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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Mais um Até Breve!

Há aproximadamente um ano atrás, eu escrevia: 

"Quando criei este blog decidi que ele iria espelhar alguns dias da minha vida, algo que um dia pudesse compilar e resumir os seus marcos mais importantes. Um dia que a memória me falhe, vou poder reler peripécias que me farão sorrir, emocionar-me e sentir um friozinho interior, mas infelizmente a vida não é feita apenas de sorrisos.

 

Tudo na vida, um dia tem um fim, e por vezes esquecemo-nos desta vertente. Vivemos intensamente, distraídos desta realidade, que por vezes nos desperta para dias tristes. É difícil para nós aceitar, é difícil lidar com isso, mas é algo fundamental, é algo que é necessário para existir uma renovação. É um ciclo entre nascimento e morte. Hoje, partiu mais uma pessoa importante, o que me faz recordar que já não tenho mais avós, quer do lado da mãe, quer do lado do pai, ficam as boas recordações, os episódios que provocam sorrisos contagiantes, o seu constante apoio. É muito bom e gratificante ver como cresci com este privilégio que nem todos têm. Obrigada por estarem sempre disponíveis para mim, obrigada por me mimarem e protegerem, obrigada pelos gestos e palavras de carinho. Quero que saibam que fui uma criança muito mais feliz e que moldaram também a minha personalidade e carácter. O que sou hoje, também a vós vos devo. Não me despedi convenientemente, espero reencontrar-vos um dia…"

 

E hoje, ao reler este texto, vejo o quanto se enquadra neste momento. Partiu mais uma pessoa muito próxima e querida, uma pessoa que espelhava a personalidade do meu avô, o seu sorriso e acima de tudo o seu bom humor contagiante. Marcada por uma persistência sem igual, foi autónoma até ao último dia, nunca querendo dar trabalho ou incomodar ninguém.

Planeava as coisas com uma antecedência enorme: em Janeiro pedia a uma costureira para bordar uma toalha para me oferecer no Natal. Foi quem me ofereceu mais peças para formar o "enxoval" e que tanto jeito me dão agora.. Até na hora do adeus tinha tudo preparado: a sua malinha com a roupa favorita, onde nada faltava, o seu lugar já reservado e escolhido no cemitério..

Que grande Mulher, que orgulho é ter alguém assim nas minhas origens.

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Um dia haveremos de nos reencontrar, até lá, vivem sempre no meu coração, e isso não é morrer, é outra forma de viver!