Viagem atribulada
Ontem à noite, já exaustas após mais um dia de trabalho, lá vou eu e a K para casa. Saímos do metro e como não me apetecia andar muito, decidi apanhar o autocarro, com ela sempre a refilar atrás de mim que não tinha jeito nenhum para andar naquele transporte público.. E eu só pensava: jeito? Mas que jeito é preciso ter? Qual a dificuldade? É entrar, sentar ou ir em pé.
Pois é, rapidamente me apercebi da questão. Não havia lugares sentados, e fomos para ao pé da porta traseira.
K: Não gosto mesmo nada de andar nisto, não tenho equilíbrio nenhum.
Chic' Ana: Deixa lá, são só algumas paragens e vamos bem mais descansadas.
(Aproxima-se uma curva)
K: Vês? Agora vem ali aquela curva e eu não me vou conseguir agarrar.
Nisto começa a tombar ligeiramente para o meu lado, e eu pensava claramente que ela estava a demonstrar o problema com o equilíbrio, porque estava a fazer isto em câmara lenta, portanto, nunca iria supor que ela estivesse mesmo a cair. Comecei a rir-me a pensar como é que era possível naquela curva pequenina tanta falta de equilíbrio. Só que ela continuava a fazer cada vez mais pressão, até que cai completamente redonda para cima de mim. Com o impacto não me consegui agarrar, bato com a parte de trás da perna no degrau do autocarro, caio completamente esticadinha no meio do chão e ela em cima de mim!
Foi uma risada geral no autocarro, uma vez que tínhamos caído de tal forma aparatosa: primeiro, porque tinha sido em câmara lenta e depois numa zona sem grande turbulência.
K: Vês? Eu bem te avisei! Só me fazes fazer figura tristes.
Chic' Ana: Ok, mas podes sair de cima de mim sff? Vamos ter de enfrentar as pessoas, e quanto mais tempo estivermos esticadas no chão mais a situação piora para as duas!
Muito coradas saímos logo na primeira paragem seguinte e lá fomos a refilar uma com a outra, a pé até casa...