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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Viagens de carro

Eu sempre adorei fazer viagens de carro, para mim é algo libertador, sem preocupações, sem destino, andar por andar -  Um dia de exploração, de aventura, realmente faz maravilhas pela alma.

 

De há uns dias para cá a aventura é ainda maior: é sempre uma adrenalina, um perigo constante, momentos de suspense e terror, pois nunca sabemos quando é que eu irei proferir as assustadoras e temíveis palavras: "M, preciso de ir com urgência à casa de banho!".

 

A sério!? Será que este ser com 14 cm já me comprime tanto a bexiga? Como é que vai ser daqui a uns tempos? Vou deixar de poder usar a autoestrada? Vou ter de andar com um bacio atrás?

Só vos tenho a dizer que as minhas férias de verão serão no Algarve, daqui a uns meses, vou demorar quantas horas a chegar lá abaixo? Um dia inteiro?! Será que as áreas de serviço são suficientes? 

 

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Galerias Romanas de Lisboa

Consegui um dos dificílimos convites para se visitarem as Galerias, e valeu a pena! Era algo que vinha a despertar a minha curiosidade ao longo do tempo, nem que fosse pela entrada tão insólita, no meio da rua, mais propriamente, no meio da estrada, onde passam os carros.

Uma entrada similar a uma entrada de esgoto, com umas escadas íngremes e finíssimas.

 

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É incrível saber a quantidade de história mesmo por baixo dos nossos pés, é quase como se voltássemos atrás no tempo. As galerias só foram descobertas devido ao tremor de terra que abalou Lisboa e ajudou a compreender mais facilmente a vida do antigamente.

Esta construção, feita sobre terreno arenoso, era das mais resistentes e flexíveis que se pode pensar. Estava projetada de tal forma que se um dos arcos viessem abaixo, os restantes suportariam o peso da cidade que foi construída acima. Inacreditável.

 

Inacreditáveis são também as filas que existiam para visitar o local: filas de 6 e 7 horas em apenas 2 ou 3 dias - os dias em que as galerias não se encontram inundadas.

 

Houve tempo ainda para curiosidades e o guia contou-nos uma história muito engraçada: Os típicos portugueses destacavam-se bem nas filas: as filas eram longas e demoradas e estes partilhavam de tudo, desde comida, a números de telemóvel, amizades que se faziam para a vida...

No meio da fila estava também um casal alemão, mas que por limitações da língua, não interagia com os restantes, estava apenas na fila.

 

O tempo foi passando, e a fila foi andando, até que chegou a vez dos alemães visitarem as galerias. A senhora sempre muito preocupada, chegou ao interior das mesmas e começou a chorar compulsivamente. O guia pensou que se tratasse de um ataque de pânico, devido à claustrofobia ou algo similar e depressa correu para a senhora a perguntar o que se passava.. 

No meio de algumas palavras em inglês e alemão lá conseguiu perceber que o único objetivo da senhora, seria apanhar o eléctrico 28, que pára mesmo ao lado das Galerias.

 

Conclusão: perderam um dia de férias pensando que estavam na fila para o elétrico... Uma lição a retirar?! Não se coloquem na fila se não souberem para o que ela realmente é, faz parte do ser humano imitar os comportamentos dos outros, principalmente em filas e ajuntamentos, neste caso, resultou num desperdício de um dia....

 

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 Se tiverem oportunidade, visitem!

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