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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

A Manicure (Im)perfeita

Amanhã tenho um jantar de Natal da empresa, como tal decidi que era a altura ideal para dar um jeito ás unhas. Não queria nada de elaborado, escolhi uma cor quase neutra, um bege rosado, que dá um toque de elegância e um aspeto cuidado.

Acabo de pintar as mesmas, sem riscos, sem defeitos. Tocam à porta.

 

Lá vou eu em direção à mesma, a abanar as mãos, espreito pelo óculo e era a vizinha de cima.

“Vou fazer silêncio, pode ser que ela não perceba que eu estou em casa”

Toca novamente de forma insistente, lembro-me que tenho a tv com som, e que ela deve estar a ouvir.

Chic’ Ana: Sim?

Vizinha: Boa tarde, é a vizinha para assinar a ata!

Chic’ Ana: Pode ser mais tarde?

Vizinha: Eu espero um pouquinho, preciso mesmo da assinatura.

Chic’ Ana: É que agora não me dava mesmo jeito.

 

Como não saía da porta, lá tive de a abrir.. começo a rodar a chave com todo o cuidado possível e tumba, o primeiro risco nas unhas

“Calma, eu consigo, um risco é recuperável”.

Tenho mais umas quantas voltas à chave para dar… Mais dois riscos!!

Chic’ Ana: Ah… bolas! (As chaves batem na porta, não queria que estas riscassem a porta)

Chic’ Ana: Calma, calma, calma…. Porque é que insistes em bater em todo o lado? Comporta-te!!! Ahhhh tenho de retirar tudo e voltar a iniciar o processo!!

 

Finalmente consigo abrir a porta, já com as unhas danificadas e com um sorriso amarelo e..  não estava lá ninguém. Espreito para o andar de baixo, nada, para o de cima, nada. Dou uns quantos saltos no mesmo sitio, se tivesse a funcionalidade do fumo incorporada acho que tinha invadido o patamar com nevoeiro cerrado.

Subo as escadas até ao último andar, toco à porta da vizinha.

 

Chic’ Ana: Vinha então assinar a ata.

Vizinha: Bom, eu percebi que devia estar realmente ocupada, ouvi uns sons bastante estranhos.

Chic’ Ana: Sim, tinha acabado de pintar as unhas e estava com dificuldades a abrir a porta.

Vizinha (olha para as minhas unhas com uma expressão de terror): Ah, coitadinha, eu podia ter voltado mais tarde, podia ter dito que não lhe dava jeito porque tinha as unhas frescas.

Chic’ Ana: Deixe lá, já está, já está.

 

Parece que quando temos as unhas acabadas de pintar aparece tudo e mais alguma coisa, até as necessidades fisiológicas..

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