via CTT, e como são 6 fazem isto num instante".

 

Ora, só que estes 6 funcionários apenas tinham um envelope com um montinho de boletins, entraram os 6 para o prédio da frente, e eu ainda pensei que estivessem a fazer qualquer espécie de campanha a apelar ao voto na presente direção... Pois bem, enganei-me! Entraram para o hall do prédio, um deles distribuiu os boletins pelas caixas de correio e voltaram a sair..

Fizeram isto em todos os prédios, sendo que pelo caminho ainda pararam para trocar informações aos berros, pois os centímetros que os separavam faziam com que não se conseguissem ouvir uns aos outros, pararam para fumar os seus cigarros e ainda para colocarem música a tocar, que lhes devia conferir o ritmo para as restantes entregas..

 

E ainda dizem que não há bons empregos?! Que os há, há... resta-nos descobrir um para nós!

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One smile a day... com a Catarina

O One Smile a Day de hoje apresenta-nos a Catarina, autora do blog Idem, aspas.

Há cerca de um ano a Catarina foi mordida pelo bichinho da escrita e presenteou-nos com a criação do seu blog, um blog pessoal, em que nos descreve os seus "dramas quotidianos, entre o cómico-sarcástico e o à beira de um ataque de nervos". É no fundo um diário da era moderna em que regista os principais momentos que atravessa. É uma comunicadora nata, sempre com um sorriso para nos receber e com descrições que nos fazem não querer perder o próximo post. Não conhecem? O que esperam para o fazer?

 

Antes de mais quero agradecer à Chicana pela oportunidade de participar nesta rubrica que é das mais divertidas do sapo!
Como abrir o email do blogue não é algo que faça todos os dias, e não é raro ter emails para responder com semanas de atraso, desta vez acabei por ter pontaria e abri-o no dia certo! Quando li o email fiquei na dúvida de que história contar mas acabei por me decidir por este episódio da minha infância que acredito vos arranque umas gargalhadas!
 
Para isto se perceber melhor tenho de vos contextualizar; Cresci desde os seis meses só com a minha mãe, uma vez que os meus pais se divorciaram nessa época, de forma que o dia a dia era vivido entre as duas. A minha mãe é professora e desde sempre que enfrentámos problemas com os horários dela e os da minha escola de forma que tive algumas baby-sitters desde filhas de amigas, antigas alunas e ate a minha avó sempre que era preciso! 
 
Eu devia ter uns quatro anos quando um dia, não me lembro bem da razão, mas tinha que acompanhar a minha mãe à escola dela de manhã; Ela tinha serviço logo cedo, e não tinha com quem me deixar; Connosco ia uma das minhas baby-sitters, provavelmente a minha preferida, que tinha sido aluna da minha mãe e penso eu ia ver algum resultado de exame afixado e depois ficava comigo à espera da minha mãe enquanto ela acabava o que tinha a fazer.
 
Lembro-me que essa manhã foi um pouco atribulada e de repente estávamos tão atrasadas que a minha mãe, sem ter mãos a medir, disse-me para me vestir sozinha.
Durante os dias de escola eu andava de farda, nos restantes normalmente a minha mãe escolhia a minha roupa. Lembro-me de que muito feliz fui buscar um vestido azul escuro, com um folhareco nas mangas e bordados às cores no peitilho e na saia. Calcei-me, penteei-me e vaidosa como era aposto que ainda pus um gancho ou um laço no cabelo!
 
Saímos as três de casa apressadas, a minha mãe ligeiramente impressionada com o meu aspecto, e fomos para a paragem do autocarro. A minha mãe não conduzia e portanto a carris era o nosso principal meio de transporte.
 
Chegamos à paragem e como estava cheia de gente e não havia lugar para sentar eu pus-me de cócoras a fingir que estava sentada confortavelmente, algo que fazia muitas vezes…. Eis quando espreito para debaixo da saia e percebo que me tinha esquecido de uma parte importante da vestimenta….as cuecas!
 
Levantei-me de um salto puxei o braço da minha mãe e disse-lhe ao ouvido “Mãe…. esqueci-me das cuecas!”
A minha mãe deu uma gargalhada, a minha baby-sitter Paula deu outra e eu fiquei furiosa com a minha falha! 
 
Como estávamos atrasadas apanhámos o autocarro à mesma pois não havia tempo para voltar a casa. Ao chegar à escola na rua de baixo havia aqueles armazéns de roupa que existiam antigamente com jogos de lençóis e camisolas interiores etc.. e a minha mãe foi tratar de arranjar umas cuecas para a criança; Gostava de me lembrar da cara da senhora da loja ao perceber que eu ia vestir as cuecas naquele momento mas não me lembro! Tenho a vaga ideia de andar a ser puxada por um braço de loja em loja à procura da cueca salvadora enquanto a minha mãe se arrependia até à espinha ter-me confiado a tarefa de me vestir sozinha!
 
E pronto, foi isto, da parte de uma criança com uns quatro anos mais ou menos que se esqueceu da primeira camada de roupa mas estava muito bem arranjadinha à superfície!

 

Imagino o quanto ficaste atrapalhada, tanto tu, como a tua mãe, que deve ter ficado super vermelha quando se deparou com este pequeno grande problema para resolver. Mas tudo terminou em bem e com umas belas gargalhadas para a posterioridade...

 

Obrigada por esta partilha tão doce!

 

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