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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

One smile a Day.. com o Hélder

Estão preparados para o terceiro episódio desta rubrica? Vamos lá!

 

O meu convidado desta semana é o Hélder, autor do blog Pensamentos & Palavras. Já nem sei como nos conhecemos, mas sei sim que é uma simpatia. Tal como o título do blog indica, apresenta-nos os seus pensamentos sem qualquer filtro, as suas emoções, os seus problemas do dia a dia. Arrisco-me a dizer que é um blog pessoal no qual partilha as suas vivências, os seus sonhos. O sonho tem como base a imaginação, e esta pode ser desenvolvida e aprimorada através dos livros, sendo assim, também nos indica as suas preferências neste campo. Não deixem de visitar e conhecer um novo blog.

 

E sem mais demoras...

Tenho uma sobrinha muito linda que se chama Leonor, com apenas 2 anos. Gosto muito de brincar com ela e, acreditem, que quando brincamos, consigo ser pior que ela! Diria mesmo que a criança sou eu. Certo dia, a Leonor estava doente e, então, fui brincar com ela aos médicos. Eu era o doente, a Leonor a médica.

Para cuidar de mim, a Leonor deu-me o termómetro para medir a febre, como já nos viu a fazer com ela. Não quis estar a colocar o termómetro debaixo do braço, como se faz realmente, e então coloquei-o na boca como já vi em alguns filmes.

A minha mãe quando se apercebeu daquilo que eu estava a fazer simplesmente disse "tu estás com o termómetro da menina na boca?! Nós metemo-lo no rabo da menina ainda à pouco para lhe ver a febre!"

Eu tirei-o rapidamente e fui lavar a boca. A minha mãe chorou de tanto rir!

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Oh Hélder, o que eu me fartei de rir com o teu episódio, imagino que tenhas ficado como o Garfield, com um "não acredito no que acabou de acontecer". Muito bom, obrigada por partilhares esta história tão engraçada connosco.

 

O próximo capítulo já está a ser cozinhado. Adivinham quem será a próxima vítima?

Homem ou Mulher

É assim que este post começa...

 

 

E eu só tenho a dizer que neste momento as palavras custam a escrever...

Neste momento não sei bem o que sentir ou fazer...

Neste momento já nada me parece claro e revelador...

Neste momento de tantas reticências, que se está a tornar perturbador...

 

 

Mas o que se passou afinal, não estás com o humor habitual?

Que se passou para estares assim? Conta-me depressa nem que seja só a mim.

 

Pois bem, se você pedem, eu conto!

 

Hoje de manhã chego à empresa sorridente e bem disposta. Ligo o portátil e começo a pensar no que vou escrever. Ok, foi fácil, já tinha a história pronta para contar. Para otimizar o tempo, em que o computador liga, sincroniza, etc, decidi ir à casa de banho.

Vou pelo corredor fora e mesmo atrás de mim, pelo canto do olho, consigo ver que vem alguém em passo acelerado e a fazer o típico barulho de saltos altos. Como foi um simples vislumbre, apenas percebi que envergava calças de ganga e um lustroso e longo cabelo louro.

Chegada á casa de banho, e como esta tem uma disposição estranha - quem abre a porta fica numa espécie de buraco, encurralada, portanto, a pessoa que vem atrás entra primeiro. Fiquei á espera que a pessoa passasse, mas não se mexia.

 

Chic' Ana: Pode passar que eu vou a seguir.

Pessoa: Não, não, deixe estar, obrigada.

Chic' Ana: Não tem problema, a casa de banho tem várias divisórias, não vou ter de esperar!

Pessoa: Não é uma questão de tempo, é mais uma questão de género (E aponta para a casa de banho dos homens, que estava também tapada pela porta aberta da casa de banho feminina)

Chic' Ana: (super vermelha) ah, desculpe, não estava a ver bem!

 

É verdade, eu confundi um homem com uma mulher, e ainda por cima queria que o pobre coitado entrasse à força na casa de banho errada! Não consegui chegar lá pela postura, pela voz, nem sequer depois de levantar o olhar e de olhar para ele como deve ser... Será que estou pitosga?? Cansada?? Será da idade??

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O peixe e eu

Pois é, após os últimos episódios com peixes, seguida da visita ao Oceanário que terminou com um belo banho de água fria, eis que... Os peixes continuam a perturbar-me: O meu apetite fica incontrolável quando como peixe! Há alguém que me saiba explicar este fenómeno?

 

Ontem, após o almoço, tive de comer umas bolachinhas, porque estava cheia de fome, o que geralmente acontece quando como peixe. Comi apenas duas, consegui controlar-me e mentalizar-me que dali a uma hora estava em casa, o tempo ia passando e eu a pensar em comida: O que fazer para o jantar? O que será que a minha mãe tem na despensa para o lanche? O que será o almoço amanhã? E o pequeno-almoço? Comida para aqui, comida para ali.

 

Cheguei finalmente a casa da minha mãe e fui lanchar umas torradinhas, não ficando completamente saciada, passei para os cereais que a minha irmã lá tinha... e .. foi basicamente o que se vê na imagem.

 

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 (Controla-te Ana, só mais um e já arrumo, ora, não pode ficar ali aquele tão fofinho a olhar para mim, oh, agora está quase a acabar, não vale a pena guardarmos restinhos)

 

Moral da história: levei um grande raspanete por ter terminado os cereais, mas pelo menos fiquei com a minha barriguinha bem composta!

 

Acontece-me isto sempre que como peixe. Há mais alguém por esse lado que sofra do mesmo mal que eu?

Quantas vezes podemos ficar gelados?

Depois de uma visita ao Oceanário, e aproveitando o bom tempo de domingo, era a altura ideal para pulverizar as árvores. E, pela chuvada que caiu ontem, foi o dia certo para o fazer.

 

Aproveitei que a minha irmã estava disponível e lá vamos nós terreno abaixo, de galochas, impermeáveis, munidas com o pulverizador de 20L, que pesa toneladas nas costas, e íamos trocando à medida que ficávamos cansadas. Os impermeáveis são utilizados não pela chuva que poderia cair, mas sim por causa do vento. O líquido que sai do pulverizador também nos rega a nós (daí não termos fungos ou insetos).

Tínhamos uma tarefa difícil, pois como tem chovido, o terreno tem ficado muito escorregadio, principalmente nas encostas. Felizmente conseguimos concluir a tarefa com sucesso! Nenhuma caiu, fizemos slide por várias vezes, mas continuámos em pé..

 

Finalmente era tempo de lavar as galochas, e nada melhor que a mangueira, pois conseguíamos lavar á distância sem nos molharmos. A K descalçou-se e começou a lavar as delas, até que me pediu para eu ir levantando os pés que ela lavava logo as minhas por baixo. Assim foi, estava tudo a correr normalmente quando a dada altura:

Mãe: K, podes chegar aqui?

K: Agora não, estou a lavar as galochas da Ana. E sou mesmo boa nisto, sai tudo na perfeição!

Mãe: Mas.....

Nisto, vira-se para trás, e o meu rabiosque ligeiramente empinado, descobriu que um simples movimento de cabeça, faz também o braço rodar na mesma direção e pumba, toca de me regar o rabiosque!

Fiquei completamente molhada, enregelada, porque a água estava acumulada na mangueira e não estava a temperaturas muito apelativas nesta altura do ano. Protestei imenso, mas como tinha de ir a correr para a banheira retirar os produtos, pronto, não foi assim tão mau...

 

Já na banheira, a ficar finalmente quentinha... 

 

cathy.JPGChic' Ana: Ahhhh....Alguém pode ver o que se passa com o gás?? (eu gelada a desesperar cheia de champô na cabeça)

K: Vão trocar a bilha! Mais 1 min e já podes ligar!

Uns espirros depois, finalmente a água estava quente.. Tiro o champô, coloco o amaciador e..

Chic' Ana: Outra vez? Mas estão a brincar comigo?

K: A segunda bilha também já não tinha quase nada, pensávamos que dava para acabares o banho. Vão trocar para a boa agora..

 

Portanto, num curto espaço de tempo, consegui ficar gelada por 3 vezes..

 

 

Há quem diga que faz bem à pele, certo? Pois esta semana devo parecer uma criança de 7 anos!

 

O Oceanário de Lisboa

Depois de uma semana dedicada ao pesadelo dos peixes, onde é que eu poderia ir no fim de semana? Ao Oceanário pois claro!

O Oceanário de Lisboa foi considerado o melhor oceanário do mundo. Não podem deixar de o visitar. A grande atração deste local é o aquário central, que conta com 5 milhões de litros de água salgada, e que apesar de se encontrar dividido em quatro habitats marinhos, cria a ilusão de que estamos perante uma única divisão com variadíssimas espécies.

A visita divide-se em dois níveis: o terrestre e o subaquático, recriando ambientes tropicais, águas temperadas e frias.

 

O que podem encontrar a cada passo?

Aves - Como a andorinha do mar, o papagaio do mar, os famosos pinguins. Se conseguirem agendar a visita por forma a ver a alimentação, é mais um ponto alto de que vão gostar. Muito do meu tempo foi passado a observar os pinguins. Estávamos no período da alimentação, o tratador começa a distribuir os peixinhos e eis que vem um pinguim meio desajeitado em passo de corrida e tenta saltar para a água, encolhe-se, escorrega, demora, demora... E demora, ameaça, demora novamente... E eis que finalmente surge o tão desejado salto, todo enrolado, todo encolhido e nada artístico, o que arrancou uns valentes sorrisos à assistência.

Invertebrados - Temos as estrelas do mar, de todas as formas e feitios, os ouriços de inúmeras cores, o polvo gigante (têm de o procurar bem, eu só consegui vislumbrar um grande olho num buraco).

Peixes - Aqui é a categoria mais preenchida. Quem tiver crianças, e não só, vão adorar identificar o Nemo, por exemplo, vão rir-se imenso com o peixe-narigudo (tem um nariz mesmo engraçado, o que lhe evita muitos choques com a testa, os choques vão todos para o nariz). Peixes com coloração néon, enfim... Na altura havia um tratador que tentava vacinar uma manta, um trabalho de paciência diga-se de passagem, andava a nadar atrás dela, mas de forma a não a perturbar, sem movimentos bruscos, com uma grande seringa na mão. Era uma assistência sem fim, a torcer ora pela manta, ora pelo tratador.. Só sei que ao fim de 2 horas ainda não a tinha conseguido encurralar.

Anfíbios - Há rãs, sapos, salamandras..

Mamíferos - A lontra marinha. A minha perdição. São umas criaturas adoráveis, sempre a esfregarem-se, parecem autênticos humanos. De vez em quando param e olham ao redor para assistir a uma imensidão de pessoas de olhos fixos nelas. Parece que dizem "Mas estão a olhar para onde? Nunca viram ninguém a tomar banho?" e depois lá continuam o seu serviço de limpeza. Se conseguirem assistir à alimentação, melhor ainda, é algo que vale a pena.

Plantas e Algas - Também se encontram em grande quantidade. Até coqueiros existem no Oceanário.

 

Deixo-vos algumas imagens:

 

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One smile a Day.. com a Vitória

É Sexta-feira! E para celebrarmos mais um final de semana, temos o segundo episódio da rubrica "One smile a day, keeps the doctor away".

 

A minha convidada desta semana é a Vitória, autora do blog Histórias Irreais. A Vitória é alfacinha de gema, vive num bairro lisboeta e é aqui que se inspira para a escrita do seu blog. Por entre jardins e miradouros, supermercados e cafés, existem histórias de vida impressionantes contadas muitas vezes na primeira pessoa e que ela partilha connosco sempre de forma emocionante. Podemos deliciar-nos com pequenos contos, pensamentos, conversas reais e irreais, momentos que tão bem fazem parte desta tela que é a vida. Tenho a certeza que irão apreciar.

 

Vamos então ao episódio que me deixou a rir por muito, muito tempo.

 

Estava um dia de muito vento e chuva, tinha combinado jantar com duas amigas, uma delas vinha buscar-me a casa.

Na hora marcada desci, junto ao meu prédio está sempre cheio de carros,  a minha amiga costuma estacionar em segunda fila e espera por mim no carro.

Eu vejo o carro cinzento parado, luzes ligadas, dou uma corrida, abro a porta, sento-me e enquanto fecho o guarda chuva de porta aberta ainda digo - escolhemos mal a noite para ir ver rabos jeitosos (na brincadeira com ela como sempre). Nisto, viro-me e vejo um homem com os seus 40 anos a rir, que me diz  - não precisa procurar mais.

Naquele momento não queria um buraco, queria desaparecer completamente por magia, lá pedi desculpa, sai e ri, ri tanto até a minha amiga chegar, depois claro, fui alvo de gozo durante muito tempo, ainda sou ás vezes.

 

Obrigada Vitória, por partilhares connosco este momento tão hilariante. Uma coisa posso assegurar: Não vou sair mais disparada de casa para carros em segunda fila, sem antes espreitar para o seu interior e confirmar se é mesmo de quem estou á espera! Acho que a banda desenhada abaixo descreve bem o rol de emoções pelas quais passaste (da alegria, ao espanto, ao "quero esconder-me num buraco") 

 

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A minha próxima vítima já está escolhida.. Vamos esperar para ver com o que nos vai surpreender?

O pesadelo dos peixes - Episódio 3

E o tão esperado final da trilogia dos peixes.

 

Há uns 5 anos decidi que iria dar uma nova oportunidade aos peixinhos como animais de estimação. Lá vou eu a uma loja de animais, compro um aquário daqueles com tampa, retangular, comprido, precisamente para eles não saltarem. Como o aquário era grande decidi comprar 4 peixinhos: um daqueles pretos gordinhos com os olhos grandes, o tradicional vermelhinho, um que ficou apelidado de carpa, muito rápido e esguio, e um azulinho que tinha umas cores muito bonitas.

 

Nos primeiros dois dias correu tudo bem, comiam bem, à exceção do azulinho, mas o senhor tinha-nos dito que poderia acontecer por causa da adaptação à nova água, mas que seria rápido, uma vez que eles na loja estavam todos juntos e que em casa seriam para manter assim.

No terceiro dia vou ao aquário cumprimentar os peixinhos, olho para o peixinho preto… e as barbatanas estavam esbranquiçadas, pensei que tivesse sido de uma luta, fiquei a observar atentamente os peixes durante imenso tempo e nada de estranho. Não andavam aos encontrões, nada! Apenas uma diferença, a carpa estava a nadar ainda mais rapidamente.

No quarto dia, o peixinho preto e o vermelho estavam os dois sem um bocadinho da barbatana. Olho para a carpa e lá anda ela aos encontrões aos peixes. Conclusão: coloquei a carpa de castigo e foi para o aquário redondo com uma tampinha por cima.

 

Não aconteceu nada de estranho nos dois dias seguintes, a carpa acalmou, já não nadava desenfreadamente e eu pensei cá para mim: pronto, posso juntar outra vez os peixinhos. Juntei os peixes e estive um dia de vigilância, não aconteceu nada!

Ao oitavo dia o peixe preto estava completamente todo mordiscado e morto!! Barafustei com a carpa, coloquei-a outra vez de castigo e ela acalmou instantaneamente. E eu a pensar - que safada, faz tudo pela calada.

Ao nono dia, levanto-me já sem pensar no pesadelo dos peixes quando vejo o vermelho a boiar sem a barbatana! Mas que coisa do demónio era esta?? Olho para a carpa e ela estava sossegada no aquário à parte, olho para o azulinho e este andava na sua vida normal, calmo e tranquilo.

- Foste tu? – pensei eu! - Não, o vermelho devia estar com lesões por causa do outro ataque e não sobreviveu!

 

Por via das dúvidas deixei os dois sobreviventes separados. Portanto, tinha um aquário grande com apenas um peixinho, e um redondo com outro peixe. Sempre que se aproximavam um do outro, a carpa ficava maluquinha e nadava, nadava, nadava. Estiveram separados umas semanas. Até que num belo dia em que estava a mudar a água de um dos aquários, juntei os dois peixes, pensei que não havia problema pois eram apenas 5 minutos.

 

Mal tinha acabado de os juntar. Pumba, o azulinho atacou a carpa, e esta coitada lá nadava desenfreadamente.

 

Ahh, nem queria acreditar, era o azulinho que atacava os outros peixes, sim, o azulinho, aquele peixe que não se mexia. Fui investigar na internet e fez-se luz, o azulinho era um peixe de água quente, que não podia estar em contacto com mais nenhum peixe pois tinha instintos assassinos, lutando sempre para ser o único habitante do espaço. A sua alimentação baseava-se em insetos e algas. O quê? Tenho um peixe assassino??

 

Conclusão: Lá viveram em separado o resto dos seus dias, a carpa no aquário maior, mas sempre muito nervosa, pudera, ia sendo comida umas poucas vezes. E o azulinho, comigo a apanhar moscas e mosquitos para ele comer! Sim, porque só sobreviveu a comer os outros peixes, comida de peixe que é bom e bonito nem vê-la. Só me apetecia dar uma cacetada no peixe, mas coitado, a culpa era da genética! E pelos vistos tinha uma boa genética: foi o último a morrer e durou uns bons anos.

 

Depois deste episódio, peixes? Longe por favor!

 

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 Esta imagem era a pobre carpa a fugir do azulinho!

O pesadelo dos peixes - Episódio 2

Muito bem, tal como prometido, vamos ao segundo motivo pelo qual não gosto de peixes.

 

Sempre gostei de animais de estimação, e o meu sonho era ter um cãozinho, mas, quando se vive num apartamento, nem sempre é fácil ter aquele que desejamos. Para os meus pais contornarem a situação, ofereceram-me uma tartaruga, que durou imenso tempo. Quando esta morreu, decidiram oferecer-me dois peixinhos, para ser diferente. Comprámos um aquário, daqueles sem tampa para poderem respirar melhor, e lá andavam eles todos contentes. Para não acontecer nenhum acidente o aquário ficava no móvel superior da cozinha, um móvel aberto, fazendo esquina com a parede, com umas prateleiras. Numa das prateleiras estava uma televisão a preto e branca, antiga, e na prateleira debaixo o aquário. Cada vez que era para os alimentar a minha mãe pegava no aquário e deixava-me colocar umas folhinhas.

 

Todos os dias me ia despedir dos peixinhos, pegava na mochila que estava nesse cantinho da cozinha, deixava os chinelos e vamos embora.

 

Um belo dia quando chego a casa, vou para dizer olá aos peixinhos e só havia um peixe!! Um peixe?? Mas onde está o outro peixe?? Estivemos a ver o nível da água e não me parecia que fosse suficiente para eles saltarem. Procurámos na prateleira, no chão, no balcão e nada de peixinho. Mas que mistério este… As janelas estavam fechadas e como o apartamento era alto também não podia ter sido levado por nenhum animal! Que mistério… Já estava a dar em doida, corri a casa toda, ainda com o calçado de exterior quando a minha mãe ralha comigo para ir calçar os chinelos. Lá fui eu toda chateada por não encontrar o peixe.

Tiro os sapatos, enfio os pés nos chinelos.. e havia qualquer coisa que não estava bem, o chinelo estava molhado e com algo viscoso! Molhado?? Olho para cima, olho para o chinelo molhado... começo a ficar em pânico… MMMMÃÃÃEEEE!

 

O peixe estava no INTERIOR do meu chinelo!!!! Sabem quantos anos é que eu andei traumatizada com isto? Cada vez que calçava os chinelos espreitava sempre para ver se não tinham nenhuma surpresa.

 

Conclusão: o peixe deve ter saltado do aquário, caiu no chão e deve ter dado um ou dois saltinhos até ficar dentro do chinelo, aconchegado, mas infelizmente sem água!

 

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O pesadelo dos peixes - Episódio 1

Aqui há uns tempos num comentário sobre animais referi que não gostava de peixinhos para ter num aquário, em casa. Gosto muito de os ver nadar, gosto das cores e de os alimentar, mas detesto quando se portam mal. E os meus realmente portaram-se muito mal. Entre hoje e quinta-feira, vou contar num total de 3 episódios todos os meus dramas com peixes.

 

Quando tinha cerca de 3 anos era muito gorduchinha e comilona, quase não deixava os meus pais comerem descansados, sempre a pedir comida. Numa bela noite de verão na varanda..

Chic' Ana: Quero mais peixe.

Mãe: Oh Ana, já comeste demasiado, vai dar uma voltinha!

Nisto deu-me um bocadinho de pão para me entreter. Eu olho para o pão, e não desisto, afinal não me agrada um bocadinho de pão seco quando eles estão a comer sardinhas...

Chic' Ana: Peixe! (e aponto para o pão)

Pai: Vá, mais um bocadinho para ela fazer como nós e colocar o peixe no pão.

 

Depois de os chatear imenso com o peixe lá me dão um bocadinho e eu vou-me embora toda contente. Acabei de comer e queria mais. Vou outra vez ter com eles à varanda...

 

Mãe: Ahhhhh, (vira-se para o meu pai) olha, olha, a Ana tem uma coisa na garganta.

 

Quando cheguei ao pé deles tinha uma espinha completamente atravessada na garganta, de tal forma que quase furava a pele. Tentaram de tudo, dar-me pão, água, para ver se a espinha se ia embora e nada.

Vestiram-se à pressa, e eu de pijama, sem estar minimamente apresentável, lá me arrastaram para o hospital. No hospital deram voltas e mais voltas, e mesmo com uma espécie de tesoura com os cantos curvos, não conseguiam tirar a espinha. Já tinha um séquito de médicos à minha volta e nada.. Encaminharam-me de imediato para o Hospital de Santa Maria, porque tinham outros aparelhos e lá vamos nós novamente a todo o vapor.

A meio do caminho a espinha desapareceu. Com tantas voltas que me deram, a espinha lá deve ter acabado por escorregar e seguir o percurso normal.

Sei que os meus pais e avós andaram traumatizados uns tempos, escolhiam-me o peixe até ao ínfimo pormenor, e ainda hoje contam esta história a toda a família e é uma risada geral!

 

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A voz irritante

Este fim de semana foi próspero em conversas encorajadoras para o meu lado. Ora, ontem à tarde estava muito bem a lanchar com a minha irmã quando ela se sai com uma dúvida existencial:

K: Ana, nós temos as vozes parecidas?

Chic' Ana: Eu acho que as nossas vozes são diferentes, mas somos sempre confundidas ao telefone, se calhar são mesmo iguais. Porquê?

K: É que eu acho a minha voz tão irritante..

Chic' Ana: Não digas isso, nós nunca ouvimos a nossa própria voz como os outros a ouvem.

K: Pois, mas oiço-te a ti, e pelos vistos as vozes são iguais.

Chic' Ana (Mais valia ter estado caladinha!)

 

Estive a pesquisar um pouco e esta diferença entre o que nós ouvimos e o que os outros ouvem, tem a ver com o caminho que o som percorre até chegar ao ouvido interno.

Quando o som é externo ao nosso corpo, é ouvido através de vibrações que se propagam pelo ar. Quando é interno, o som propaga-se pelo ar, mas também através dos ossos da cabeça, como o maxilar, sendo que a percepção do som é a combinação destas duas formas distintas. Sabiam?

 

De qualquer forma não consigo deixar de pensar que no primeiro dia da semana fiquei a saber que tenho uma voz irritante. Não acham que é um excelente indicador de que a semana vai ser ótima?

 

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