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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

One smile a Day.. com a Fashion

A minha convidada desta semana é a Fashion, autora do blog Fashion in the Bag. Não posso dizer que o blog surgiu tendo por base acontecimentos positivos, antes pelo contrário. Surgiu como uma necessidade de preencher um espaço, um vazio que existia na vida da autora. Constituiu uma janela de oportunidade e também algum apoio e conforto numa fase menos boa, e que, felizmente tem vindo a progredir, por vezes mais lentamente do que se gostaria.

Convido-vos a espreitarem o blog vão gostar de certeza. Há uma partilha de pensamentos, de ideias e emoções de uma forma muito intensa, que dá gosto e prazer ler.

Ela cativou-me tanto pelo conteúdo como pela personalidade. Vamos então à história?

Na faculdade em que andei existiam três bares. Embora não gostasse muito de ir lá, havia sempre um dia, ou outro, que lá calhava acompanhar algum amigo mais próximo.

 

O bar onde fomos tinha uma porta de vidro e essa porta estava mesmo em frente às mesas onde todos se sentavam.

Era Inverno e escusado será dizer que as pessoas não tendo  mais sítios para ir, porque estava frio,enfiavam-se  no bar( naquele dia o espaço estava “a rebentar pelas costuras”).

 

Eu tinha calçado uma botas até ao joelho, com fecho e de saltos, que não sendo de agulha andavam lá muito próximo. 

Ia eu “toda na pose” para entrar no bar (devia pensar que era uma vedeta) e sinto o pé a ficar preso, o meu amigo que ia ao lado não se apercebeu e continuou a falar e a andar. Eu tentei andar mas não conseguia mesmo: a bota tinha ficado presa no tapete (o tapete era daqueles de ferro que têm ranhuras).  Comecei a  sentir o calor a subir-me às faces e disfarçadamente comecei a puxar a perna mas a bota não saía de forma nenhuma. Ainda assim tive um” rasgo de cabeça” e de ilusão para pensar o seguinte: - ninguém se apercebeu e vou fazer de conta que estou a procurar alguma coisa no chão, até ver como hei-de sair daqui. O plano  estava a correr bem até o meu amigo, que era “fino”, olhar para trás e perceber, imediatamente, o que se estava a passar. Não faz mais nada:  começa a contorcer-se, com riso, e vai desde o meio do bar até à porta a rir cada vez mais alto. Claro está que não houve ninguém que não olhasse (incluindo professores).

 

Com uma cara entre o riso e o sério pedi-lhe que me ajudasse, uma vez que não conseguia libertar o pé( eu tinha mesmo bloqueado e estava em pânico). O bom do rapaz lá conteve o riso: abriu o fecho da bota, puxou-me a perna para fora(ainda bem que não tinha a meia rota), levantou o tapete, de ferro, e  conseguiu soltar a dita cuja. Mal a retirou abanou-a, no ar, e ouviu-se uma gargalhada geral.  Passados uns segundos entregou-ma  e eu lá a calcei. Assim que me levantei pensei:- quem me dera ter uma tinta que me tornasse invisível.

 

Para disfarçar ” a coisa” comecei a rir-me, nervosamente, fui sentar-me e fiquei quietinha e vermelha que nem um pimento(dos picantes) durante muiiiiiiiiiiiiitooooooo tempo. 

 

Que me lembre andei uns bons meses até me recompor e entrar naquele bar, além disso, passei a olhar com  atenção  onde ponho os pés.

 

Imagino bem aquilo que passaste, mas, tal como diz a figura, mais vale repararem em ti do que te ignorarem por completo. Aposto que foi um episódio recordado imensas vezes.

sapato.jpg

Muito obrigada por esta bela partilha. Qualquer coisa que precises, sabes que podes contar comigo.