Uma noite atribulada
No último dia de trabalho, o M teve um jantar com uns amigos. Eu não estava lá muito bem disposta, e portanto optei por ficar em casa. Adormeci no sofá e estava em processo de mudança para a cama, quando ele chegou.
Trocámos algumas palavras: se o jantar tinha corrido bem, novidades, etc, e eu, já em modo piloto automático caio na cama e continuo a dormir.
De madrugada.. começo a ver uma luz brilhante, abro um olho, abro o outro, olho para o lado, e vejo o M com a cara toda iluminada!
Chic' Ana: Então, que se passa? Não estás a dormir bem? Foi o jantar?
M: Não... correu tudo bem, eu estou bem.. mas.. preciso de uma prendinha tua!
Chic' Ana: Uma prenda?! Ai, o que se passou?
M: Eu ontem no regresso vi a luz, vi um clarão, um flash por assim dizer... e... podias por ventura emprestar-me a tua carta!....
Chic' Ana: O quê?! Então!?
M: Pois....
Chic' Ana: Bom, amanhã falamos melhor! (e virei-me para o lado)
M: Já sei que amanhã vou ter de repetir a conversa porque não te vais lembrar, mas eu já te avisei, e tu concordaste...
Chic' Ana: Eu estou BEM acordada, amanhã vou lembrar-me de TUDO! E NÃO concordei...
E é este o perigo de ser multifacetada e conseguir manter conversas coerentes mesmo a dormir: Ele deve pedir-me coisas, eu não me lembro.. mas já fui informada! Não posso negar! Isto está bonito, tenho de rever umas quantas situações!
Agora resta esperar que chegue a casa algum aviso. Ele acelerou para evitar um perigo eminente, mas isso não aparece no radar, pois não?