Daltonismo
A propósito do texto de ontem, sobre o M não encontrar o frasco azul, houve muitas questões sobre o daltonismo. Ele não é daltónico, contudo, tenho dois grandes amigos que o são, e nunca me tinha apercebido da situação até um determinado momento.
Um dia no regresso da faculdade a altas horas, dá-se o seguinte diálogo no carro:
MT: Podes dizer-me rapidamente a cor do sinal?
Chic’ Ana: Está amarelo.
MT: Mas é daqueles que muda de cor?
Chic’ Ana: Não, acho que tem apenas uma cor intermitente. Podes passar, com cuidado.
MT: As cores daquele sinal mais à frente estão pela ordem correta?
Chic’ Ana: Sim, mas o que é que se passa? Não estás a ver bem?
MT: Estou cansado, mas essencialmente não distingo o verde do vermelho, oriento-me sempre pela ordem das luzes, sei que a primeira é sempre para parar, e a última para avançar.
Chic’ Ana: O quê? Já nos conhecemos há 4 anos e nunca me disseste nada?!
MT: E não tinha dito, mas estou realmente cansado e hoje a condução não está a ser automática…
Escusado será dizer que passei o resto da viagem a gritar verde ou vermelho!
Quando acabei a faculdade, juntei alguns amigos para me assinarem as fitas. A dada altura, dois deles trocam as fitas para lerem as dedicatórias e um deles sai-se com a seguinte questão:
Z: Olha, enganaste-te, colocaste aqui que a Ana tem os olhos azuis.
Chic’ Ana: Então, está certo.. eu tenho os olhos azuis.
Z: Hummm, então não são verdes claros?
Chic’ Ana: Não…. Mas….
Z: Pois, eu confundo um pouco as cores e como eu tinha a percepção que os teus são mais claros, sempre os atribuí a verde.
E o que é isto do daltonismo? O daltonismo pode assumir também o nome de discromatopsia ou discromopsia. Consiste numa perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, sendo que as mais frequentes de se baralhar são mesmo o verde e o vermelho. Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos órgãos responsáveis pela visão, ou de lesão de origem neurológica.
Esta perturbação é mais comum de ser encontrada no sexo masculino, uma vez que o problema está geneticamente ligado ao cromossoma X. Como as mulheres têm dois cromossomas X, existe semrpe a possibilidade de um compensar o outro, o que explica a baixa incidência desse distúrbio entre as mulheres, contudo, também pode acontecer.
Querem saber se são daltónicos? Se conseguirem identificar todos os números na imagem abaixo, não são, se tiverem dificuldade em identificar todos ou algums, podem ter uma espécie de daltonismo.
Bem sei que o post é grandinho, mas têm o feriado também para o ler! Divirtam-se e até sexta =)