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Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

Chic'Ana

“Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino” by Jimmy Dean

One Smile a Day com.. o Papagaio

O convidado desta semana fala / grasna pelos cotovelos, ou melhor dizendo, pelo bico. Já sabem a quem me estou a referir? Precisamente.. o Papagaio Giló, autor do blog Giló - O Papagaio Indiscreto. Se apreciam humor entrelaçado com temas da atualidade, então encontraram o sítio certo. Sempre muito direto e incisivo, aborda as questões por uma perspectiva humorística, mas sem nunca deixar de expressar a sua opinião. Para mim tem uma personalidade apelativa, sempre divertido. Espreitem não uma, mas um pequeno conjunto de 10 histórias que ele nos conta..  

   Filha, porque é que queres destruir a reputação que levaste tantos anos a erguer? Anda um pai de família a tentar educar uma criança a vida inteira para deitar os créditos a perder de um post pró outro!  Os sonhos de uma boa profissão, as esperanças em atingir os píncaros, casá-la com um moço que a faça feliz… e rica, se puder ser! Uma carreira brilhante, uma vida alegre, amigos fiéis, fins de semana galantes, uma imagem irrepreensível e bem sucedida… uffff!... um blogue pimpolho e bem frequentado… tudo pelo cano por causa de um Papagaio!

   Até há pouco tempo, eu era uma ave que tinha uma consideração apreciável pela Chic… provavelmente até mesmo estima!  A partir do momento em que passo a ser convidado para participar no seu blogue envernizado  para dizer umas merdinhas, eu começo a achar que a Chic deve ter perdido o tino de vez. Também se pode dar a situação de alguém ter encostado uma arma ao corpo da moça! Aí já faz sentido! LOL!

  Mais uma vez: Filha, ó Filhinha, contactar o Papagaio não é uma atitude muito saudável, também não é muito sã e mais: até pode prejudicar a saúde.  Bem, tu é que sabes… de certeza que tens a certeza de estares certa quanto à certidão que isto é certo? Certamente que não!

 

Na semana passada vendi uma máquina de depenar papagaios por quinhentos euros, quando nova custa mil e setecentos! E vendi-a em estado de “quase a sair do stand”! Não dá vontade de rir? Deve dar, menos a mim! Riam-se! Eu pago!

Quando era adolescente, certa vez, tive tantas dores de crescimento nas pernas, que não consegui dormir a noite toda. Peguei na “Criação do mundo”, de Miguel Torga e li aquilo tudo numa noite, para passar o tempo  – um calhamaço com algumas setecentas páginas!!!!!!!!!!!. Nunca um autor contribuiu tanto para o meu crescimento pessoal!

Quando era puto, certo dia, vesti as cuecas ao contrário, de tão ensonado que estava, quando me levantei da cama. No balneário tirei a roupa toda, antes da aula de educação física, e todos acharam imensa piada à nova tendência estética do papagaio. Cuecas amarelas viradas do avesso!

Uma coisa que já fiz foi vestir meias brancas com sapatinhos envernizados e calças de flanela! Eu até gostava, mas há umas almas perto de mim que me excomungam se me veem a fazer essa “merdinha”! Hoje não faço… embora tenha vontade… talvez no próximo natal!

Puto, mas mesmo muito puto, devorava as coleções completas do “Patinhas, Donald e companhia”. Uma vez, passei tantas horas a ler daquilo que os olhos começaram a secar e a cabeça a doer, de tão tonto que fiquei! Foi preciso a minha mãe vir-me socorrer. Tive de ficar deitado de barriga para cima, até me passar a apoplexia. Verdadinha!

Quando era bebé – contaram em casa! – emborquei um frasco de um remédio qualquer que estava em cima do aparador. Engoli-o todo de uma vez… devia ser docinho…( não sei qual era o conteúdo!). Podia ter morrido na hora, mas só me deu para dormir. A minha mãe correu, aflita, comigo, para o médico “Dr. Pastilhas”. O pastilhas disse que eu aterraria a dormir durante uns dois dias. Foi o que aconteceu! Quase morria de desnutrição!

O filho do alfaiate ia comigo de bicicleta para a escola (9º ano!).  À vinda, um dia, juntamo-nos com mais três ou quatro parvalhões lá da terra. Para nos armarmos todos em valentes perante as moças que estavam a sair da fábrica de tubagens e canalizações, decidimos largar as mãos dos volantes e começámo-nos a empurrar feitos bêbados. Acabámos todos no chão, enrolados uns nos outros, estilo pilha do lixo, esmurrados e com a roupa rota. Não foi preciso o INEM, mas as moças adoraram aquela “hora de ponta”!

Num verão, nas férias da escola, fui ganhar uns “trocados” numa estação de serviço. Atendi um cliente com cartão de crédito dourado e BMW à porta! Gritei para o meu colega do lado: “Isto é que é!!!!! Vida boa!!! Carrinho à porta e cartão douradinho!!! A mim é que não me calha!” Um outro cliente que lá estava a assistir ao meu desfile verbal pega na carteira e… CARTÃO DOURADO! Não reparei no carro, de tão “avestruz” que fiquei

9º Numa partida de futebol juvenil,  em que eu era protagonista, ainda adolescente, fiz-me de mau e pontapeei com todas as ganas uma bola que aterrou com estrondo nos países baixos (tomates, pronto!) do fiscal de linha. Deixei o homem perto do estado de coma! Veio socorro e tudo, e ele estendido no chão a ser “assistido”. No final da guerra, viro-me para o homem, ainda vermelho, sem respirar bem e zonzo das ideias e digo, em missão católica: “ Desculpe  lá!”

10º O episódio mais hilariante: Em 2016 decidi abrir um blogue! Riam…!

 

Chic, pediste um episódio, eu dei-te uma novela… pela rama… uma vez que eu sou uma anedota pegada e com pernas! Fico-me por aqui!

Papagaio 

Bom, para quem estava sem ideias, tens aqui 10 tópicos que poderiam bem ser 10 posts. E ainda bem que concretizaste o último ponto, é sempre com um sorriso que leio as tuas publicações, para além de meditar e reflectir, de forma mais leve em temas que por si só são tão pesados.

 

Muito, muito obrigada pela participação.. e já sabes... nada de desistir!

 

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A orientação em pessoa...

... Sou eu!

 

Eu sou bastante orientada em novas cidades, países, parques de estacionamento, superfícies comerciais, ..., podem dar-me um mapa que eu leio bem, uma carta topográfica também. O meu calcanhar de aquiles são mesmo os supermercados.

 

Eu explico: Costumo entrar nos supermercados sempre por uma determinada entrada, que para mim é mesmo isso, a entrada. No outro extremo para mim, é a saída.

No outro dia, estávamos mais perto da "saída" e portanto o M aproveitou e entrou logo naquele local. Eu fui atrás dele e parecia que tinha descoberto todo um mundo novo... Entrei na zona das plantas e flores, fiquei ali perdida no meio do verde e não me conseguia organizar mentalmente quanto às compras que precisava de fazer. Fui vagueando pelos corredores, sempre sem saber muito bem por onde me guiar, e sempre a refilar entre dentes que podíamos perfeitamente ter entrado pelo outro lado.

 

Cheguei ao início, à minha entrada, com 1/3 das compras feitas. Conclusão: Tive de recomeçar as compras, desta vez no sentido correcto (no meu sentido pelo menos), demorei metade do tempo e comprei muitas mais coisas.

 

Digam-me que há mais alguém com este síndrome... please?!

 

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Melancolia

À semelhança de Janeiro e Fevereiro, esta última quarta-feira de Março é o dia de responder ao desafio palavras (quase) perfeitas. Este desafio foi criado pela Cris e podem ver o resultado da segunda iteração aqui. Qualquer um é livre de participar e é muito engraçado ver as várias formas como cada blogger interpreta a mesma questão.

 

A palavra deste mês é Melancolia!

 

Melancolia é uma palavra que pode ter vários significados. Ora vejamos, comummente eu não aprecio. Não aprecio a forma como se manifesta em nós: como uma tristeza e uma apatia profunda. Pode mesmo por vezes ser considerada uma doença, uma depressão do ponto de vista psiquiátrico, um processo de luto sem o existir na realidade.

Contudo, se encararmos a melancolia como um estado mais romântico, esta pode ser caracterizada como algo desejável, como algo que enriquece a alma e o coração. São momentos de reflexão e introspeção, normalmente caracterizados pela saudade de alguém ou de algo muito marcante.

 

É normal uma pessoa sentir melancolia um dia ou umas horas, mas se esse estado se tornar permanente, tem de encontrar ajuda o mais rapidamente possível.

 

Uma lição a reter: Estar infeliz não é a regra.. é a exceção! Todos temos os nossos momentos de infelicidade, a vida é mesmo assim, constituída por altos e baixos, contudo, temos de lutar pela nossa felicidade. Nunca, mas nunca baixem os braços, valorizem-se, confiem, não há impossíveis, basta acreditar, basta querer, basta sonhar!

 

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Nestes dias que correm...

O que se passa ultimamente com as pessoas?! Qualquer um tem acesso a armas brancas, qualquer um tem acesso a armas de fogo, qualquer um sabe construir bombas, qualquer um é um conspirador nato.. Hoje em dia mata-se mais facilmente do que se troca de camisa. É impressionante!

 

Eu não acredito que isto seja simplesmente de "agora". A comunicação social está muito mais desenvolvida e em questões de segundos estamos a par de tudo o que se passa no mundo. Acredito que temos acesso a muito mais histórias do que antigamente, e que antigamente existiam casos semelhantes. O que mudava? Nós não tínhamos conhecimento.. Eu não digo que prefiro viver na ignorância, mas sem dúvida que prefiro viver num mundo muito melhor!

 

Que bom era ser criança, sem grandes preocupações, sem grandes dramas... Hoje fazem-se protestos por tudo e por nada, hoje fazem-se revoluções e horas a correr ou a nadar para questões sociais, que tal fazermos também algo que tenha impacto e que possa travar esta corrente de violência que se instalou?

 

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E o vencedor do passatempo, é a Osa. Muitos parabéns! Envias-me um e-mail com os teus dados, nome e morada?

 

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Cabeleireiro ou Inferno?

Este fim de semana passei perto de um cabeleireiro onde passei a maior vergonha desde que me lembro... e eu tinha cerca de 9 anos.

 

Os meus pais deixaram-me no mesmo, e aproveitaram o tempo livre para fazerem umas comprinhas. Eu disse à senhora que pretendia cortar apenas as pontinhas, e como me estava a sentir muito adulta, referi que também o poderia secar.

 

Ora, pontinhas cortadas... e lá começa a secar o cabelo... quanto mais secava, mais o cabelo ganhava volume. Não colocou espuma, nem qualquer outro produto para o domar, mais secava, mais ele aumentava, aumentava, aumentava... até que ela o conseguiu compor ao máximo e lá disse que eu estava despachadinha...

 

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Eu nem queria acreditar naquilo que estava a ver. Só me apetecia chorar com a imagem que estava no espelho! Engoli o pouco orgulho que me restava, sorri e fiquei sentadinha à espera da minha mãe.. (Para que não fiquem a imaginar, a minha imagem era exatamente igual à que aparece ao lado do texto..)

 

Quando me viu perguntou-me se tinha sido eu a pedir aquele penteado e só repetia entre dentes: "como é que alguém no seu perfeito juízo, faz uma armação destas a uma criança com 9 anos?". Eu só me lembro de lhe dizer que não queria mais nada, que a única coisa que eu queria mesmo era ir para o carro. Cheguei ao carro e só chorava, pensava que o meu cabelo tinha ficado estragado para sempre... o sempre que durou até eu entrar na banheira e tudo voltar ao normal!

 

 

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Também têm histórias estranhas com cabeleireiros? 

 

E esta, hein?! Parece que também cozinho qualquer coisa. Espreitem aqui! Obrigada Inês pelo convite =)

One Smile a Day com.. a Matilde

A minha convidada de hoje é a Matilde, autora do blog Cantinho da Tily. A Matilde encontra-se neste momento em terras de Sua Majestade e eu considero o blog quase como um diário pessoal. É uma pessoa cativante, simpática, sempre com um sorriso pronto e uma palavra amiga. É mãe do pequeno Lu e adora morar em Londres. Tenho aprendido tanto com ela, com a forma como encara a vida, com as dificuldades ultrapassadas sem nunca baixar os braços, curiosidades sobre a cultura londrina, etc.. É curioso ver como somos parecidas em tantos aspectos. Convido-vos a passarem pelo cantinho dela, de certeza que vão gostar.

 

Ola a todos,

antes de mais quero agradecer à Ana por se ter lembrado de mim, é uma honra participar no cantinho dela do qual já não dispenso as visitas diárias :)

 

A história que vos vou contar é um dois em um e tem a ver com traumas de nadar…

 

Corria o ano de 2008, mais precisamente nas férias de Verão, e estávamos em Valhelhas, um pequeno paraíso escondido na Serra da Estrela (se não conhecerem, pesquisem, pois vale bem a pena), acreditem que foram das melhores férias de sempre :)

Estava eu muito sossegadinha a desfrutar das águas calmas do Rio Zêzere (acreditem, aquilo é mesmo uma piscina autentica) quando o meu querido Rui me chama para ir para o pé dele, e lá fui eu toda contente… comecei a ver tudo escuro, não conseguia mesmo ver onde tinha pé (o nível de profundidade dava pela barriga…) e tive um ataque de pânico!

Pois aqui a je começou a a espernear feita tolinha… tudo porque voltou atrás no tempo até ao ano de 1996 quando fui de férias com uma colega da escola e a sua família para o Algarve e essa dita colega armada em esperta me tentou ensinar a nadar na piscina, enfiando-me a cabeça dentro de água deixando-me lá ficar nos piores segundos da minha vida… se aquilo foi uma tentativa de aula de natação, a mim mais pareceu uma tentativa de homicídio, com colegas destas quem e quer saber de inimigos, hein? :P

 

Voltando a Valhelhas, tudo acabou bem após muitas gargalhadas, afinal de contas rir de nos próprios é meio caminho andado para sermos felizes, certo? ;) E eu acredito que vou vencer este trauma com umas boas aulas de natação, profissionais, digo eu ;)

 

A banda desenhada que encontrei é um despertar de consciência, é muito importante saber nadar, não só para a nossa própria segurança, mas também pela dos outros. Tenho a certeza que vais conseguir e que esses ataques de pânico não irão fazer mais sentido. Quando olhares para trás vais sorrir muito com estes medos.

 

Muito obrigada por esta bela partilha que encerra também uma lição de moral.

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Estar sozinho.. sim ou não?

Esta semana estou em formação, e, normalmente formação implica ter mais tempo para meditar em alguns comportamentos. Para mim os tempos mortos das formações sempre constituíram bons momentos para reflexão. Desta vez não foi exceção.

Cheguei á conclusão que tenho fobia da solidão. Mas eu sentir solidão? Não! Eu tenho fobia á solidão dos outros. Vamos ver se me consigo explicar.

 

Um colega em conversa referiu que não tinha companhia para o almoço, e eu fiquei com aquele pensamento a manhã toda, até que lhe disse: “Não vais não, eu vou contigo”. E fiquei super satisfeita por o ter salvo de um momento sozinho, ainda por cima à refeição.

Encontro várias vezes o diretor da empresa, e vejo que ele almoça sempre sozinho. Fico com o coração mesmo apertadinho, por ver que tem tanto poder, mas que depois falha no relacionamento com as pessoas.

Se alguém me diz que está ou que vai estar sozinho, o meu reflexo é imediato “Não estás não, eu estou lá!”. Detesto ver alguém sozinho, contudo, eu não me importo minimamente em estar sozinha, exceto à refeição, sempre fui habituada a comer em família ou com amigos e faz-me muita confusão.

 

Confessem-me lá, vocês gostam de estar sozinhos ou preferem ter companhia? Sou só eu que tenho este estranho comportamento? 

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A formação termina amanhã, quinta-feira, e como hoje tenho um trabalho urgente para concluir, amanhã não haverá o habitual post. Contudo, sexta-feira volto com uma nova história insólita, e sim, vale muito a pena ler!

 

Já concorreram? Amanhã é o último dia!

Um almoço para esquecer

Não aconselhável a leitura a quem come muitas vezes fora de casa.. Ou secalhar até é bom que leiam…

 

A maior parte das vezes consigo conciliar as coisas por forma a almoçar em casa, contudo, podem surgir reuniões ou palestras com horários apertados que me impeçam de o fazer. A semana passada deparei-me com uma destas situações.

 

Estava eu a almoçar descansadamente, quando me apercebi que ficava mesmo de frente para a cozinha de um dos restaurantes de fast food. Até ali tudo bem, tirando o facto de o cheiro a fritos me começar a incomodar, o que fez com que eu estivesse atenta à cozinha. Eram vários os cozinheiros: sem chapéus, sem luvas, sem qualquer cuidado no manuseamento dos ingredientes. Ora mexiam em carne, ora em peixe, ora em batatas, sem nunca lavarem as mãos.

A parte mais gritante, foi quando um dos cozinheiros deixou cair um pedaço de carne ao chão, o apanhou e continuou a cozinhar como se nada fosse, sem sequer o passar por água. Eu não vi o estado em que o chão se encontrava, mas tendo em conta o restante cenário, não me parece que fosse minimamente higiénico.

 

Continuei a mastigar, cada vez mais lentamente a minha comida, sempre a olhar para o prato, desconfiada. A minha comida não era deste local, mas fiquei a imaginar o que se teria passado na sua confeção.

 

A restauração queixa-se cada vez mais que não vende, mas sinceramente, e depois do que eu vi, acho que vou apostar nas marmitas sempre que não conseguir ir a casa.

 

Têm alguma história insólita ou sempre correu tudo bem pelos vossos lados, ainda que aparentemente?

 

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Perigo no campo

No sábado, estive de volta de alhos e cebolas, era tanta a erva em redor dos mesmos que o difícil era identificar o que era bom e o que era mau. Arranca erva de um lado, arranca erva do outro, ora à mão, ora com a enxada, bem.. aquilo parecia um matagal. Finalizada a tarefa, após umas belas horas, era tempo de arrumar e limpar o material.

Temos um anexo onde colocamos todas as ferramentas agrícolas, sendo que muitas delas estão penduradas na parede e eu tenho um jeito especial para as arrumar.

 

Com especial quero mesmo dizer que volta e meia lá vem parar qualquer coisa ao chão.

 

No dia seguinte…

 

Mãe: Ai Ana, nem sabes o que me aconteceu. Então não é que estava a arrumar umas coisas no anexo quando me cai uma enxada da parede?

Chic’ Ana: A sério? Tens de ter cuidado!

Mãe: Olha, acertou-me e rebentou-me logo o lábio, era tanto sangue que eu só pensava que me tinha saltado um dente.

(após uma pausa em que olho para os lábios dela para avaliar a situação..)

 

Chic’ Ana: Mas porque é que tu só fazes coisas dessas quando eu não estou cá para ver?

Mãe 

Chic’ Ana: Já te tinha dito várias vezes para deixares essas gracinhas para quando eu puder assistir, além do mais, não percebo.. Como é que a enxada te acertou logo na boca? Então tu tens o nariz que devia amparar a queda..

 

Não acham que eu tenho razão? A asneira vai acontecer à mesma, o mínimo é que consiga assistir, pelo menos para compreender como é que a enxada consegue acertar na boca em primeiro lugar.. então o nariz não está mais saliente? Coisa estranha..

 

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Acho que não andas a colaborar a 100% com a natureza, mãe!  

One Smile a Day com.. a Miúda Opinativa

E o One Smile a Day de hoje pertence à Miúda Opinativa, autora do blog Opiniões e Postas de Pescada.  Uma adepta nata de opinar, com ela nada fica por desvendar! E é isto mesmo que ela nos apresenta diariamente: opiniões bem estruturadas e fundamentadas, nem que seja em simples sorrisos, que nos fazem refletir, concordar ou discordar. Não existe um tema único, podemos encontrar de tudo um pouco, desde os assuntos mais banais aos assuntos que exigem seriedade. Dona de uma personalidade que desperta empatia e sempre disposta a receber-nos simpaticamente, constitui para mim uma visita diária, leve, simples e descontraída. Venham daí conhecer esta miúda e boas quedas! (ups, leituras, boas leituras)

 

"OH MEU DEUS, a ChicAna convidou-me para participar nesta rubrica. AWESOME!!” – foi este o meu pensamento quando recebi o e-mail. Então ando nisto há tão pouco tempo e já estou a participar nestas coisas giras e que me têm dado tanto gozo ler? Fixe!! :D

Muito obrigada, mesmo, pelo convite!! :D

 

Por mais que me custe admitir, não me foi difícil lembrar de um episódio hilariante que tenha ocorrido na minha vida. Feliz ou infelizmente, eu sou algo propícia a situações inusitadas… Confesso que o difícil foi escolher. Enquanto pensava nisto, percebi uma coisa – a maioria das minhas situações hilariantes envolveram quedas. Consequência da minha débil motricidade… Vai daí que decidi que o episódio que ia contar tinha que ser sobre quedas. Mas qual?

Seria aquela vez em que me desequilibrei nas escadas do metro da Baixa-Chiado e fui a trote por ali abaixo, sempre a pensar que ainda ia mas é de rabo, e me agarrei a uma rapariga de casaco amarelo-mostarda (vergonha!!)?

Ou quando caí nas escadas da faculdade que estão mesmo de frente para o bar que, só por acaso, estava cheio e, portanto, tive uma assistência petrificada demasiado grande (vergonha!!) a ver-me a cair por ali abaixo?

 

Não. Tinha que ser a mais aparatosa e humilhante. E, por acaso, das mais recentes.

 

Foi há quase um ano. Estávamos no início de Abril, ainda chovia e eu tinha começado há cerca de um mês no meu trabalho. A empresa está localizada num complexo de escritórios agradável e à hora de almoço, eu dou sempre um passeio pelo complexo para esticar as pernas.

Mesmo quando está a chuviscar, como era o caso naquele dia. Acontece que o piso à entrada do edifício não é o melhor. É daqueles que escorregam assim que ficam ligeiramente molhados. Ora, sendo eu nova por ali, não tinha ainda percebido que era TÃO escorregadio, do género manteiga. Então, como é óbvio (pelo menos tratando-se de mim – tratando-se de uma pessoa normal, não seria assim tão óbvio), eu escorreguei e caí ali.

Mas não foi uma queda qualquer. Foi uma queda com tudo o que tenho direito. Escorreguei, perna esquerda levantou-se e caí de rabo/cóccix no chão e, qual Cinderela, perdi um sapato (inteligente, andava de sabrinas) que, sabe-se lá como, ficou atrás de mim.

Isto já teria sido suficientemente mau se eu estivesse sozinha. Mas não, óbvio que não. Tal como havia acontecido na escada da faculdade, tinha assistência. Mas em vez de um bando de estudantes universitários com fome, tinha o Diretor Geral, o Diretor Financeiro e o Diretor Comercial da empresa a verem isto tudo e sem saberem muito bem o que fazer.

Ajudam? Não ajudam? Ai, ai, o que fazemos… Ainda me perguntaram se estava bem, mas ficaram de tal forma petrificados com aquilo que, à exceção do Diretor Geral, ninguém teve grande reação. Nem uma mãozinha para ajudar a levantar? Nada! (E se calhar, ainda bem que não!).

Então e o que é que o Diretor Geral fez? Pegou na sabrina perdida e com um ar muito atrapalhado veio dar-ma. “Olhe… não se esqueça do sapato”. Sim, foi mesmo isso que ele me disse - “Não se esqueça do sapato.” Porque eu ia mesmo sair dali e entrar no edifício descalça.

 

Estão a imaginar? Novos numa empresa, a quererem causar uma boa impressão mas, em vez disso, a esbardalharem-se à grande e, como se isto não bastasse, o Diretor da dita empresa vir-vos entregar o sapatinho em mãos… Não sabia se ria (a minha reação natural às quedas é rir-me), se chorava (a VERDADEIRA HUMILHAÇÃO!!). Eu só queria que a minha queda tivesse aberto um buraco muito fundo para me enfiar. Escusado será dizer que esta história depois correu mundo e eu fiquei conhecida como a “nova que caiu”.

 

De repente, a humilhação sentida no Metro e na Faculdade não foram nada… Mas, felizmente, foi só humilhação. No meio disto tudo, nunca parti nada :D

 

Eu confesso que ao longo deste texto dei 3 gargalhadas enormes, por cada situação, mas a última, ai, a última! Acho que nunca tive uma queda assim tão aparatosa e principalmente com membros tão ilustres na plateia!

Muito, muito obrigada por esta partilha, acredita que eu é que tenho de agradecer por me contarem situações tão divertidas, e, que no fundo, podem acontecer a qualquer um.

 

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