A Trilogia das Cadeiras - primeira parte
Hoje vou dar início a uma série de episódios caricatos que envolvem nada mais, nada menos, do que cadeiras. Pois é, um objeto tão simples e que tantos problemas originou.
Há uns tempos, queria apanhar uns bons banhos de sol e nada melhor que ir buscar a espreguiçadeira. Só tinha um problema: precisava de a abrir. Sempre tive um medo terrível que esta se fechasse enquanto eu estava lá deitada, mas nada me preparou para o que se segue.
Ok, abrir a cadeira, vamos lá: Coloco as minhas mãos nos braços da cadeira e puxo, conforme puxo, os pés da cadeira abrem, eu desequilibro-me, levo com um dos pés na minha perna e voilá, um arranhão enorme!
Esta estratégia não estava a funcionar, pois eu precisava de abrir os pés e os braços da cadeira ao mesmo tempo. Ora, como sou pequena, não estava a resultar.
Tenho então a brilhante ideia de me curvar e prender a parte central da cadeira com as costas. Não havia pior decisão possível: a cadeira fechou-se sobre a minha cabeça de tal forma, que fiquei entalada na cadeira e não me conseguia ver livre dela...
Estão a ver a imagem? Acho que consegui fazer muito pior.
Restou-me depois recorrer com todas as minhas forças a um chamamento universal e que costuma ser a solução para todos os males. Neste caso não foi a mãe, foi o pai! Achei que ele tinha bastante mais jeito para me livrar da cadeira assassina.
Do que não me livrei foi do gozo constante de que sou vítima há algum tempo.