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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

One smile a day... com a Catarina

O One Smile a Day de hoje apresenta-nos a Catarina, autora do blog Idem, aspas.

Há cerca de um ano a Catarina foi mordida pelo bichinho da escrita e presenteou-nos com a criação do seu blog, um blog pessoal, em que nos descreve os seus "dramas quotidianos, entre o cómico-sarcástico e o à beira de um ataque de nervos". É no fundo um diário da era moderna em que regista os principais momentos que atravessa. É uma comunicadora nata, sempre com um sorriso para nos receber e com descrições que nos fazem não querer perder o próximo post. Não conhecem? O que esperam para o fazer?

 

Antes de mais quero agradecer à Chicana pela oportunidade de participar nesta rubrica que é das mais divertidas do sapo!
Como abrir o email do blogue não é algo que faça todos os dias, e não é raro ter emails para responder com semanas de atraso, desta vez acabei por ter pontaria e abri-o no dia certo! Quando li o email fiquei na dúvida de que história contar mas acabei por me decidir por este episódio da minha infância que acredito vos arranque umas gargalhadas!
 
Para isto se perceber melhor tenho de vos contextualizar; Cresci desde os seis meses só com a minha mãe, uma vez que os meus pais se divorciaram nessa época, de forma que o dia a dia era vivido entre as duas. A minha mãe é professora e desde sempre que enfrentámos problemas com os horários dela e os da minha escola de forma que tive algumas baby-sitters desde filhas de amigas, antigas alunas e ate a minha avó sempre que era preciso! 
 
Eu devia ter uns quatro anos quando um dia, não me lembro bem da razão, mas tinha que acompanhar a minha mãe à escola dela de manhã; Ela tinha serviço logo cedo, e não tinha com quem me deixar; Connosco ia uma das minhas baby-sitters, provavelmente a minha preferida, que tinha sido aluna da minha mãe e penso eu ia ver algum resultado de exame afixado e depois ficava comigo à espera da minha mãe enquanto ela acabava o que tinha a fazer.
 
Lembro-me que essa manhã foi um pouco atribulada e de repente estávamos tão atrasadas que a minha mãe, sem ter mãos a medir, disse-me para me vestir sozinha.
Durante os dias de escola eu andava de farda, nos restantes normalmente a minha mãe escolhia a minha roupa. Lembro-me de que muito feliz fui buscar um vestido azul escuro, com um folhareco nas mangas e bordados às cores no peitilho e na saia. Calcei-me, penteei-me e vaidosa como era aposto que ainda pus um gancho ou um laço no cabelo!
 
Saímos as três de casa apressadas, a minha mãe ligeiramente impressionada com o meu aspecto, e fomos para a paragem do autocarro. A minha mãe não conduzia e portanto a carris era o nosso principal meio de transporte.
 
Chegamos à paragem e como estava cheia de gente e não havia lugar para sentar eu pus-me de cócoras a fingir que estava sentada confortavelmente, algo que fazia muitas vezes…. Eis quando espreito para debaixo da saia e percebo que me tinha esquecido de uma parte importante da vestimenta….as cuecas!
 
Levantei-me de um salto puxei o braço da minha mãe e disse-lhe ao ouvido “Mãe…. esqueci-me das cuecas!”
A minha mãe deu uma gargalhada, a minha baby-sitter Paula deu outra e eu fiquei furiosa com a minha falha! 
 
Como estávamos atrasadas apanhámos o autocarro à mesma pois não havia tempo para voltar a casa. Ao chegar à escola na rua de baixo havia aqueles armazéns de roupa que existiam antigamente com jogos de lençóis e camisolas interiores etc.. e a minha mãe foi tratar de arranjar umas cuecas para a criança; Gostava de me lembrar da cara da senhora da loja ao perceber que eu ia vestir as cuecas naquele momento mas não me lembro! Tenho a vaga ideia de andar a ser puxada por um braço de loja em loja à procura da cueca salvadora enquanto a minha mãe se arrependia até à espinha ter-me confiado a tarefa de me vestir sozinha!
 
E pronto, foi isto, da parte de uma criança com uns quatro anos mais ou menos que se esqueceu da primeira camada de roupa mas estava muito bem arranjadinha à superfície!

 

Imagino o quanto ficaste atrapalhada, tanto tu, como a tua mãe, que deve ter ficado super vermelha quando se deparou com este pequeno grande problema para resolver. Mas tudo terminou em bem e com umas belas gargalhadas para a posterioridade...

 

Obrigada por esta partilha tão doce!

 

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