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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

One Smile a Day com.. a MJ

A minha convidada desta semana é a MJ, autora do blog Caleidoscópio. A MJ já teve outros blogs, mas felizmente seguiu um novo caminho no Sapo Blogs, o que foi uma porta aberta para a conhecermos. O Caleidoscópio é um blog que nos faz pensar, pensar na vida, no que somos, no que representamos nesta enorme peça de teatro. É um espaço de partilha, um espaço que nos permite dar a nossa opinião sem qualquer filtro. Convido-vos a conhecer o espaço, mas essencialmente a MJ, uma pessoa simpática, acolhedora, sempre disposta a uma troca de palavras. Uma pessoa que nos estende a mão e o sorriso sempre que precisamos, com opiniões bem estruturadas e fundamentadas. Uma pessoa e um blog que valem a pena conhecer.

O jantarinho.

E pronto! Isso são coisas que se façam, Srª. D.ª Mamã, convidar-me para participar na rubrica das sextas-feiras?

A um convite destes quem é que resiste? Ah, pois é! Muito obrigada, querida Chic’Ana!

Na sequência do mesmo, e para que conste, aqui fica uma “triste estória”, a “estória” de um jantarinho que deu muito que falar, ó se deu!...

Era uma vez (não é assim que começam todas as “estórias”?!) uma alminha, (quem seria?), que decidiu convidar um casal amigo, pais de duas crianças amorosas, para jantar.

Dois dedos de conversa, acompanhados de um petiscozito regado com um bom tinto, sabe sempre muito bem!

Se bem pensou, mais rapidamente concretizou. Convite feito, convite aceite, dia combinado.

Colocava-se, agora, a questão de sempre: o que fazer? Hesitou, hesitou, até que decidiu. Faria um soufflé – a amiga gostava particularmente do dito, mas fazê-lo, nem pensar, dava muito trabalho! - uma boa salada de alface, tomate, manga e frutos secos, um pudim de leite dos dela, nada daqueles de pacote, uma salada de frutas toda “janota”,  e estava o assunto resolvido.

Na véspera verifica se havia  tudo o que era necessário para a realização do planeado. Havia, não faltava nada! Esfrega as mãos de contente, arregaça as mangas, e…, vamos a isto!

Começa pelo pudim. Fá-lo de véspera - fica sempre melhor - deixa o peixe já com sal.

No dia seguinte tratará do resto: comprar umas flores, o vinho, pôr a mesa, etc., etc.

Umas horitas depois, quando vê que é altura, o soufflé não gosta de esperas, é sair do forno e ir para a mesa,  começa a preparar o dito.

À hora combinada chegam os amigos. Num corre, corre, abre a porta. Beijinho a um, beijinho a outro, corre para a cozinha. Liga o forno.

A conversa na sala está animada. Não pode estar com eles mas não se importa. Gosta de os ouvir tagarelar,  gosta de ouvir as gargalhadas dos mais pequenitos.

Entretanto, a amiga passa pela cozinha e segreda: “Vou dar um jeito ao cabelo, o “meu” soufflé merece que me alinde!” Já da porta acrescenta: “que bela ideia, a tua!” Olha-a, sorri, ar brincalhão, responde: “gulosa, és uma gulosa”!

Continua o que estava a fazer: deitar o preparado no pirex.

Abre a porta do forno, pega no pirex, e…?! Um estrondo, um grito. Todos correm para a cozinha, num susto. Ela, mãos na cabeça, não queria acreditar. O pirex tinha-lhe escorregado das mãos e estava no chão, estilhaçado, um pouco por todo o lado.

 A amiga entra, de rompante. Ainda ouve alguém que lhe grita: “cuidado”! Só que o aviso não foi a tempo, já tinha escorregado na promessa de petisco, um “petisco” que a cobria da cabeça aos pés. É que havia soufflé por toda a cozinha: do chão, às paredes, aos armários, tudo tinha sido contemplado com uma bela “banhoca”, amiga incluída que, com ar desolado, continuava sentada no chão. Um dos pequenitos aproxima-se da mãe, começa a chorar e aponta-lhe a perna. Nem tinha reparado, o sangue corria de um golpe bem feio, que tinha feito e nem se tinha apercebido. “Posso tomar um banho?”, murmura.  Banho tomado, ferida limpa, desinfetada, penso colocado.

E agora, o que fazer? Outro soufflé era impensável.

Entreolham-se. Os amigos, ar de riso mal contido, ela num sufoco. De repente, ouve-se uma vozita toda contente: “não há salsichas”? Salsichas?! “Eu quero, eu quero”, gritam os meus dois “anjos da guarda” em coro.

E assim foi: tivemos que nos contentar com umas tristes salsichinhas de lata e umas batatas fritas, de pacote. Valeu a salada, o pudim e, passado que foi o susto, o que nos divertimos com tudo aquilo.  

Muito obrigada por esta participação deliciosa, o que eu me ri. Que belo jantar de amigos que foi salvo pelos dois pequeninos e pelas salsichas. Eu bem digo que devemos ter em casa esta comida de "emergência", aqui está a prova de que faz todo o sentido.

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