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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Uma viagem a não perder!

Apesar do mau tempo que se fez sentir no sábado, este fim de semana foi para mim inesquecível (amanhã farei um post com o destino, e para mim, os locais a não perder).

 

Saímos de Lisboa em direção ao Norte pela manhã, cedinho, fomos abastecer o depósito sob uma chuva intensa, estávamos a adivinhar uma viagem daquelas perigosas, mas nada nos preparou para o que se seguiu.

 

Íamos em plena A1 e eu só dizia: "Não acredito que vai nevar e nós vamos para longe da neve!". À saída de Lisboa começou a chover torrencialmente, depois fez sol, à passagem por Alverca começa a chover torrencialmente, seguido de um granizo, de tal forma que os carros travaram a fundo, o piso ficou coberto de gelo e na faixa de rodagem contrária, houve um carro que literalmente voou para cima do separador central, para mim, foi um alívio quando vi o senhor a sair intacto do interior da viatura. Andámos uns metros e só víamos carros acidentados..

Após 1 ou 2 km's o sol voltou em grande força e parecia que nem sequer tinha chovido naquela zona. Esta diferença foi realmente incrível pois parecia uma realidade paralela.

A viagem continuou e junto à Serra de Aire e Candeeiros, começou novamente a chover, seguido de um granizo que se foi transformando em... NEVE!!! ESTAVA A NEVAR EM PLENA A1...

 

Nisto, o M começa a sentir o carro a fugir, estava a ser difícil de controlar. Teve ali uns segundos de tensão, até que olha para mim para me tentar acalmar, tranquilizar pois já tinha o carro controlado, quando se depara com a Ana, de janela completamente aberta, eufórica, a gesticular e a olhar maravilhada para a neve que cai no exterior e a tentar tirar fotos à mesma. Conclusão, fui eu que provoquei aquela instabilidade, pois vi neve e fiquei de tal forma maluquinha, que apenas a queria agarrar e nem me lembrei de mais nada! Felizmente que correu tudo bem.

 

Ao contar este episódio posteriormente, os meus pais ficaram alarmados, pois podia ter provocado um acidente, enquanto que a pergunta da minha irmã foi: "Então mas afinal tiraste uma boa foto ou não?". Só por aqui vê-se logo que somos irmãs!

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Já sabem, não abram a janela sem antes avisar o condutor, principalmente quando vão na auto-estrada e as condições não são as melhores...

One smile a Day.. com a Psicogata

Depois do tema de ontem, um pouco mais sensível, nada melhor que terminar a semana com um belo sorriso.

 

A minha convidada desta semana é uma das línguas mais afiadas da blogoesfera: a Psicogata, autora do blog Língua Afiada. Está sempre muito bem acompanhada tanto na vida real, como aqui pelo Sapo, o que não é de admirar, dado o acolhimento e simpatia sempre presentes. Caracteriza-se como uma pessoa que adora felinos e psicologia e daí surgiu o upgrade de Língua Afiada para Psicogata (ou psicopata, como amorosamente é conhecida, mas todos o somos um pouco, certo?). O seu blog explora o dia a dia, os temas que mais a marcam e peripécias que acontecem, por vezes bastante engraçadas. Não deixem de a visitar.

 

E sem mais demoras... 

Tinha saído do trabalho e era já de noite, atravessava a rua Santa Catarina que é das ruas mais movimentadas do Porto, ia distraída com os meus pensamentos e ao virar para uma rua transversal ouço:

Pipipi, pipipi, parou, parou!

Eu instintivamente parei sem perceber o que se estava a passar.

Quando olho para ver quem me tinha mandado parar, estavam 3 trabalhadores da Câmara encostados na esquina perdidos de riso e um deles diz.

- Tem de parar menina, não pode passar.

- Eu fiquei primeiro com cara de parva por ter caído na brincadeira e depois acabei por dar uma valente gargalhada.

Ele fez um gesto de cedência de passagem e os 3 desejaram-me uma boa noite.

Entretanto algumas pessoas tinham-se apercebido da situação e estavam mesmo paradas a rirem-se com a situação.

Eu desejei boa noite e segui a rir-me como uma tolinha.

Sou tão distraída que só me apercebi que era um piropo depois de parar e olhar para a cara dos senhores, pensei genuinamente que me estavam a mandar parar por algum motivo importante.

Só depois associei ao programa de televisão Maré Alta, eles ficaram a rir-se muito porque efetivamente tinham conseguido parar-me e eu pensei que tinha realmente de andar com mais atenção na rua, se a intenção fosse assaltar-me eu tinha parado para lhes facilitar a vida.

Se fosse um assalto tinhas sido parada da forma mais original que eu já vi... "Pipipi, parou que aqui o ladrão já a assaltou!".

Deixa lá, não és a única distraída e sempre proporcionaste umas boas gargalhadas aos que te rodeavam e observavam a cena!

 

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Para a semana haverá mais um convidado, têm sugestões de quem possa ser, ou sugestões para futuros convites?

Arrendar um apartamento não é fácil

Ontem estava eu muito sossegadinha na minha vida, quando me telefona um amigo meu a dizer que tinha encontrado a casa dos seus sonhos, mas necessitava de um fiador para alugar a casa. A conversa desenrolou-se e fiquei a perceber que, segundo ele, agora é necessário:

  • Identificação - o que eu considero normal.
  • Último recibo de  IRS e nota de liquidação - com o objectivo de perceber se o futuro inquilino tem mesmo capacidade para pagar a renda. Para mim já é uma informação demasiado pessoal, compreendo em caso de crédito, que têm de investigar quase a totalidade dos nossos rendimentos versus despesas, mas em aluguer já torço um pouco o nariz.

 

E a partir daqui é que começam as minhas dúvidas e o meu queixo a descair um pouco:

  • 3 últimos recibos de vencimento;
  • Declaração da entidade patronal;
  • 3 últimos extractos bancários (para verificar o saldo médio);
  • Fiador;
  • Mês ou Meses de caução.

Mas agora alugar casa é mais difícil do que contrair um empréstimo bancário?

Estamos a falar de uma autêntica invasão de privacidade. Então tendo 1 ou mais meses de caução, o proprietário não se encontra salvaguardado quanto aos possíveis incumprimentos?

E quem não conseguir um fiador? Não é assim tão fácil nos dias de hoje e nem toda a gente tem o perfil necessário para o ser..

 

Há aqui alguma coisa que me está a escapar, certo? Quem faz a gentileza de me tentar explicar?

 

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As peripécias do Futebol

E continuando o tema do post de ontem, e no rescaldo de grandes jogos europeus, vamos passar para o outro lado da segunda circular! Desta vez, fui eu e a minha irmã ao Estádio de Alvalade, não tinha a companhia do meu pai, então recrutei a K.

 

O jogo estava animado, era daqueles jogos muito familiares, em que o ambiente era impressionante: cantávamos e batíamos palmas, fazíamos a onda, etc.

 

A dada altura e numa jogada de contra-ataque em que as pessoas estavam a ficar ao rubro..

K: Olha depressa, depressa.

Chic' Ana: (E eu olho atentamente para o campo, a pensar que realmente ela estava a ficar interessada, porque tinha sido uma grande jogada) Tens razão, excelente!

K: São, não são? Tão giros.. quero uns assim!

Chic' Ana: Uns quê?

K: Então, não viste? Eu chamei-te.. 

Chic' Ana: Eu estou a olhar, mas não vejo o que podes querer.

K: Ana, tu estás a olhar para o campo, eu indiquei-te os ténis daquela rapariga!

Chic' Ana

 

Passado uns bons minutos, em que ela parecia que tinha bichos carpinteiros, chama-me novamente:

K: Olha aquela confusão que se está a formar.

Chic' Ana: São só dois a discutir, é normal.

K: Mas assim? Eles estão quase a saltar um para cima do outro!

Chic' Ana: Que exagero, já estão separados, estas coisas acontecem!

K: Separados? Teve de lá ir a polícia e tudo!

Chic' Ana: Mas onde estás tu a ver isso?

K: Aqui mesmo, três filas acima de nós...

Chic' Ana

 

Cheguei rapidamente à conclusão que a minha irmã é uma espectadora atenta, não DE bancada, mas DA bancada!

Portanto, a última vez que ela me chamou, eu comecei logo a olhar em redor tipo cata-vento.

K: Está quase, quase....

Chic' Ana: O quê?

K: Golo, foi golo.. Estavas distraída com o quê?

Nisto levanta-se a multidão a comemorar e a Ana sentada que não viu o golo! 

 

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O Estádio da Luz e a Cobertura

Ontem à noite, estava a ver o jogo do Sporting, quando me lembrei de uma ida ao Estádio da Luz aqui há uns anos.

 

Tinham oferecido 4 bilhetes ao meu pai e eu convenci a minha mãe e irmã a irem connosco. Tivemos de nos dividir, pois os bilhetes eram dois a dois. Eu fiquei com a minha mãe e o meu pai estava mais acima com a minha irmã.

 

Tínhamos acabado de nos sentar na bancada, quando a minha mãe começa muito agitada, parecia que a cadeira tinha espinhos. Mexia-se para um lado, mexia-se para o outro. Olhava para trás, dizia-lhes adeus e continuava naquele mexe mexe. O jogo começa, e ela sem ligar nenhuma ao que se passava no relvado. Às tantas, começa a abanar-se com as mãos, a dizer que estava cheia de calor. O que era normal se estivéssemos no verão, mas não, estávamos em Março, à noite, e portanto, estava bastante fresquinho.

 

Chic' Ana: Mas o que é que tu tanto saltas na cadeira e te abanas que não me deixas ver o jogo há uns bons minutos? (pois, porque o espectáculo ao lado era tal que nem eu me conseguia concentrar)

Mãe: Vocês trouxeram-me para aqui, já sabiam que eu não suporto estes sítios! Eu avisei-vos!

Chic' Ana: Então era para aproveitarmos e estarmos todos juntos, mas tem a ver com a quantidade de pessoas, queres ir mais para cima? O jogo é calmo, há bastantes lugares livres.

Mãe: Não, eu não suporto é sítios fechados!!

Chic' Ana: Fechados?! Mas estás com afrontamentos?

Mãe: Não sei porque não tiraram aquela lona preta do estádio, porque é que têm aquilo fechado?! Nem sequer está a chover! Não precisavam da cobertura...

Chic' Ana: Mas onde é que está a lona? O estádio é aberto... Aquilo é a noite... ora vê lá bem.

Mãe: (a olhar intensamente) Ah, já estou muito melhor, pensei que fosse fechado. Já está tudo bem!

 

Depois deste esclarecimento ficou tudo bem mais calmo e conseguimos ver o jogo! Mas realmente o psicológico é tramado. O simples facto de pensar que o estádio era fechado estava a causar-lhe uma sensação de claustrofobia que toda ela transpirava!

 

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A ascensão dos blogs

A semana passada estava a ler o jornal "Metro", quando me deparei com um artigo particularmente interessante sobre blogues. Vou deixar-vos aqui alguns dos tópicos que mais me chamaram a atenção:

 

  • Não é que 72% dos inquiridos afirmam utilizar os blogues de moda como fonte de informação privilegiada? E pelos vistos, não são apenas os de moda, mas também de viagens, de lazer e até mesmo os pessoais. As pessoas estão a valorizar cada vez mais esta plataforma como meio de informação e também de inspiração.

 

  • 3 em 4 destes leitores, admitem sentir-se mais influenciados pelos posts e comentários partilhados pelos bloggers do que por ações de publicidade, como por exemplo os banners (que são bem caros!).

 

  • 84% dos leitores depositam mais confiança nos blogues que são detidos por consumidores do que os que são desenvolvidos pelas próprias marcas, o que é natural, uma vez que as marcas tendem a comunicar apenas os pontos vantajosos, enquanto que um bloguer avalia o produto como um só, constituído por pontos positivos e negativos. São por isso considerados influenciadores natos no que toca a comprar.

 

Eu admito que realmente sigo esta tendência. Quando necessito de algum produto, a minha primeira reação é questionar as pessoas sobre o que elas utilizam e a sua experiência. Afinal não é uma publicidade bonita que nos faz comprar, mas sim o "palavra passa palavra".

 

Marcas, não se deixem enganar, anunciar nos blogues é o que está a dar!!

O meu e-mail é chicana@sapo.pt e tenho a certeza que conseguimos chegar a um belíssimo entendimento.

Agradava-me imenso viagens, roupas, produtos de cosmética e docinhos, docinhos é muito importante! 

Sapinho esta mensagem também é para ti - Será apenas internet ou comunicação no geral? O SAPO Voucher está em todo o lado, com um serviço excecional!

Também não díria que não a uma parceria com a GALP Energia, que podia patrocinar a rubrica "um sorriso por dia"! (até rima)

 

Como vêm imaginação não me falta!

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E vocês quais os canais de publicidade que mais privilegiam?

 

Nota: Estes valores foram retirados de um estudo realizado pelo IPAM - The Marketing School.

Um sonho, quem não o tem?

A semana passada tive um convite da Vitória (podem ler uma das suas peripécias aqui para a ficarem a conhecer um pouquinho melhor) que muito me alegrou - o convite era bastante simples, mas revelou-se muito complexo, pois tinha de partilhar uma história. Uma história real ou não, um pensamento ou um conto, a palavra de ordem era a partilha!

 

E lá fui eu para casa quando saí do trabalho a pensar no convite, e no tema sobre o qual deveria escrever, ia tão absorta nos meus pensamentos, que saí na estação errada. Confesso que por mais voltas que desse não me vinha nada à mente: Histórias cómicas, já eu tenho bastante e partilho-as a um ritmo quase diário. Histórias tristes, infelizmente é suficiente abrirmos um jornal, ligar a televisão para sermos logo bombardeados com estas questões. Então o que haveria de ser? Páscoa. Não sei, não tenho nada de relevante a acrescentar!

 

Até que se fez luz, porque não falar sobre um sonho? Um sonho real, um sonho que espero que se concretize um dia.. Um sonho meu…

 

Convido-vos a ler o inicio deste sonho aqui, neste cantinho maravilhoso de histórias, que espero que se torne real!

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Obrigada Vitória por esta bela oportunidade, é um privilégio para mim abrir esta tua nova rubrica!

Este post foi agendado.

One smile a Day.. com a Vânia

E para terminar a semana em beleza temos mais um episódio verdadeiramente hilariante.

A minha convidada desta semana é a Vânia, autora dos blogs "I'm worse at what I do best" e Cozinhar da Alma.. Para a Alma. A Vânia, de signo peixes, é uma pessoa extremamente sociável, com o qual tenho o prazer de ter longas conversas. Descobrimos, quase acidentalmente, que temos imensas características e gostos em comum, e desde esse instante que a nossa amizade vai crescendo. Considera-se uma pessoa muito sensível, eu diria antes que é muito humana, simpática e com um dom: o de conseguir que nos sintamos muito bem vindos nos seus cantinhos. Um deles, em que explora o seu dia a dia, em que partilha pensamentos e emoções, o outro, em que nos presenteia com muitas iguarias. Visitem, tenho a certeza que vão gostar!

E sem mais demoras...

 

A minha querida Chic’Ana desafiou-me a contar uma das minhas peripécias…Honestamente, não sabia para que lado me virar pois sou daquelas desbocadas que conto tudo mal possa e já lhe contei umas quantas. Como estou com saudades da praia vou contar-vos uma das minhas aventuras de Verão.

 

(Neste meu episódio não sou a única protagonista… )

Cenário: Praia da Vieira, Verão, Vânia solteira, 17 ou 18 aninhos (aproximadamente).

 

Ao fazer o meu passeio pela areia, tal como gosto sempre de fazer quando vou à praia, avistei um rapaz de calções vermelhos, muiiiito moreno e extremamente giro – o nadador salvador! Nunca fui de me exibir nem nunca fui descarada (muito pelo contrário!) mas estava num local onde ninguém me conhecia, na altura estava sozinha e o rapaz era bastante giro (mas meeeesmo giro!). Isto entrou numa “onda” de flirts (coisa nada da minha pessoa!)… Ele olhava para mim e sorria, eu olhava para ele e sorria. Com o calor, e na esperança que o rapaz lá notasse mais em mim, fui à água (achei que era isto que as meninas faziam para tentarem ser sexys!). Ora, com esta “onda” de flirts, veio uma onda daquelas verdadeiras e mandei um tralho daqueles em que fui arrastada pela água a rebolar que mais parecia um croquete a ser frito. Com medo que o rapaz pensasse “Olha-me esta agora finge que se afoga para a salvar, que cliché!”, levantei-me apressadamente e muito zonza, parecendo uma girafa acabada de nascer e fui para a areia. Quando olho para ele, o rapaz ria imenso. Fiquei magoada! A sério que fiquei… Achei que este “jogo” de flirts já tinha dado o que tinha a dar e desisti. Nisto, vai ele à água. Passa por mim, olha, sorri e vai molhar-se. Vem mais uma onda… e só vejo um rabo branco e nada de calções! E pronto, desta vez fui eu quem riu.

 

Foi um engate demorado mas muito eficaz, digamos! haha

Nem imaginas o que eu me fartei de rir ao imaginar pormenorizadamente este episódio. Não o posso interpretar sequer, pois está tudo tão claro como a água que vos derrubou aos dois!

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O mistério do Hospital (resolução) - Segunda Parte

Tenho a dizer-vos que nunca esperei uma reação como a de ontem! Deixei-vos mesmo curiosos. Aqui está então a solução deste mistério!

 

Aqui há uns anos, estava eu em plena época de exames de secundário, (os exames faziam-se a todas as disciplinas e somente no 12º ano) quando os meus pais decidem fazer umas obras para colocar ar condicionado em casa.

 

Tinham arranjado a altura ideal e antes do verão: como estavam ambos a trabalhar, ficava lá a Ana a supervisionar as obras durante o dia, pois estava em época de estudos e não saía para lado nenhum. A obra ia decorrendo na sua normalidade - paredes e tectos partidos para esconder as tubagens, tintas para aqui, teto falso para ali. Era sempre um cheiro insuportável e eu mantinha-me na cozinha o dia todo a estudar na mesa. Afinal era a única divisão que não era alvo de intervenção. Bom, a cozinha e as casas de banho, mas não ia estudar para um espaço tão diminuto.

 

O corredor em casa era o caos, parecia uma pista de obstáculos para chegar ao quarto. Como o que estava menos mau era o da minha irmã dormi lá duas noites. Na segunda noite, estávamos numa brincadeira pegada (isto de estar quieta o dia todo é muito complicado, aliado ao stress de ter um exame no dia seguinte) – eram risos, era guerra de almofadas, havia de tudo um pouco… até que acalmámos e dedicámos-nos ao embelezamento para descontrair e relaxar.

 

A minha irmã tinha uma embalagem de creme de quilo novinha, e estava a transportar de um lado para o outro, quando a deixou cair.. e tinha de cair onde, perguntam vocês? Mesmo em cima do pé da Ana. Como eu tenho pés de princesa (pequenos e fininhos) que não estão habituados a este tipo de tratamento, lá começo eu aos saltos como um canguru pelo quarto – é que nem pela casa podia saltitar pois estava interdita – coloquei gelo e nem assim o inchaço diminuiu.

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Fui de imediato para o hospital.. e o resto da história vocês já conhecem!

 

O porquê de não me tratarem do pé? Detectaram que eu estava com uma baixa percentagem de oxigénio no sangue. O que é facilmente explicado, pois como tenho imensas alergias, aliado à asma, fiz uma reação de tal forma ao cheiro da tinta e das poeiras que a minha sorte no meio do azar, foi mesmo ter levado com a embalagem de quilo no pé! Quando os níveis já estavam regularizados, aí sim, trataram do meu pezinho! Muito obrigado a toda a equipa que tão bem me recebeu!

 

Conclusão: Não façam como eu que cheguei ao hospital e quando me perguntaram o que tinha acontecido, tive de dizer a verdade e saíram umas quantas gargalhadas! Afinal ninguém se lesiona com creme!!!

O mistério do Hospital - Primeira Parte

Chovia.. Era uma noite de Maio, fria, não se via praticamente ninguém na rua..

Olhámos para o relógio do carro, marcava as 23h20, mas o tempo parecia que tinha parado. Íamos eu e o meu pai para o hospital, infelizmente eu tinha tido um pequeno incidente com o pé, e apesar de ter um exame de psicologia no dia seguinte, não conseguia aguentar as dores.

De manhã teria de ir para o exame mesmo sem ter descansado convenientemente.

 

Cheguei à triagem e a enfermeira perguntou-me logo se eu conseguia andar bem. Eu respondi que podia andar ao pé coxinho se as distâncias a percorrer não fossem muito longas. Ela começou a fazer o diagnóstico, inclusivamente auscultou-me, mediu-me os índices de oxigénio e deu-me pulseira laranja. Eu que estava á espera de uma pulseira amarela no máximo, fiquei toda contente por um lado, pois significava que a espera seria menos longa. Mandou-me entrar de imediato. Veio um enfermeiro com uma cadeira de rodas e levou-me para uma sala, à saída acenei ao meu pai e disse que ia fazer os exames, não seria necessário acompanhar-me, tinha o telemóvel e dizia-lhe algo quando estivesse tudo despachado.

 

Levou-me para uma sala de aerossóis, puseram-me a soro num dos braços, no outro tiraram-me sangue e com outra agulha, que me espetaram em cima do dedo grande da mão, mediam os índices de oxigénio. Para além disso ainda me puseram uma máscara, mas ninguém ligava nenhuma ao meu pé, achei aquilo tão estranho que enviei mensagem ao meu pai.

 

Quando ele chegou apanhou um susto tremendo.

Pai: Ana, mas o que é que se passa? (a ficar branco)

Chic' Ana: Pois, não sei, deixaram-me aqui assim. E disseram que eram instruções do médico e que já vinham ver os resultados.

Pai: Mas já te viram o pé? Porque é que estás de máscara, a soro, e tens os braços todos furados??

Chic' Ana: Não, ninguém me viu o pé, dizem que vêem daqui a 30minutos ver como estou.. Fiz análises, levaram sangue em dois tubinhos, não faço ideia.

 

E agora, lanço-vos um desafio: mas o que se passou? Porque é que ninguém ligava ao meu pé? Afinal foi do que eu me queixei e o motivo para ter ido ao hospital..

 

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