Um novo companheiro de corrida
Uma das raças de cães que eu mais gosto é o famoso “Salsicha” ou Dachshund. Adoro o animal por ser desproporcional, por ter aquelas patas minúsculas e um corpo esticadinho. Há quem diga que é dos cães mais perigosos do mundo, mas não deixa de me cativar.
Ora, ao final do dia por vezes costumo fazer um pouco de exercício, temos um grupinho simpático e de vez em quando vamos correr. No horário em que o fazemos há sempre um salsicha a passear no jardim, muito dócil e social: fica sempre parado a ver-nos passar e nos últimos dias, após passarmos, já vem a correr um pouquinho atrás de nós, porque o seu corpo não permite muito mais!
De dia para dia está a ganhar bastante confiança, tanta, que ontem decidiu juntar-se ao pelotão de corrida, mas juntou-se de uma forma não muito convencional, queria colar-se aos nossos pés e saltitar à nossa frente.
Nós, que íamos em passo de corrida, não esperávamos que o salsicha quisesse participar e toca de começarmos a tropeçar todos uns nos outros para não magoarmos o animal. Às tantas, o salsicha deve ter sentido medo e ao invés de sair daquela confusão, deita-se no chão, fecha os olhos e esconde a cabeça entre as patas! Se fosse uma avestruz, com certeza que a tinha enterrado!
Foi um momento profundamente hilariante, porque o cão ficou sem se mexer imenso tempo, até que o dono lá foi abaná-lo um bocadinho, olhou de um lado para o outro, viu que já não se encontrava em perigo e lá começou novamente a querer acompanhar o grupo. Cheira-me que vamos ter de enquadrar outro elemento na nossa corrida!