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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

One Smile a Day com... a m-M

E a rubrica de hoje é com a m-M, autora do blog Os contos da menina Mulher. Neste blog podem encontrar de tudo um pouco, mas acima de tudo, um explorar da vertente pessoal da vida da autora. Deixo aqui uma citação que tão bem a caracteriza e que gosto muito: "Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto... Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final. Parágrafo!"
É uma pessoa extremamente acessível e simpática, sempre pronta a dar-nos uma palavra de carinho e incentivo. Já foram tantos os sorrisos trocados... Visitem que não se vão arrepender!
 
Admito que foi com muita surpresa e um sorriso de quasi-orgulho que recebi este convite da Chic'Ana!
Porquê? Porque esta rubrica e as histórias todas que fui lendo me fazem rir, tanto às vezes, que, é quase um legado desencantar uma história minha, para partilhar convosco.
 
Depois de muitas voltas à memória... lembrei-me de um episódio, bem antiguinho, que une facetas minhas que só podiam dar "asneira": m-M numa cidade nova, m-M deslumbrada, m-M a mais nova do grupo e o famoso mau sentido de orientação de m-M.
 
Ora, estávamos em 1997. Eu, a minha irmã, o meu (futuro) cunhado e uns amigos fomos com os nossos pais, passar um fim-de-semana a Sintra. Como pré-adolescente (e eles adolescentes) pseudo rebeldes, escapulimos-nos do grupo e resolvemos que fixe, fixe era fazermos uma visita secreta e aventureira à Quinta da Regaleira.
Entramos, aproveitando que à época era grátis, os 6, todos sorrisos e gargalhadas por sermos tão corajosos e fomos caminhando. Era uma tarde amena de Abril.
m-M deslumbrada entre o não conhecer o sítio, olhar para o chão para não cair, o não sujar as jardineiras novas.
A minha irmã e o meu cunhado interessados "um no outro". Os nossos amigos a tirarem tudo quanto é foto, para ficarmos com um rolo secreto dedicado só àquele passeio...
Ora, entre umas coisas e outras, o tempo foi passando. E perdemos as horas.
Quando demos conta, estávamos fechados lá dentro. Corremos até à casinha do caseiro e nada. Tocamos à campainha. Nada. E tudo isto foi na era pré-telemóveis.
Os amigos queriam ligar à polícia e fazerem-se de turistas perdidos. A minha irmã queria obrigar o caseiro a aparecer, com as chaves. Eu? Queria um buraco para me esconder... e, vá, confesso, que estava a gostar tanto daquilo que por mim, tinha ficado lá, até começar a sentir frio.
De repente o meu cunhado encontra a solução: saltar o muro lateral, que estava encoberto por árvores frondosas! E lá vão todos eles, esquecendo-se que eu tinha 12 anos e pouco mais de 1,30m.
Perto das 18h, 5 marmanjos e uma pré-adolescente saltam o muro que dava para... a rua principal que liga a Quinta ao centro da cidade! Lá se foram os nossos planos de passarmos despercebidos! O que para lá ia de turistas de máquina em punho a olhar embasbacados para nós, feitos delinquentes!
A parte boa de tudo isto? Conseguimos reunir-nos aos nossos pais sem eles sonharem o que se passou - até hoje pensam que nós só fomos ver a cidade por outras ruas... e eu não caí, nem sujei as jardineiras!
 
Que bela exploração andaram vocês a fazer, mas também, acho que qualquer um de nós tinha esse espírito de aventura.. do gosto pelo desconhecido! Acabou em beleza, a serem comparados a uns rebeldes com certeza!
 

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