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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

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“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

One Smile a Day.. às Fatias

E para terminar esta semana em beleza só podíamos desejar uma fatia de alegria, uma fatia de amor, uma fatia de traquinices aqui para o pedaço, e, quem melhor que a Fatia Mor para nos dar tudo isso? Pois é, a minha convidada desta semana é a autora do blog Vida às Fatias. E de facto, este blog tem um pouquinho de tudo, é portanto um belo "bolo" dotado de várias fatias (assuntos) sobre as quais podemos refletir por vezes, mas também podemos apreciar os desabafos e peripécias desta mulher, esposa e mãe de duas pequenas fatias que lhe colocam por vezes os nervos em franja.
 
Eu costumo dizer que quando Deus distribuiu a orientação espacial eu estava a dormir, de tão má que sou a orientar-me no espaço.
E isso ficou provado quando eu tinha 12 anos.
Os meus pais são divorciados e desde que me lembro, passava os Verões com o meu pai que tinha um gosto particular por acampar. Num dos anos em que nos dedicamos a essa actividade, da qual não guardo grande simpatia, fomos para o parque de campismo de S. Miguel, perto de Aljezur. 
Ora, quem conhece o espaço sabe que o parque não é muito grande e não é fácil perdermo-nos lá dentro. Ainda assim, eu consegui!
 
Normalmente, as tendas eram colocadas o mais próximo possível das estruturas do parque. Nesse ano estaríamos, talvez, a uns poucos metros da zona de refeições o que facilitava a autonomia das crianças. 
Acabámos de jantar, ainda era de dia, e fomos lavar a loiça. 
Deram-me um tabuleiro de copos de vidro que eu deveria levar, em equilíbrio, até à tenda do meu pai, para os guardar. 
Então, imaginem, aquilo seria sair da zona da lavagem, virar à esquerda, dar uns 20 passos e estava na tenda. 
E o que é que eu fiz?
Saí da zona da lavagem, virei à direita e dei 20 passos... em direcção ao desconhecido!
 
Comecei, então a vaguear pelo parque, enquanto anoitecia, com um tabuleiro de copos de vidro na mão, a tentar não os deixar cair e ao mesmo tempo, à procura das nossas tendas.
No processo, fui enfiando a cabeça dentro das tendas todas à procura de alguém que me pudesse ajudar com a tarefa de me levar de volta à minha tenda.
Devo ter andado perdida uma hora, porque deu para anoitecer por completo. A dada altura encontrei um simpático senhor que me disse que provavelmente estava perdida... até então, a hipótese que eu colocava é que eles me estivessem a pegar um peta e se tivessem todos escondido só para me assustar.
 
Foi aí que eu percebi que em vez de ter virado para o lado certo, tinha virado para o lado errado e estava a dar a volta ao parque. 
Bom o resto foi simples. Depois de ter palmilhado quase o parque por completo, fomos dar novamente à zona da lavagem de onde, voltados para o lado certo, permitia claramente ver onde ficava o meu poiso.
 
Já andava tudo louco à minha procura... E qual era a minha preocupação no meio disto tudo? É que já me doíam os braços de tanto andar com copos, em equilibrismo em cima de um tabuleiro. 
 
Chegaram todos intactos ao destino... uma hora e tal depois!
 
Hoje ainda nos rimos do dia em que eu desapareci com um bandeja de copos, a 20 passos da minha tenda!
 
Eu só imagino a hora de equilíbrio a passear uma bandeja de copos pelo parque inteiro! Admiro a tua paciência, persistência e trabalho que devem ter sido equivalentes aos da imagem abaixo..
 

savinho.jpg

 

Para a semana, feriado, a rubrica estará de férias. Contudo, dia 1 de Abril estará de volta!