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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

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“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Apoio à natalidade: Creches

Antes de escrever este post, esperei uns tempos, que a poeira assentasse, que eu própria não me revoltasse em demasia e colocasse aqui uma enxurrada de palavras apenas com o coração. Agora sim, consigo opinar de forma mais racional.

 

O processo de seleção de creche para a Little B não foi fácil, ao todo penso que percorremos cerca de 15 creches na região de Lisboa. É um processo que exige tempo, e, quem estiver a pensar em engravidar, uma das coisas que deve fazer é a pré-inscrição na creche desejada, pois em algumas não existem vagas de berçário até 2020 (Pessoas que nem sequer estão grávidas, já têm pré-inscrições em creches, isto para mim é uma loucura, mas aparentemente é apenas para mim – eu não conseguia fazer uma pré-inscrição sem ter a certeza que conseguia engravidar).

 

Começámos pelas IPSS’s, para termos alguma contribuição do estado e termos margem de manobra para despesas que possam surgir, e sim, com uma bebé há sempre imprevistos, um fundo de maneio é crucial.

Após percorrermos várias IPSS’s, chegámos à conclusão que nenhuma tinha vaga para a nossa pequenina. Não obedecíamos a um padrão chave que nos permitisse integrar a lista de concorrentes:

- Não somos uma família numerosa;

- Não somos uma família monoparental;

- Não somos divorciados;

- Não estamos desempregados;

- Não somos pais adolescentes.

 

As IPSS’s não tinham vagas comparticipadas, mas tinham vagas sem comparticipação com uma mensalidade base a começar nos 350€ (Na minha ingenuidade nem sabia que isto era possível, sem contar com seguros, inscrição, em muitas, alimentação, etc., sempre a somar aos 350€).

Se quiséssemos ser um dos elementos prioritários, era fácil, apenas precisávamos de nos divorciar. Mas, como somos ambos casmurros e ainda valorizamos a instituição que é o matrimónio, continuamos casados e sem vagas em IPSS’s. (Nem sequer vou referir os casos em que os pais estão desempregados, a receber subsidio de desemprego, que somado e tendo em conta que não têm mais nenhuma despesa (renda de casa, têm direito a cabazes de alimentação), conseguem poupar cerca de 500€/mês e ter o bebé numa creche).

 

Dado que as IPSS’s não constituíam uma solução, avançámos então para as creches privadas.

 

Temos uma mensalidade a rondar os 500€ e percebemos assustadoramente que é das mais baratas, felizmente, é também a creche que mais gostámos.

Tudo isto obrigou a uma contenção familiar mais apertada: a amortização da casa vai ter de ficar para segundo plano, nada de almoços e jantares fora, nada de passeios extravagantes, as férias terão de ser muito bem ponderadas, poupar o máximo possível.

 

Eu gostava de ter uma família grande, adorava ter mais um ou dois filhotes, mas… como é que é possível!? Neste momento não consigo ter duas crianças numa creche.

 

São estes os apoios à natalidade que temos no nosso país?! O Estado ainda não se apercebeu que as crianças não nascem logo com 3 anos? O que lhes fazemos até entrarem no Jardim de Infância?

Estamos a falar de 6000€/ ano para uma creche…

 

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